quinta-feira, 9 de outubro de 2014

3ª Ministração – O Closet – Projetos Emocionais. (2º Capítulo do livro)


Rio de Janeiro, 08 de outubro de 2014.


Quarta com Deus

Estudos do Livro – “Projetos para um casamento sólido” – Dr. Steves Stepephens – Ed. CPAD.

3ª Ministração – O Closet – Projetos Emocionais. (2º Capítulo do livro)



Introdução:

            Closets são lugares geralmente que servem para armazenar objetos das mais diversas espécies dependendo o motivo pelo qual o mesmo foi construído. Acho formidável a ideia de não precisarmos adquirir móveis. O custo benefício de um closet é formidável. E ainda auxilia para que a estética seja satisfatoriamente elegante.
            Todavia, caso os closets não mantenham o objetivo pelo qual foram planejados podem virem a tornar-se local de armazenamento de bagunça, ajuntamento de tralhas. Por este motivo é bom que seja sempre arrumado, vasculhado, afim de que seu propósito inicial seja mantido. A semelhança dos closets de nossa casa. Nosso casamento também possuem seus closets. Pode ser que tomemos um susto ao pararmos para analisar os closets de nosso casamento. Podemos nos deparar com coisas que já deveriam de ter sidos lançados no lixo faz tempo.
            Gosto do pensamento expresso pelo Dr. Steve ao falar sobre os closets emocionais do nosso casamento. Ele diz: “De vez em quando, todo relacionamento precisa dar uma olhada em seus closets emocionais. Algumas coisas precisam ser jogadas fora; outras, consertadas. Às vezes, algumas delas necessitam simplesmente de serem reorganizadas e postas onde possam ser facilmente encontradas. Um closet bagunçado pode contaminar outras áreas do casamento. Frequentemente, pegamos aquelas coisas, com as quais não sabemos o que fazer, e as enfiamos num closet. Se isto continua por muito tempo, o closet emocional atingirá um ponto onde não saberemos lidar com mais nada. A esta altura, as portas se rompem e as emoções derramam-se pelas casa... Se não lidarmos corretamente com as emoções, mais cedo ou mais tarde alguma coisa explode. Esta explosão pode destruir uma casa que já foi bonita, ou um casamento que já foi maravilhoso”.[1]

1 – Intimidade emocional:
            Dentro de um relacionamento são jungidas muitas vezes personalidades totalmente distintas. Pessoas que tem o seu próprio modo de expressar suas emoções e também de exprimir seus sentimentos. Algumas pessoas não conseguem disfarçar quando estão mal, outras por sua vez se torna impossível discernir em sua face o que a mesma está sentindo naquele momento. Afinal, somos diferentes. Todavia, nossas diferenças não podem servir de empecilhos para desfrutarmos de uma solidez em nosso casamento.
            Vale lembrar que são as emoções que dão sabor, que temperam uma relação. Sem os sentimentos a vida seria insípida e sem cor, já com eles ela se torna intensa e vívida. Sem o afinamento no que diz respeito as emoções dentro do relacionamento fica impossível a intimidade emocional. Se não conseguirmos comunicar o que sentimos e não conseguirmos entender o que nossos cônjuges sentem, jamais conseguiremos atingir uma maturidade emocional em nossos relacionamentos conjugais.


1.1. Consciência emocional:
            Desenvolver uma consciência emocional pode ser muito trabalhoso. Acredito que muitas vezes mais trabalhoso ainda para os homens que possuem pouca sensibilidade emocional. Para sabermos como nos conectar emocionalmente ao nosso conjugue devemos conhecer seu estado emocional para que nossa comunicação e relacionamento possam ser eficazes.
            Algumas práticas podem nos ajudar nesse processo. Dr. Steve nos dá algumas dicas. Vejamos:

Olhe realmente:

A correria de nosso dia a dia nos faz perder a sensibilidade. Em muitos casos não conseguimos identificar o estado emocional de nosso conjugue por que não estamos olhando atentamente para ele (a). Haja vista que o corpo comunica como estamos nos sentindo. Uma das linguagens mais evidentes é a linguagem corporal. Por mais que às vezes possamos tentar disfarçar, mas nosso corpo acaba nos entregando.

Vejamos algumas possíveis formas de detectarmos o estado emocional de nosso companheiro (a):

Curva da boca.
Foco dos olhos.
Contrações e tiques.
Tipo de respiração.
Nível de energia.
Tensão do ombro e do pescoço.
Desassossego geral.
Velocidade do passo.
Inclinação da cabeça.
Engolir em seco.
Morder os lábios.
Testa vincada.
Ranger os dentes.
Gesto das mãos.
Expressão facial.
Postura.
Movimento dos pés.

Ouça realmente:


Tarefa difícil para cada um de nós em os nossos dias é ouvir. A sensação que temos é que estamos perdendo tempo. Estamos sempre tão agitados que podemos não pensar conscientemente, mas inconscientemente é desta forma que agimos. O apóstolo Tiago já nos advertia: “sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se..” (Tg. 1.19)


A semelhança que os sinais podem ser medidos pelo pulso, assim também os pulsos para um sinal vital da emoção é o falar de uma pessoa. O seu falar pode nos denotar tudo o que está em seu coração. Jesus já nos ensinava: “a boca fala do que o coração está cheio”. (Mt. 12.34) Somos sabedores que a Bíblia apresenta no Novo Testamento o coração como o centro das emoções.


