Rio de Janeiro, 13 de Junho de 2013.
Local – PIB em Rocha Miranda
Estudo realizado na “Quarta com Deus”, por ocasião da exposição –
“Exposição Bíblica da carta de Tiago”.
Texto – Tiago 1.1-4
“O poder das provações”
1ª Introdução:
Nossa incumbência hoje é iniciar a exposição da carta que Tiago
escreveu. Particularmente sou apaixonado pela carta de Tiago. Haja vista que é
uma carta prática, objetiva. Tiago está preocupado em conjugar ortodoxia com
ortopraxia. Já bem disse Hernandes Dias Lopes em seu comentário sobre a carta:
“A teologia e a prática não podem estar se divorciando”.
É por este motivo que sou apaixonado pela carta de Tiago. As
pessoas que frequentam nossas igrejas hoje estão cada vez mais obesas de
informação. Porém, praticam pouco, muito pouco do que sabem. É bem verdade que
estamos nos tornando cada vez mais teóricos. Queremos saber tudo sobre oração,
mas praticamos pouco a mesma; queremos saber tudo sobre a Palavra, todavia
colocamos muito pouca coisa em prática.
O nosso desafio é sermos praticantes da palavra e não somente
ouvintes. Como diz o próprio escritor desta carta. As pessoas estão cansadas de
ouvir, e somente ouvir. Elas estão querendo ver em nossas vidas Jesus. Elas
querem olhar nossas vidas e enxergarem a Bíblia escrita em nós. Já bem disse
Francisco de Assis: “Pode ser que nós sejamos a única Bíblia que a pessoa lerá
antes de ser chamada a presença do Eterno Deus”.
Tiago é uma carta muito prática. Seu tema central é a busca pela
maturidade Cristã. Por este motivo é comparado ao livro de provérbios e é
chamado de provérbios do Novo Testamento. A carta de Tiago parece mais uma
homilia do que propriamente dito uma carta.
Um dos motivos
pelo qual Tiago escreveu está carta é que aqueles irmãos estavam passando por
duras provações. Tiago inicia sua epístola dizendo que os cristãos irão ser
provados. A moda evangelical vai dizer que o crente não irá sofrer ou algo
semelhante. Porém isso é um tremendo equívoco teológico. Jesus nos advertiu que
iriamos passar por inúmeras provações.
Porém a palavra
utilizada por Tiago para provações é utilizada também para tentações. Destarte,
quando examinada em seu contexto fica evidente que a mesma está sendo utilizada
com o sentido de levar aquele que sofre a ação a um exame para ver se irá se
aprovado. O termo transmite a ideia de que as provações servem para
purificar-nos de nossos erros e nos apresentar de modo diferente.
Alguns
aprendizados eu consigo extrair para minha vida sobre estes quatro primeiros
versos da carta de Tiago. São eles:
1º Aprendizado – A provação
distingue incrédulos de servos de Jesus.
Tiago inicia sua
carta se identificando como servo de Jesus. Uma melhor tradução para palavra
utilizada no texto original é escravo. Esse Tiago é o irmão de Jesus. Enquanto
Jesus esteve encarnado Tiago era um incrédulo. Após sua ressurreição ele creu
em Jesus e estava presente quando o Mestre apareceu. Após foi doutrinado e se
tornou um líder da igreja primitiva. Foi chamado por Paulo como uma das colunas
da igreja de Jerusalém.
Todavia ao identificar-se
se autodenomina: escravo. O evangelho produz em nós essa mudança de caráter.
Charles Spurgeon diz que Deus não deseja nada de nós, exceto nossas próprias
necessidades. Não é o que temos, mas o que não temos que é o primeiro ponto de
contato de nossa alma e Deus.
Um incrédulo ao
passar por provação. Logo terá sua frágil fé abalada e irá trilhar o seu
verdadeiro caminho, o caminho de morte. Já o verdadeiro servo de Jesus não se
abala pelas provações. Porém as mesmas produzem paciência, e a paciência produz
esperança, conforme diz Paulo aos Romanos. Tiago passou por muitas provações e
em nenhuma delas saiu reprovado, pelo contrário foi aprovado por sua conduta
cristã. Essa é diferença entre o incrédulo e o verdadeiro crente.
2º Aprendizado – Não estamos
imunes às aflições.
Tiago diz que
esta escrevendo as doze tribos de Israel. Que em minha opinião significa que
ele está dirigindo sua fala a igreja de Jesus que é o Novo Israel. Na verdade
em Jesus não existe a distinção entre judeu, grego, branco, negro, etc.
Aqueles irmãos
eram parte do corpo de Cristo. Aqueles irmãos eram parte do Novo Israel de
Deus; aqueles irmãos foram salvos e remidos pelo sangue de Jesus. Mas, o fato
de serem eleitos por Deus, não os isentou de serem perseguidos, de passarem fome,
de serem mortos, etc.
Precisamos perder
a concepção de que um crente fiel não sofre. Isso é uma cosmovisão
veterotestamentário e meritória. Nós somos salvos da condenação eterna. Mas,
enquanto não estivermos vivendo a plenitude do Reino de Deus. Estaremos a mercê
de todas as mais diversas provações e aflições.
O Hernandes Dias
Lopes tece um comentário muito interessante acerca deste aspecto. Diz o Pr.
Hernandes: "Vida cristã não é uma
redoma de vidro, uma estufa espiritual, uma colônia de férias, antes, é um
campo de batalha".
Não somos
provados para sermos reprovados. Somos provados para sermos aprovados. Porém,
isso dependerá muito da forma que iremos encarar esta provação.
3º Aprendizado – As
provações podem ser benéficas para nossas vidas.
As provações
podem ser benéficas em nossas vidas se mudarmos a nossa perspectiva. Se
conseguirmos enxergar de outro prisma nós podemos identificar as provações
contendo as seguintes atribuições em sua essência:
- Provações são inerentes a fé cristã.
- Provações são provações variadas.
- Provações são passageiras.
- Provações são pedagógicas.
Conclusão:
Que o Senhor nos
ajude em meio as nossas provações. Que o nosso coração esteja guardado pelo
Senhor e que possamos n’Ele sermos aprovados ao término da mesma. E que tudo
isso redunde em Glórias e Honras ao nome do nosso Deus.
Certo de em
Cristo nenhuma tribulação virá sobre nós que não possamos suportar:
Pr. Roberto da
Silva Meireles Rodrigues.
Como eu precisava ler isso!
ResponderExcluirOlá Gilberto!
ResponderExcluirFico feliz que este texto tem abençoado sua vida. Que o Senhor possa aprová-lo ao final de sua provação.
Que Deus o abençoe!