Rio de Janeiro,
18 de Abril de 2014.
Onde estão os verdadeiros símbolos pascais?
Durante esta semana que passou estive com minha filha no shopping para
irmos ao cinema. Já havia lhe prometido há algum tempo que iria levá-la ao
cinema, todavia, faltou-me tempo para desfrutar de momento tão desejado. Mas,
pela graça de Deus, conseguimos durante a semana passada ter o prazer de ir ao
cinema para a concretização de minha promessa a ela.
Ao chegarmos a Madureira, deparei-me
com um quadro que é normal para o homem natural, mas jamais pode ser normal
para o homem espiritual. Olhava ao meu redor e tudo o que via era um momento
oportuno no calendário anual para aumentar as vendas dos comércios ali
estabelecidos. Foi quando me deu um estalo: “Onde estão os verdadeiros símbolos
pascais?”
Como disse anteriormente, para o
homem natural pode ser normal. Todavia, para nós cristãos jamais poderá. É
imprescindível que levantemos nossa voz de forma profética para, mais uma vez, ratificar
o verdadeiro sentido da Páscoa.
A título de elucidação vale falar
sobre a verdadeira origem da páscoa. A páscoa é a primeira festa das três
festas essenciais para os judeus. Ela também é conhecida como festa dos pães
asmos (Ex. 12.1-28; 23.15; Dt. 16.6). Foi instituída por Deus para sempre
lembrar aos israelitas a milagrosa mão de Deus operando a seu favor, libertando-os
do cativeiro do Egito e das mãos de seu rei opressor (Ex. 12.1, 14, 42:15; Dt.
16. 1,3). O elemento principal desta festa era o cordeiro. Lembrando dos
cordeiros que cada família teve que sacrificar e utilizar de seu sangue para
passar nos umbrais da porta evitando que o anjo da morte entrasse e matasse os
seus primogênitos.
É evidente que este cordeiro e este
sangue apontavam de forma profética o verdadeiro cordeiro de Deus: Cristo Jesus
(Jo 1.29), e o sangue do cordeiro, a saber, o sangue de Jesus que nos limpa e
purifica de todo pecado (1 Jo 1.7). A Páscoa cristã é a celebração não de uma
data, mas sim de uma pessoa: Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo de Nazaré.
Paulo discerniu esse cumprimento profético na pessoa de Jesus e assim também
expressou ser Jesus nossa verdadeira Páscoa (1 Co. 5.7).
O Senhor sempre trabalhou com
símbolos, memoriais, para registrar na memória de seu povo os seus feitos.
Esses símbolos têm por finalidade trazer a memória quem é o Senhor e reavivar a
chamada da fé que habita dentro de nós. Por exemplo: Jesus antes de cumprir sua
missão, reuniu seus discípulos para juntos com eles celebrar a Páscoa judaica.
E, nessa reunião Ele instituiu a Ceia do Senhor. A Ceia do Senhor foi
instituída por Jesus para substituir a celebração da Páscoa judaica.
A Ceia do Senhor é um memorial que
tem por finalidade nos remeter ao passado. Ou seja, nos fazer recordar a morte
e ressurreição de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. O pão simbolizando seu
corpo que fora esmagado, e o vinho simbolizando o sangue que fora derramado,
pois sem derramamento de sangue não há remissão de pecados, conforme diz o
autor aos Hebreus.
Contudo, a Ceia do Senhor também aponta para o futuro, pois Jesus nos diz
em sua Bendita Palavra
que um dia em seu Reino
beberemos do fruto da videira ao seu lado, ou seja, um dia iremos estar junto
ao Pai celeste nas moradas celestiais para concretizarmos essa promessa. A Ceia
do Senhor é um memorial que possui todo esse simbolismo.
A celebração da Ceia do Senhor é o
verdadeiro simbolismo que nos remete ao real significado sentido da Páscoa: A
morte do Cordeiro de Deus que tira todo o pecado do mundo, e sua ressurreição
como esperança para aqueles que n’Ele crêem, que assim como ele ressuscitara
dentre os mortos, assim também ressuscitaremos.
Sendo assim, vamos celebrar não a
Páscoa. Vamos celebrar o fato de nosso Senhor ter pagado um alto preço na cruz
do Calvário por nós e por ser Ele o próprio Deus, a morte não poder detê-lo.
Sua morte e ressurreição são a prova de que n’Ele encontramos perdão para os
nossos pecados e esperança de vida Eterna.
Certo de que Cristo é a nossa
verdadeira Páscoa:
Seu pastor, Roberto Meireles.
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