Não podemos deixar passar desapercebidos o estado emocional de nosso parceiro (a). A sua fala pode nos aproximar do problema para que o mesmo possa ser resolvido ou pelo menos entendido por nossa parte, o que faz o outro sentir-se compreendido e acolhido.


Análise emocional:


Nós brasileiros não temos o hábito de realizarmos autoanálise em nenhuma esfera de nossas vidas. Muito mais difícil para cada um de nós é realizarmos um autoexame acerca de nossas emoções. Se já somos confusos em realizar autoexames em áreas como finanças, como é difícil analisar nossas próprias emoções. Já dizia Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses”.


A história molda – O passado de uma pessoa pode nos fazer entender muitos de suas atitudes no presente. Geralmente pessoas que foram abusadas em sua infância possuem problemas em sua vida sexual. Pessoas que sofreram por espancamento entram em pânico ao mínimo sinal de alteração de voz de seu parceiro (a). Entender o passado pode nos oferecer um presente com entendimento e respeito mútuo.


Necessidades diferentes – Cada pessoa possui uma necessidade a ser saciada devido aos traumas do passado. Cabe-nos investigar e assim saciar a necessidade de nossos cônjuges. Gary Chapman vai citar cinco necessidades encontradas geralmente nas pessoas: palavras de afirmação, presentes, toques físicos, obséquios e tempo de qualidade. Vamos nos esmerar em estudar, em avaliar, e assim saciar a necessidade de nossos cônjuges.


Conheça seus gatilhos – Conforme os traumas deixam necessidades a serem supridas. Também deixam gatilhos para não serem acionados. Gatilhos são coisas que rapidamente despertam a quebra da harmonia no relacionamento. Por exemplo: Cresci em um lar onde minha mãe cuidava sempre de mim e de meus irmãos. Sempre presenciei o cuidado da minha mãe para com o meu pai no seu zelo em cuidar de sua alimentação, vestuário, etc. Quando minha esposa deixa de expressar de alguma forma este cuidado para comigo, me sinto desprestigiado e esquecido. Esse é um gatilho emocional. Você já descobriu o gatilho emocional de seu cônjuge?


Articulação Emocional:


Já citamos o fato de que cada pessoa é uma pessoa, e por este motivo cada pessoa possui sua forma de expressar seus sentimentos e emoções. Todavia, como posso fazer para tornar-me emocionalmente articulado. Ou seja, sendo quem sou, o que faço para poder expressar minhas emoções?


Mencione o sentimento e respeite o sentimento – Olhar no olho um do outro e falar sobre sentimentos que inundam nossos corações não é perca de tempo. Devemos nos aprimorar em ouvir o nosso cônjuge e também em nos expressar a ele. Isso fazendo sem querer ter razão mas simplesmente ouvir e falar. Acredito que a troca de sentimentos possam criar mais afinidade e o amor lança fora todo o medo de algum trauma ou possível ressentimento do passado.


Administração emocional:


Administrar geralmente pode ser conceituado como gerir. Realizar uma gestão de algo ou sobre algo envolver inúmeras questões. Em um casamento quando estamos administrando nosso emocional automaticamente acabamos administrando o emocional de nosso cônjuge. É válido lembrar do velho ditado: “Quando um não quer, dois não brigam”.


Steve compara a vida emocional a um campo minado. Em sua opinião por mais que na “superfície” não aparente não existir nada, ainda sim a bomba está escondida pronta para ser dispara ao mínimo contato. Segundo o Stephens podemos ter três caminhos em relação a este fato: enterrar mais fundo a mina, simplesmente deixa-la explodir ou desativá-las.


Enterre-as – “Abafar as emoções é como uma farpa espetada no dedo. Se deixarmos lá, ele fica vermelho e infeccionado... Quanto mais tempo a farpa permanece, pior se torna a infecção, até ameaçar o corpo inteiro. As emoções têm de aparecer, assim como lascas ou as minas.” [2]


Deixe-as explodir – Deixar as minas explodir pode dar aquela sensação de alívio. Porém, não podemos esquecer de que as consequências de nossas atitudes virão. Podemos falar e agir como quisermos, todavia tanto nós como os outros podem sentir-se atacados pela explosão. Devemos lembrar que palavras não voltam e atitudes realizadas também não.


Desative-as – A humildade e a simplicidade são primordiais para a desativação das minas, ou seja, para solucionar os problemas de esfera emocionais. Precisamos ter um diálogo franco, sem acusações, estar dispostos a ouvir a administrar possíveis conflitos. O mais indicado das três é sem sombra de dúvidas essa atitude. Todavia também a mais trabalhosa e a que requer de nós mais tato e compreensão para com o nosso cônjuge.


Conclusão:


Muitos casamentos terminam por causa de problemas emocionais. É bastante enriquecedor e tornará seu relacionamento mais saudável as aplicações de cada princípio aqui exposto nesse estudo. Espero em Deus que seu casamento desfrute de uma vida emocional madura e saudável. Afinal de contas o grande Mestre das emoções, o Criador delas está ao nosso lado e É o mais interessado que sejamos vitoriosos!


[1] STEPHENS, Steve. Projetos para um casamento sólido. Rio de Janeiro: Ed. CPAD, 2010. Pg.30.


[2] STEPHENS, Steve. Projetos para um casamento sólido. Rio de Janeiro: Ed. CPAD, 2010. Pg.41.

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