segunda-feira, 6 de abril de 2020

2º Devocional da Semana da Paixão – O Santo de Deus e sua indignação.

Rio de Janeiro, 06 de abril de 2020. 

Devocionais da Semana da Paixão  

2º Devocional – O Santo de Deus e sua indignação. 

Textos Bases: (Mateus 21.12-22; Marcos 11.12-26) 

Após o Mestre sair de Betânia o evangelho de Marcos relata que Jesus sentiu fome. O texto diz que Ele avista de longe uma figueira com folhas, e se aproxima dela para poder tirar-lhe um fruto para matar sua fome, todavia acha somente folha na figueira. O texto de Marcos ainda acrescenta um detalhe interessante: “pois não era época de figos.” (Mc. 11.13) 
Jesus fica indignado com esse fato e diz Mateus que Ele professa a figueira: “nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente”. (Mt. 21.19) Os discípulos ficaram admirados e ficaram perguntando-se: “como a figueira secou tão rápido?” (Mt. 21.20) E o Senhor diz que a fé é capaz de realizar obras maravilhosas, e diz a eles que tudo o que eles pedirem em oração, crendo, irão receber. (Mt.21.21-22) 
Após esse momento Jesus chega a Jerusalém e entra no templo. E indignado pelo o que estava acontecendo no templo, Ele começa a expulsar todos que estavam realizando algum tipo de comércio no templo. O texto de Marcos chega a dizer que Jesus revirou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. (Mc. 11.15) Os estudiosos comentam que a indignação de Jesus era que os vendedores estavam de conluio com os sacerdotes e os mesmos animais que eram vendidos para serem sacrificados, voltavam para novamente serem vendidos. Existia uma espécie de máfia dentro do templo organizada visando o lucro de modo ilícito.  
A Bíblia vai nos dizer no evangelho de Mateus que após esta atitude de Jesus no templo; “se aproximaram dele os cegos e mancos, e ele os curou” (Mt. 21.14). As pessoas presentes no templo ficaram maravilhadas e diz o texto que as crianças começaram a louvar a Deus e gritaram dizendo: “Hosana ao Filho de Davi”. Uma conhecida expressão messiânica. Os escribas e os fariseus presentes ficam furiosos com essa situação e diz a Bíblia em Marcos que eles começaram a procurar uma forma de matá-lo.  
Essa segunda feira nos aponta alguns ensinamentos bem claros feitos por Jesus nestas passagens que brevemente resumi aos irmãos. O primeiro ensinamento é sobre sermos uma árvore frutífera e, aqui acredito que sermos frutíferos se dá em duas esferas: A primeira é ganharmos pessoas para o Reino de Deus, fazermos discípulos. A segunda é nossa vida ser uma vida cheia do Espírito Santo evidenciando o fruto do Espírito. O cristão que não dá frutos sofrerá o que aquela figueira sofreu, pois como a figueira só aparentava ser frutífera, assim também o cristão que parece ser cristão, mas não é, será desmascarado pelo Senhor.  
O Segundo ensinamento é sobre oração. O Senhor termina o relato da figueira ensinando os discípulos sobre o poder da oração. Estes dias de isolamento podem servir para cada um de nós redescobrir a importância da oração como disciplina espiritual para nossas vidas. E o terceiro ensinamento é sobre o perdão, o ensinamento acontece enquanto o Senhor está falando aos discípulos sobre a oração. Ele inclui em seu ensino a fala sobre o perdão. É categórico em afirmar que aquele cristão que não perdoa, ele também não será perdoado pelo Senhor. (Mt. 11.25-26) 
O quarto e último ensinamento é sobre a fé não ser um meio de ganho ilícito. O evangelho não pode ser transformado em comércio. Nossa fé no Senhor Jesus não deve ser utilizada para enganar as pessoas em busca de enriquecimento pessoal ilícito. Caso nós procedermos dessa forma, iremos arcar com a ira de Deus, a semelhança de como aqueles no templo tiveram que encarar a ira do Senhor Jesus.  
A minha oração ao Senhor é que este primeiro dia da semana de caminhada rumo a cruz nos sirva de grande ensinamento e, não apenas ensinamento, mas de práxis de vida. Vamos continuar caminhando ao lado do Senhor durante ao longo da semana e exaurir de sua vida ricos ensinamentos para as nossas.  
Certo de que em Cristo daremos frutos de Justiça: 
Seu amigo e paistor, Roberto da Silva Meireles Rodrigues. 

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