Rio
de Janeiro, 21 de junho de 2015.
Pecados de autocontrole e
autoconfiança
Estamos chegando ao final de nosso
estudo do livro “Retorno a Santidade”. Nossa última reflexão será sobre o tema
“Pecados de Autocontrole e Autoconfiança”. O autor inicia seu texto
conceituando dentro dos princípios Bíblicos “a carne” e o “morrer para si”.
“A carne”, o autor de comum acordo com
a interpretação Bíblica evangélica fala sobre andar com a mesma postura do
homem terreno anterior a conversão a Cristo. Para balizar sua definição ele
utiliza o texto de Paulo escrevendo aos Gálatas: “Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne;
e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois
guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. Porque as obras da carne são
manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, Idolatria,
feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões,
heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a
estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que
cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus”. (Gl. 5-17-21)
“O
morrer para si,” ele também de acordo com a interpretação Bíblica evangélica
fala sobre a decisão por andar com Cristo requer daquele a quem se decidiu uma
renúncia de seu próprio “eu”. Para balizar seu conceito ele se utiliza do texto
do evangelho de Mateus que Jesus diz: “Então
disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si
mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; Porque aquele que quiser salvar a
sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á”.
(Mt. 16.24-25)
Lançado
esses esclarecimentos o autor trata sobre a falha no processo de santificação
dos cristãos modernos, nos orientando que esta falha é devido à, justamente, ao
andar “na carne” que por sua vez é uma falta de “morrer para si” mesmo.
Diz Frizzell: “Todos nós crentes enfrentamos situações em que devemos escolher a
vontade de Deus e não a nossa (Isaías 55.8). Nossa carne e desejos naturais
podem clamar por uma maneira de agir, porém, nós sabemos que Deus quer outra.
Somente quando você escolhe negar a si mesmo, pela fé, obedecer a Deus, você
conhecerá Seu poder. Mas não se desespere! Cristo, que habita em você, pode
capacitá-lo para morrer para si mesmo!”
Este pensamento do autor não nega a
verdade de que andar com Cristo não é fácil. Na verdade haverá momentos na vida
cristã que o negar a si mesmo e tomar a cruz será momento de grande dor. Pois
estamos negando a nossa própria vontade, nossos próprios desejos, indo na
contramão das paixões e desejos de nossa vontade. E, é evidente que não
acharemos isso agradável. Todavia, é necessário para que Cristo, de fato, reine
em nossas vidas.
Se por acaso optarmos em fazer
nossas vontades, não matando nosso “eu”, não resistindo às tentações, decidimos
não matar nossa carne. O que acontecerá conosco? Simplesmente iremos sucumbir
aos desejos da carne e não iremos conseguir viver a vida abundante que o Senhor
nosso Deus deseja para cada um de nós.
Precisamos nos quebrantar perante o
Senhor e buscarmos sua presença, para que nossas vidas possam produzir frutos.
Jesus disse que a semente precisa cair na terra e morrer, pois só assim ela
dará frutos (Jo 12.24).
Gregory faz um apontamento muito
interessante sobre quebrantamento. Diz ele: “Então,
como é que Deus quebra padrões velhos para liberar Sua vida em nós? O método
principal de Deus é a convicção e a revelação do Espírito Santo através das
Escrituras. Pela Palavra e pelo Espírito Santo, Deus abre os nossos olhos para
maneiras sutis em que o “eu” ainda se agarra ao nosso ser (Hebreus 4.12).
Embora esta convicção possa ser inicialmente dolorosa, Deus está fazendo isto
para libertá-lo, não para condená-lo! Quando Deus abre seus olhos para as áreas
não crucificadas de pecado e do “eu”, Ele o chama a imediatamente confessar seu
pecado e a confiar totalmente o seu viver a Cristo. Seu milagroso poder da
ressurreição brotará de seu reconhecido quebrantamento e rendição!”
“Um
segundo método de quebrantamento é através das circunstâncias da vida. Deus às
vezes permite provações significativas para esgotar toda sua força humana
natural (2 Coríntios 12.10). Você pode também ser atacado com grandes tentações
que parecem muito mais fortes do que sua capacidade humana de resistir. Quando
sua força natural é destruída, você é forçado a uma dependência mais profunda
no Cristo vivo dentro de você. O próprio Jesus se torna sua força e sua
justiça”.
Minha sincera oração é que o Senhor
quebrante nossos corações e nos dê o entendimento de que sem Ele nada podemos
fazer. E, para estarmos cheios d’Ele precisamos estar vazios de “nós”.
Certo de que em Cristo somos mais do
que vencedores:
Seu pastor, Roberto Meireles.
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