sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

1º Encontro - GRM 500


1º Encontro - GRM 500




Apresentação:
            Olá queridos empreendedores do Senhor:
            Graça, paz e misericórdia da parte do nosso Deus e Pai estejam sobre as nossas vidas!
            Sejam bem vindos ao mais novo desafio que o nosso Deus têm derramado no coração de sua igreja. É bom saber, que podemos contar com você; visando o cumprimento da missão que recebemos de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que é de: “Fazer discípulos de todas as nações” (Mateus 28.19-20).
            Hoje iremos iniciar uma série de encontros que demos o nome carinhoso de “GRM500”, que traduzindo quer dizer: Geração Rocha Miranda 500 membros. O nosso alvo é que em 5 anos sejamos 500 membros. Nossa realidade de culto hoje perpassa em no máximo termos 150 frequentadores, e sendo esta palavra bem apropriada: “frequentadores”.
            Nosso alvo é levar a igreja a crescer 3 vezes em sua quantidade de membros. É, alcançarmos mais de 350 pessoas no mínimo nos próximos 5 anos de nossa existência. O desafio não para por aí; haja vista que temos hoje cerca de 150 de frequentadores de igreja. E o desejo do coração de Deus é que em 2018, tenhamos 500 discípulos de Jesus. Queremos ser conhecidos como uma igreja de discípulos e não como uma igreja de frequentadores, de ouvintes, ou alguma outra coisa semelhante.
            Em uma palestra ministrada pelo Pr. Cristiano Pesset, na Primeira Igreja Batista em Oswaldo Cruz, no dia 05/07/2012, o mesmo se utilizou um dado estatístico interessante para conotar a diferença de uma igreja de modelo tradicional, para uma igreja em pequenos grupos. Ele disse que em uma igreja tradicional 20% das pessoas vivem de fato o evangelho, e os outros 80% são somente frequentadores, pessoas que não se envolvem em nada, somente observam o que de fato vem sendo realizado pelos outros 20%.
            Já em uma igreja em pequenos grupos 80% vivem o evangelho. É uma inversão. Não é verdade? É um oposto e tanto; a diferença existente entre uma igreja do modelo tradicional, para uma igreja do modelo em pequenos grupos. Por este motivo, não queremos ser uma igreja inchada, uma igreja que cresceu sem qualidade e sem intimidade com o Senhor Jesus. Queremos ser 500 discípulos de Jesus.
            Creio que você deva estar pensando: “Que desafio é isso! Será que podemos conseguir de fato alcançar esse nosso objetivo?”
            Eu te responderia, lembrando-te, de alguns versículos da Palavra do nosso Deus:      “Porque para Deus nada é impossível”. (Lucas 1.37)
            “E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém”. (Marcos 16.20)
            “De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas”. (Atos 2.41)
            “Muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram, e chegou o número desses homens a quase cinco mil homens.” (Atos 4.4)
            Depois do Senhor ter refrescado nossas memórias através de sua Palavra. Podemos voltar a sonhar não é verdade? De fato, nós como igreja do Senhor Jesus, nos últimos anos temos sido extremamente abalados pelas mais diversas notícias ruins e também pelas mais diversas decepções.
            Mas o Senhor nos trouxe aqui para voltarmos a sonhar. Voltarmos a ter esperança que Jesus pode voltar em nossa geração, se decidirmos pregarmos o evangelho do Reino por todos os povos, raças, tribos e nações.
            Meu coração está queimando de amor pelos amigos que ainda não conhecem a Jesus. A cosmovisão Bíblica para sermos uma igreja referencial é ser uma igreja do povo. E para sermos uma igreja do povo, precisamos de fato está entre o povo, e para estarmos entre o povo com nossa estrutura eclesiástica será impossível. Deus têm me levado a compreender esta questão. Para uma igreja estar entre o povo, ela deve estar se reunindo de casa em casa. Em minha opinião a melhor eclesiologia que preenche este modus operandi é: uma igreja em pequenos grupos nas casas.
             Esse tempo será essencial para nossas vidas e para o futuro de nossa comunidade cristã. Vamos neste tempo orar, chorar diante de Deus, tirar dúvidas, sermos confrontados pela Palavra, termos o nosso coração aquecido pela visão de Deus para sua igreja.
            Minha oração é que você possa degustar de cada segundo deste nosso momento juntos!
            De seu pastor, Roberto Meireles.


1 – O que são pequenos grupos?
            Tendo em vista elucidarmos o que são pequenos grupos. Creio que a melhor maneira, melhor dizendo o melhor pressuposto a alicerçarmos nosso pensamento, é dizer que o que não é um pequeno grupo!

