Breve texto sobre o comentário de Calvino sobre Gálatas 5.1
O conhecido teólogo de Genebra João
Calvino inicia seu comentário sobre o verso salientando que o verdadeiro foco
que deve se dar a questão dá liberdade dita por Paulo é que: a mesma não é
fruto de uma vã filosofia ou até mesmo de alguma quebra ou não de ritos e
cerimônias. Todavia, a questão da liberdade salientada pelo apóstolo Paulo está
intimamente ligada à questão sotereológica, ou seja, a salvação que reside
apenas na pessoa de Jesus Cristo de Nazaré.
Calvino faz uma observação em seu
texto dizendo que Paulo neste verso estava explicitamente tratando da questão
da isenção de cerimônias da lei. Todavia, implicitamente o texto imbui também à
liberdade que Cristo nos outorgou sobre o pecado, a carne, a morte e o diabo.
O reformador da cidade de Genebra
ressalta sobre a questão do termo utilizado pelo apóstolo Paulo “de novo”. Ele
comenta o fato de que tanto judeu como os gentios convertidos ao cristianismo
não poderiam colocar-se sobre o jugo de escravidão. Essa afirmação não
necessariamente estava atrelada ao fato de algum daqueles irmãos por serem
judeus convertidos ao cristianismo. E, sim que o jugo era existente para aquele
que se colocassem sobre o mesmo.
A semelhança de Lutero, João Calvino
fala sobre a questão da liberdade da consciência. A grande questão da liberdade
que Cristo nos delibera com sua vitória na Cruz do Calvário é livrar-nos de
toda e qualquer forma de ameaças a nossa salvação da ira vindoura. Ou seja, em
Cristo temos a total liberdade de consciência que através d’Ele e de seu
pagamento na cruz do calvário não precisamos de mais nada para nossa salvação,
que todo esforço e mérito residem na pessoa do Cristo vivo e ressurreto que
está à destra de Deus Pai, aguardando aquele grande dia que irá voltar para
buscar os libertos em seu nome.
Calvino lembra que o capítulo cinco
dá continuidade a fala de Paulo no capítulo quatro sobre a exemplificação de
Agar e Sara. Uma livre e outra escrava. E Paulo salienta de que nós o povo de
Deus somos filhos da mulher livre, ou seja, filhos da promessa de Abraão, e a promessa
de Deus a Abraão é que a justiça lhe foi imputada através de sua fé. De mesma
forma, a justificação para ira vindoura nos foi imputada pela nossa fé no filho
de Deus, Jesus Cristo o Nazareno.
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