quarta-feira, 8 de agosto de 2012

“Seguindo os passos de Jesus na oração”.


Rio de Janeiro, 08 de Agosto de 2012.

Local - PIB em Rocha Miranda.
 Estudo realizado na “Quarta com Deus”, por ocasião da série de mensagens: “Seguindo os passos”.

“Seguindo os passos de Jesus na oração”.

Texto Bíblico:

(Lucas 18.1-8)

Introdução:
            Nossa missão que se inicia hoje é: transmitir aos irmãos a importância de sermos iguais a Jesus, seguindo os seus passos. Por este motivo iniciaremos uma série de mensagens chamada: “Seguindo os passos...” Hoje iremos refletir sobre o tema: “Seguindo os passos de Jesus na oração”.
            Jesus sem sombra de dúvidas tinha uma vida oração intensa. Mesmo Ele, sendo o próprio Deus encarnado, possuía uma vida de oração muito intensa e profunda diante de Deus. Alguns textos nos remetem de fato a crer que Jesus tinha mesmo uma vida intensa de oração. Por exemplo:

“De manhã bem cedo, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou, saiu da cidade, foi para um lugar deserto e ficou ali orando”. (Marcos 1.35)

“Depois de mandar o povo embora, Jesus subiu um monte a fim de orar sozinho. Quando chegou a noite, ele estava ali, sozinho”. (Mateus 14.23)

“Naquela ocasião Jesus subiu um monte para orar e passou a noite orando a Deus”. (Lucas 6.12)

“Então, se afastou a uma distância de mais ou menos trinta metros. Ajoelhou-se e começou a orar, dizendo:” (Lucas 22.41)
           
            Jesus deu tanta importância a oração que Ele nos deixou um ensino sobre o por que, como, por quem e pelo que devemos orar. Enquanto o Mestre tabernaculou entre nós, nos legou muitos ensinamentos sobre esta questão. Vamos desmembrá-las para uma melhor análise.

1º Por que devemos orar?
            O Senhor Jesus nos respondeu esta pergunta em sua vida diária de duas formas. Ele disse que devemos para que o Pai seja glorificado, e também para que sejamos repletos de alegria. Encontramos estes dois ensinamentos em algumas de suas conversas com os seus discípulos. Vejamos:

Para a Glória de Deus:
            Nós devemos orar para que possamos de fato entender quem nós somos diante d’Ele que é Eterno, Sublime, Grande, etc. É através da oração que entendemos que somos como um sedento em meio ao deserto que está desesperado pela fonte da água que pode sacia sua sede. A oração de fato nos faz entender esta relação da criatura para com o Criador, nos faz entender que sem Ele não há vida em nós.
            Jesus disse: “E eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho”. (João 14.13) É por este motivo que oramos em nome de Jesus. Para que através de nossas petições o Pai possa ser glorificado no Filho. Nós não oramos em nome de Jesus utilizando o nome de Jesus como se fosse um amuleto, um pé de coelho, um trevo de quatro folhas.
            Nós oramos em nome de Jesus por que Jesus é engrandecido através de nossas orações. Por que reconhecemos quem de fato é Jesus em nossas vidas. Reconhecemos que sem Ele nada podemos fazer. E quando reconhecemos isso: Deus é engrandecido. Por que Jesus disse: “Eu revelei no mundo a tua natureza gloriosa, terminando assim o trabalho que me deste para fazer.” (João 17.4)

Para a nossa alegria:
            Nós precisamos entender que se vivermos longe da presença de Deus nossa alegria jamais será completa. Jesus disse: “E agora estou indo para perto de ti. Mas digo isso enquanto estou no mundo para que o coração deles fique cheio de minha alegria” (João 17.13) Ele disse também: “Até agora vocês não pediram nada em meu nome; peçam e receberão para que a alegria de vocês seja completa”. (João 16.24)
            O Senhor nosso Deus deseja saciar toda nossa sede e fome d’Ele através da oração. E pela oração que renovamos nossas forças e conseguimos encontrar na pessoa de Deus esperança, alegria, força, mesmo em detrimento aos momentos mais difíceis de nossas vidas.