O que não é um pequeno grupo:

1.1. Grupo de oração – As pessoas que vão a este grupo, elas estão interessadas em orar, é óbvio. O que acarretará em não cumprir os propósitos que um pequeno grupo possui.

1.2. Grupo de Estudo Bíblico – As pessoas que vão a este grupo possuem o interesse em obter conhecimento teológico. Em sua grande maioria os líderes destes grupos são pessoas que querem demonstrar conhecimento teológico. O não cristão não é bem vindo neste ambiente. Sem contar que outros propósitos tais como: comunhão, adoração, edificação mútua, não são alcançados.

1.3. Grupos de comunhão – As pessoas que vão a este grupo estão interessadas em construir uma panelinha. É uma busca de crescimento espiritual exclusivista, egoísta. O propósito do pequeno grupo é se tornar uma panelinha sem tampa. Onde outras pessoas possam ter acesso.

1.4. Grupos de cura interior ou apoio – As pessoas que frequentam este tipo de grupo. São pessoas que ser curadas de seus traumas emocionais. O grupo se torna uma espécie de terapia em grupo. Geralmente estes grupos tendem a falhar por não apontarem para Jesus como o centro da reunião.

1.5. Ponto de Pregação – Esse grupo é aquele que necessita de um clérigo (pastor ou seminarista) que tem como fim, o fim em si mesmo. Ou seja; é mais um culto. Não há uns aos outros. Não existe relacionamento. Os moldes são o mesmo da celebração.


Então o que é um pequeno Grupo?
            O pequeno grupo é a igreja que se reúne durante a semana nas casas. E, que, aos domingos se reúne para a grande celebração (culto). Durante a semana é no pequeno grupo que ocorre de fato a vida da igreja. De casa em casa, os irmãos vão “INDO”: evangelizando, confraternizando, edificando, servindo, ministrando, discipulando, realizando o que a Bíblia chama de “uns aos outros”.
            Ralph Neighbour Jr., conceitua da seguinte forma: “A célula é o lugar em que as pessoas são evangelizadas, discipuladas, equipadas para servir; é o lugar em que os membros se edificam mutuamente. O grupo serve como comunidade em que os cristãos podem prestar contas uns aos outros e manter total transparência entre si.”[1]
            O grupo pequeno é muito mais do que uma reunião semanal. Não podemos cair no mesmo erro de antes e tornar algo novo, velho. Ou seja, voltar à estrutura antiga, sem estar na estrutura antiga. Devemos mudar a nossa cosmovisão acerca do que de fato é viver em comunidade base. Podemos estar em um grupo pequeno, como uma mentalidade de uma estrutura de culto tradicional.
            A essência da vida em pequenos grupos é o relacionamento. A igreja do Senhor Jesus Cristo é relacional. Devemos sempre ter isso em mente. Por este motivo que damos mais valor as pessoas, em detrimento das coisas. Porque entendemos que o ser humano não é uma máquina, um objeto, ou alguma outra coisa semelhante.
            É tendo relacionamentos uns aos outros que experimentamos na prática do dia a dia, a vida cristã. O pequeno grupo ele possuí uma identidade. Porque ele possui: hora, local, constância, segurança, etc.
            Nossa cosmovisão é que os grupos sejam construídos por faixas etárias e comum interesse. Vamos exemplificar isso: Um jovem procurará um grupo de jovens. Um adolescente um grupo de adolescente. Uma mulher procurará um grupo de mulheres.
            Precisamos nos policiar para também não fazermos do grupo pequeno um fim em si mesmo. A finalidade do grupo é nos encontramos com Jesus. O Senhor é o alvo de nossas reuniões. E por Ele ser o alvo. O desejo do seu coração é que nos alcancemos os amigos não cristãos. Por este motivo um grupo sadio deve sempre multiplicar.
            Vale a pena nos recapitularmos então o que não é um grupo pequeno!
           
            Então vamos lá. O que não é um grupo pequeno:
-        Um grupo pequeno não é um grupo de oração.
-        Um grupo pequeno não é um grupo de estudo bíblico;
-        Um grupo pequeno não é um grupo de comunhão.
-        Um grupo pequeno não é um grupo de cura interior.
-        Um grupo pequeno não é um ponto de pregação.

2 – Quais os objetivos de um pequeno grupo?
            O pequeno grupo possui a finalidade de alcançar quatro objetivos. Que são os quatro momentos que podemos encontrar em um pequeno grupo. Estes momentos são chamados de 4 E's.
Que são: Encontro (Quebra-Gelo), Exaltação (Louvor e Adoração), Edificação (Aplicação da Palavra de Deus) e Evangelismo (os desafios para a semana de evangelização).

