quarta-feira, 25 de março de 2015

É tempo de reconstrução:

Rio de Janeiro, 29 de março de 2015.

É tempo de reconstrução:

            Essa semana estive envolto em uma correria muito frenética, como se toda semana eu não estivesse. Mas, tinha que ler três livros para entregar resenha dos mesmos ao Dr. Pr. Henrique Araújo e também entregar o meu pré-projeto da tese de dissertação do mesmo mestrado. Além disso, o Pr. Henrique me pediu para substituí-lo em um treinamento dos radicais da JMN (Junta de Missões Nacionais) na quinta feira. Ou seja, mas coisa para estudar. Além de tudo isso, ainda tinha as minhas atribuições pastorais: preparar sermões, preparar esta pastoral, aconselhar, visitar, preparar o encontro das células, orar pelos irmãos, ligar para os aniversariantes, procurar saber como estavam os enfermos, ligar para os irmãos que tenho sentido a falta nos cultos, etc. Ufa! Foi mesmo tenso e cansativo. Mas o Senhor deu graça e conseguimos cumprir nossas tarefas.
            Mas falei tudo isso para salientar aos irmãos que mesmo mediante todas estas atribuições e afazeres, de modo algum poderia deixar de buscar a presença do Senhor, pois ela é essencial para que todas estas coisas possam ser realizadas a contento. E também é a forma pelo qual me mantenho de pé em sua presença. O que faz toda diferença em nossa vida é saber que não estamos abandonados. Ele está conosco!
            Todavia, você pode estar passando por um momento um tanto quanto diferente do meu. Você pode não estar conseguindo fazer seu devocional. Talvez, há muito tempo não esteja se relacionando com Deus da forma que Ele deseja. E o que Ele deseja é um relacionamento de intimidade. Talvez você seja uma pessoa que pratica os ensinamentos de Jesus, como a igreja de Éfeso no Apocalipse. Uma igreja que amava a doutrina, mas só tinha um problema: ela havia perdido o primeiro amor. A ordem de Jesus aquela igreja era: “arrepende-te e volta e inicia novamente do lugar onde caíste”.
            Nosso relacionamento com Deus também pode ser reconstruído. Gostaria de terminar com uma história que li essa semana e que falou muito ao meu coração.
            “Thomas Carlyle escreveu A história da revolução Francesa à mão antes da existência dos computadores e até mesmo da máquina de escrever. Depois de três anos de vasta pesquisa, tinha de si um manuscrito de 1.500 páginas. Entregou sua obra finalizada a John Stuart Mills para que a editasse e revisasse. Mills colocou o manuscrito num cesto para que pudesse brincar com ele a noite, a luz da lareira. Durante uma viagem, em que esteve fora de casa, sua empregada viu a pilha de papéis e achou que as folhas estavam ali para ajudar a acender a lareira. Quando John Stuart Mills voltou, todo o manuscrito já fora destruído.
            Ao saber do ocorrido, Thomas Carlyle entrou em depressão profunda. Fechou as cortinas de sua casa e recusou-se a comer. Depois de algumas semanas, abriu uma das cortinas. Do outro lado da rua havia um homem trabalhando num muro de tijolos que havia sido derrubado, em frente a antiga igreja. Durante três semanas, oito horas por dia, Carlyle viu o homem reconstruir aquele muro, tijolo após tijolo. Quando o muro estava refeito, parecia tão bom quanto um muro novo.
            Se ele pode reconstruir aquele muro tijolo por tijolo, disse Carlyle, posso reconstruir meus manuscritos página por página. Ele começou a escrever e, depois de dois anos, concluiu o trabalho. Hoje, A história da Revolução Francesa, de Thomas Carlyle, é um clássico da literatura histórica.”[1]
            É tempo de reconstruir o nosso relacionamento com Deus. Mesmo que seja um processo mais vagaroso. Dia a após dia. O que você me diz? O Senhor continua te aguardando todos os dias ao fim da tarde para o encontro com Ele, à semelhança de como era no Éden com Adão e Eva.
            Certo de que em Cristo podemos ter um relacionamento de amizade com o Senhor:
            Seu pastor, Roberto Meireles.
           





Bibliografia:
CORDEIRO, Wayne. Andando com o tanque vazio? São Paulo: Editora Vida, 2011.





[1] CORDEIRO, 2011, p.98.

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