sexta-feira, 29 de setembro de 2023

O amor é o caminho mais excelente de Paulo

 


O amor é o caminho mais excelente de Paulo

            Permita-me nesta primeira interpolação elucidar aos irmãos, a mudança brusca de direção feita pelo apóstolo Paulo, na primeira carta aos Coríntios quando o mesmo estava tratando acerca dos dons espirituais. Os textos estão exatamente localizados nos capítulos doze e quatorze. Todavia, entre estes dois capítulos, o apóstolo parece os interromper de forma abrupta, como uma expressão que segundo Preben Veng em seu comentário sobre o texto é uma espécie de “botão de reinicialização”.

            A igreja de Corinto havia sido capacitada pelo Espírito Santo com uma grande diversidade de dons espirituais. Porém, a motivação e a utilização desses dons não estavam sendo realizadas de forma correta. Assim, o apóstolo aperta esse “botão de reinicialização” buscando de forma retórica e hipotética ensiná-los o caminho mais excelente que eles deveriam percorrer, na prática de suas vidas cristãs e por consequência na utilização de seus dons.

            Dr.Gordon D. Fee tece o seguinte comentário sobre o intuito de Paulo com esta interpolação: “Ao mesmo tempo, no entanto, boa parte da linguagem sugere que Paulo está voltando a tocar em algumas das diferenças que ao longo da carta surgiram entre eles e os coríntios. Assim, a estrutura do argumento, por mais poética que seja, também reflete seu contínuo embate com eles. Em jogo estão ideias contrárias sobre o que significa ser “pessoas do Espírito”. É verdade que eles falam em línguas, o que Paulo não questionará como uma atividade legítima do Espírito. Mas ao mesmo tempo eles no mínimo toleram – se é que não endossam – sexualidade ilegítima, ganância e idolatria (ilustradas em 5.1; 5.9,10; 6.1-11; 6.12-20; 8.1—10.22). Eles papagueiam “sabedoria” e “conhecimento”, mas na “sabedoria” se opõem ousadamente a Paulo e seu evangelho de um Messias crucificado (1.18-31) e no “conhecimento” estão desejosos de “edificar” irmãos mais fracos, destruindo-os (8.10,11). Em suma, eles têm uma “espiritualidade” que tem armadilhas religiosas (ascetismo, conhecimento, falar em línguas), mas até certo ponto abandonam a ética verdadeiramente cristã, com sua supremacia do amor – o qual se manifesta em preocupação de que outros sejam “edificados” em Cristo.”

            Os primeiros três versos do capítulo, denotam a hipótese recheada por hipérboles, levantada por Paulo na utilização dos dons de uma motivação no mínimo equivocada. Essa confrontação do apóstolo deve nos fazer refletir em nossas motivações, ações e desejos dentro de nossa caminhada de fé seguindo o nosso Mestre. Jesus teve suas motivações, ações e desejos tendo sempre como pressuposto o amor, o caminho mais excelente.

            Nele, podemos também caminhar de forma mais excelente:

            Seu amigo e pastor, Roberto Meireles.

 

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