2.1. Encontro (Quebra-Gelo):
            O momento do quebra-gelo é fundamental para um pequeno grupo. Principalmente quando o grupo é novo. E, por ser novo, as pessoas ainda não possuem laços de afetividade. Podendo gerar um constrangimento. Por este motivo é fundamental o quebra-gelo no inicio do grupo. Para literalmente quebrar o gelo.
            Vale salientar:
-        O quebra-gelo não é um jogo;
-        O mesmo objeta fazer com que a pessoa tire a tensão de si mesma;
-        Ele introduz todos os participantes do pequeno grupo no assunto a ser tratado.
-        Sua intenção é literalmente quebrar o gelo inicial.
-        É preciso ter cuidado para não expor a intimidade de alguém.

            Podemos citar alguns exemplos:
-        Qual seu estilo de musical preferido?
-        Qual é a fruta que se mais gosta e por quê?
-        Fale de uma experiência sua que marcou sua vida positivamente.
-        Qual foi o maior mico que você já pagou?

2.2. Exaltação (Louvor e Adoração):
            Esse momento nós vamos externar o nosso louvor ao Senhor. É o momento onde cantamos cânticos e adoramos ao nosso Senhor Jesus pelo que Ele é para nós. Devemos tomar alguns cuidados neste momento. Por exemplo:
-        Escolher cânticos do cancioneiro. E somente do mesmo! Haja vista que aqueles cânticos foram selecionados por nossa ministra de música e foram teologicamente analisados e ponderados a luz das Escrituras.
-        Não ficar pregando entre os cânticos. O pequeno grupo não é lugar para isso.
-        A pessoa que for encarregada precisa se preparar espiritualmente para esse momento. Não basta apenas cantar por cantar. É preciso realizar todo processo antes do encontro em oração e intimidade com o Senhor para poder ministrar vida.
-        A escolha dos cânticos não deve ser aleatória. Deve ser feita de acordo com o tema a ser tratado e em oração.
-        No máximo três cânticos devem ser entoados ao Senhor. E no mínimo 1 cântico.

2.3. Edificação (Aplicação da Palavra de Deus):
            O encontro agora tem como objetivo tratar das pessoas em suas necessidades. Por isso é bom lembrar que o líder não é um professor, mas sim um facilitador. No grupo pequeno não estamos preocupados em elucubrações profundas do texto Bíblico. Mas nosso foco é experimentar os princípios práticos da Palavra de Deus em nossas vidas.
            Jamais o líder deve se alongar muito em sua fala e em suas considerações. Seu papel é apenas de facilitar, envolver os membros do pequeno grupo em aplicar os princípios Bíblicos em suas vidas.
            Algumas considerações:
-        O estudo deve alcançar as pessoas em suas necessidades.
-        O facilitador deve transmitir ânimo, desafiar, estimular as pessoas envolvidas.
-        O bom facilitador sempre consegue envolver o estudo com as necessidades das pessoas.
-        O pequeno grupo é o lugar onde as pessoas abrem o seu coração e recebem apoio, tratamento espiritual, tratamento emocional, etc.
-        O bom facilitador concentra aplicação do estudo não em seu conhecimento. Mas sim na vida das pessoas.
-        Extraia do grupo um fedeeback sobre o que foi aprendido.
-        Aplique o estudo no final fechando com perguntas do tipo: De tudo que falamos. O que você vai aplicar em sua vida?
           
2.4. Evangelismo (os desafios da semana para evangelização):
            Esse momento é bem prático. É o momento onde o líder do grupo o desafia aos membros a evangelização durante a semana. O grupo pode realizar procedimentos tradicionais do tipo evangelização pessoal. Mas também pode se utilizar de alguma estratégia em grupo combinada.

2.5. Outras considerações:
-        O pequeno grupo deve ter uma duração máxima de duas horas. Incluindo o momento do lanche.
-        Os momentos devem ser seguidos à risca; Encontro, Exaltação, Edificação e Evangelismo.
-        Evite cancelar as reuniões do grupo. Isso é um balde de água fria nos membros de seu pequeno grupo.
-        Procure equilibrar os momentos. Lembrando sempre que a prioridade é alcançar as necessidades das pessoas envolvidas.
-        Lembrar as pessoas que o for dito ali, fica ali!














[1]          NEIGHBOUR, Ralph W. Jr. Manual do líder de célula. 3ª edição. Curitiba: Ministério Igreja em células. 2000. Pg. 13.

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