2º Como devemos orar?
            Esse como devemos orar está intimamente ligado a atitude do nosso coração. Este “como” possuí, um link em nossa postura diante daquele que É todo poderoso, que detêm em suas poderosas mãos toda autoridade no céu, na terra, ou em qualquer outro lugar.
            John Piper em seu livro, “O que Jesus espera de seus seguidores” nos dá algumas lições sobre este “como”:

Orar com simplicidade:
            Devemos nos achegar a Deus reconhecendo quem de fato Ele, É. O Senhor deseja de nós um coração simples, quebrantado em sua presença Santa. Até por que sabemos que antes mesmo de falarmos o Senhor já sabe o que se passa em nossos corações. Talvez seja por este fator que Jesus diz: “- Nas suas orações, não fiquem repetindo o que vocês já disseram, como fazem os pagãos. Eles pensam que Deus os ouvirá porque fazem orações cumpridas.” (Mateus 6.7)

Orar com perseverança:
            Ter simplicidade para orar não significa não ser perseverante. Uma coisa está distantemente da outra. Ser perseverante perpassa em entendermos que Deus a seu tempo, responderá as nossas orações, visando glorificar o seu nome. Afinal de contas, Ele sabe o que é melhor para nós.
            O fato pelo qual deseja que sejamos perseverantes na oração. Não quer dizer que Deus é um ser de má vontade que deseja nos humilhar até o último instante. Pelo contrário, em sua Soberania, Deus conhece a necessidade de cada um de nós, e por Ser, Ele este Deus Grandioso, sabe até onde deve nos levar.

Orar com confiança:
            Quando oramos ao Senhor Jesus estamos demonstrando que nossa confiança está n’Ele. A confiança está intimamente ligada ao fato de uma relação que já vivencia maturidade. Só podemos confiar se de fato acreditarmos naquilo o qual depositamos nossas esperanças.
            E de fato podemos confiar em Jesus por que Ele a si mesmo se deu, para morrer no meu, e no seu lugar. Proporcionando-nos através de seu sacrifício o perdão para os nossos pecados.

Orar com fé:
            Alguns entendem que orar com fé é ter um pensamento positivo sobre algo ou alguém pelo o qual estejam orando. Se, utilizam de um versículo que Jesus diz: “Se crerem receberão tudo o que pedirem em oração”. (Mateus 21.22)
            Porém, Jesus não nos ensina isso neste texto. Se Jesus estivesse nos ensinando isso, Ele estaria nos pedindo para nós termos fé, na nossa fé, e não fé em Deus. Sendo assim, o que Jesus nos ensina é que possamos confiar no caráter de Deus. Sendo sabedores que Ele tem o melhor para nós.

Orar com modéstia:
            Jesus disse que não devemos orar para sermos vistos pelos outros. (Mateus 5.5-6) Algumas pessoas confundem espiritualidade com arrogância. E ficam arrotando seus feitos de oração por aí, como se fossem melhores do que outros. Nosso Mestre condenou este tipo de atitude nos escribas e fariseus que praticavam longas orações na gente de todos.

3º Por quem devemos orar?
            Devemos orar por nós. É a oração é forma pelo qual nos fortalecemos em Deus através de uma relação sadia e intensa. Não oramos por nós mesmos por que merecemos. Mas, oramos por nós mesmos, por que Deus é misericordioso. Ele sabe que somos fracos, pecadores, meros mortais corrompidos pelo pecado. É por isso que Jesus nos ensinou a orar: “E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal”. (Mateus 6.13)
            Jesus na verdade nos ensina a orar por todos. Ele nos ensina a orar pelos nossos irmãos conforme Ele fez na sua oração sacerdotal. Nos ensina, a orar pelas pessoas que nos perseguem e nos caluniam. Se o nosso Senhor nos ensina a orar pelas pessoas que não gostam de nós. Quanto mais as que gostam de nós não é verdade? Por este motivo devemos orar também pelos nossos familiares, amigos, vizinhos, etc.
4º Pelo quê devemos orar?
            A melhor resposta que encontro para esta pergunta está na oração modelo que Jesus ensinou aos seus discípulos em Mateus 6, conhecida também como: oração do Pai nosso. Nesta oração Jesus nos deu um modelo sobre os motivos pelos quais devemos orar.
            John Piper no livro que já fora citado neste mesmo texto, elenca seis razões. Diz Piper:
            Pai nosso, que estás nos céus!
1-      Santificado seja o teu nome.
2-      Venha o teu Reino.
3-      Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.
4-      Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia.
5-      Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos os nossos devedores.
6-       E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.

Conclusão:
            Ao realizarmos esta pequena análise sobre a vida de oração de Jesus. Podemos concluir que precisamos imitá-lo. Jesus é modelo para as nossas vidas. É Ele que é o nosso pressuposto de vida cristã. Sendo assim, eu te convido nesta noite. A seguir os passos de Jesus. E, ser, seu imitador na sua vida de oração.
            Certo que em Cristo, podemos seguir seu exemplo:
            Pr. Roberto da Silva Meireles Rodrigues

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