Rio de Janeiro, 21 de setembro de 2014.
Multiplique Liderança
A reportagem de capa da revista Você
S/A deste mês é sobre a ascensão de jovens na liderança de grandes empresas. O
mundo coorporativo vem cada vez mais incentivando o treinamento de jovens líderes
em potencial afim de que, no momento certo, estes possam receber o bastão da
gestão anterior.
O investimento que é feito pelas
empresas no treinamento de novos líderes é imenso. Quando me refiro ao
investimento estou querendo dizer: investimento financeiro para formação
acadêmica e cursos de aperfeiçoamento, tempo para amadurecimento e treinamento,
criação de uma cultura de clima de mentoreamento, etc.
Empresas globais tais como:
John&Johnson, Volvo Cars, TAM, CREMER, AZUL linhas aéreas, IBM, e tantas
outras, possuem em sua presidência jovens com menos de 40 anos. Todos estes
chegando ao topo da pirâmide de liderança de suas empresas.
Todavia, quando volto meu olhar para
o âmbito cristão observo um enorme preconceito em relação aos mais jovens. Falo
deste assunto com muita propriedade. Pois até hoje sofro desconfiança por ser
um pastor jovem e assumir a liderança de uma instituição de quase setenta e
oito anos de existência.
O apóstolo Paulo escrevendo a
Timóteo, seu filho na fé, lhe motiva a não deixar que lhe descriminem por sua
mocidade. Todavia, o conselho de Paulo para seu discípulo era que este fosse
exemplo dos fiéis. (I Tm. 4.12) Timóteo não era nem tão jovem assim. Muitos
estudiosos acreditam que ele já deveria estar na faixa dos quarenta anos. E,
mesmo assim ainda sofria preconceito por este motivo.
Passei o final de minha adolescência
e toda minha juventude no seio da igreja. E o investimento feito pelos líderes
das igrejas onde passei foram fundamentais para que eu pudesse chegar até aqui.
Dentre todos estes líderes destaco a vida do meu pastor Joel da Silva Siqueira.
Pastor Joel investiu na vida de
muitos jovens e adolescentes. Capacitando-os para serem líderes por onde quer que
a planta de seus pés pisassem. O investimento não se deu apenas na esfera
“religiosa”. Muitos de nós não apenas lideram no seio da igreja. Mas, exercem
liderança na sociedade de uma forma geral. Haja vista que princípios de
liderança que nos foram ensinados estão pautados na Palavra de Deus e poderiam
ser aplicados em qualquer esfera de atuação.
Pela graça de Deus tenho acompanhado
o desenvolvimento de nossa liderança e temos investido de modo maciço na
capacitação de líderes. Independente de suas faixas etárias. O desejo de
liderar independe da faixa etária. O Eterno chamou Moisés com mais de oitenta
anos para liderar o seu povo.
É evidente que nessa dinâmica de
liderança, um líder mais experiente deve orientar aquele que está começando. O
que forma novos líderes são outros líderes. Costumo sempre dizer que seminário
não forma pastor. Assim, também cursos de liderança somente, não formam
líderes, mas sim, líderes geram líderes.
A igreja é um organismo vivo, dinâmico
e criativo. Por este motivo, é
necessário que a dinâmica alcance a esfera da liderança. Uma igreja que não
gera novos líderes é uma igreja tendenciosa a enfrentar o seu fim. Essa
afirmação é categórica, pois ela se comprova na certeza de que todos um dia morreremos.
E, se não há legado, não há continuidade.
Que o Senhor continue a levantar
novos líderes em nosso meio. E nos dê graça para capacitá-los para o exercício
do ministério cristão.
Certo de que em Cristo reside o
nosso pressuposto para liderança:
Seu pastor, Roberto Meireles.
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