Rio de Janeiro, 08 de
dezembro de 2013.
Que queres que eu te faça?
Na semana passada nós falamos sobre
a pergunta feita por Jesus ao homem enfermo no tanque de Betesda. Pudemos
observar que aquele homem enfermo tinha muitos obstáculos pessoais a serem ultrapassados,
para que ele mesmo de fato desejasse ser curado. Suas atitudes nos levavam a
crer nisso.
Hoje, iremos exaurir outro texto, onde
encontramos mais uma pergunta feita por Jesus a outro enfermo. Diferentemente
da atitude daquele homem próximo ao tanque de Betesda, este outro enfermo,
chamado Bartimeu, usou tudo o que tinha e o que estava ao seu alcance para
chamar atenção de Jesus, o Nazareno.
Diferente de muitas outras
narrativas de milagres realizados por Jesus, esta não apresenta o tempo em que
o indivíduo estava enfermo, a gravidade da doença e a admiração dos
espectadores após a cura. Os sete versos que antecedem a cura chamam atenção
para a fé do cego.
O texto está compreendido em um capítulo
(Mc. 10) marcado por uma sequencia de “bola fora” dos discípulos de Jesus. Eles
não deixaram que as crianças chegassem até Jesus. Foram chamados, em particular,
pelo Mestre; que mais uma vez fala sobre sua morte e ressurreição. E, mesmo
depois de Jesus ter falado sobre o que estava para acontecer, dois de seus discípulos
mais próximos pedem lugar de destaque ao seu lado. Mesmo depois de um extenso
período de discipulado, os discípulos davam mancadas feias.
A frase de Jesus a Bartimeu, após a
cura, revela como a atitude daquele homem mexeu com o coração d’Ele: “a tua fé
te salvou”. Jesus deveria estar vindo de uma série de tristezas provocadas por
seus discípulos. Mas, ao olhar para aquele homem, cego, rejeitado, maltrapilho.
Deve ter pensado: “A cruz valerá todo meu esforço em prol da humanidade”.
A fé de Bartimeu funcionou como uma
espécie de promessa, pela qual todo o sacrifício de Jesus valeria apena. A
morte e ressurreição do Mestre traria a muitos outros cegos a visão. Jesus veio
para que os insignificantes, os desprezíveis, os esquecidos, os desprezados, encontrassem
n’Ele a cura para suas dores.
Queria incentivar você que está
lendo este texto, a ter atitudes semelhantes à deste homem chamado Bartimeu.
Clame pelo filho de Davi. Clame com todas as suas forças. Sem se importar com o
que os outros estão pensando; pois não entendem pelo que você passa, e por não
entenderem, tentam abafar o seu clamor. Não de atenção e nem se importe.
Apenas, clame!
Clame ao Filho de Davi. Crendo que
Ele É poderoso para curar as dores e feridas. Ele jamais deixará de ouvir o clamor
de um coração quebrantado e contrito. Quem sabe hoje não seja o dia que Ele
diga: “o que queres que eu te faça?” Então, clame. E você o ouvirá.
Certo de que em Cristo nossos olhos
são abertos:
Seu pastor, Roberto Meireles.
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