Rio de Janeiro, 09 de outubro de 2025.
Tema da Mensagem –
O poder da oração na vida do crente.
Texto Base –
Tiago 5:13-15
INTRODUÇÃO:
Conta-se
que um jovem crente, passando por um tempo difícil, foi aconselhado por um
pastor a “falar com Deus sobre tudo”. O rapaz respondeu:
-
Mas, pastor, Deus quer mesmo ouvir sobre tudo o que me acontece?
-
O pastor sorriu e disse: Meu filho, se Deus não estiver envolvido em tudo o que
você vive, você está vivendo sem Ele.
Essa
é precisamente a mensagem de Tiago: em todo tempo, o crente
deve se voltar para Deus — no sofrimento, na alegria e na
doença.
Tiago
não está apenas ensinando sobre oração, mas sobre dependência. A oração é o coração da fé prática. Como
diz John Stott, “a oração é o reflexo mais claro da nossa confiança em Deus”.
A
oração é o meio pelo qual o cristão experimenta a presença e o poder de Deus em
todas as circunstâncias da vida.
1º APONTAMENTO – ORE NO SOFRIMENTO –
A ORAÇÃO COMO REFÚGIO. (v.13)
O
verbo “sofrer” (gr. kakopathei) descreve qualquer tipo de aflição —
emocional, espiritual ou física.
Douglas Moo explica que Tiago
não promete que a oração eliminará o sofrimento, mas que ela trará força e perseverança para
suportá-lo.
Russell
Shedd
acrescenta: “A oração é o meio de transferir o fardo do coração humano para
as mãos de Deus.”
Pense
em Paulo e Silas na prisão (At 16). Em meio à dor, eles oravam e cantavam. E
Deus não apenas os libertou, mas converteu o carcereiro.
Quando
a dor vier — e ela virá — não permita que ela te cale. Ore. Deus pode não mudar
a circunstância de imediato, mas mudará
o seu coração no meio dela.
2º APONTAMENTO – LOUVE NA ALEGRIA – O
LOUVOR COMO TESTEMUNHO. (v.13)
William Barclay
diz: “Tiago mostra a vida inteira do cristão
— da dor ao júbilo — vivida diante de Deus.” O louvor é a oração da alma
feliz.
John Stott
observa que muitos se lembram de Deus na tristeza, mas O esquecem na
prosperidade. Louvar é reconhecer a origem de
cada bênção.
A diferença entre o grato
e o ingrato é a mesma entre o espelho e a janela.
O espelho reflete a si mesmo; a janela deixa ver a luz. O louvor é a janela da
alma — deixa os outros verem Deus refletido em nossa alegria. Se Deus te tem
abençoado, cante! Não esconda a gratidão — transforme alegria em adoração, e
sua vida em testemunho.
3º APONTAMENTO – CONFIE NA
ORAÇÃO DA FÉ – A ORAÇÃO COMO PODER. (v.14)
Tiago
agora fala sobre a enfermidade e o papel da comunidade de fé.
Simon Kistemaker enfatiza que o
doente “chama os presbíteros”, mostrando
humildade e comunhão.
A unção com óleo, segundo Scot McKnight,
tinha duplo valor: medicinal e simbólico
— sinal de que o enfermo é consagrado ao cuidado de Deus.
Mas o foco está na oração da fé. Douglas Moo explica: “Não é uma fórmula mágica, mas uma oração que
confia totalmente na vontade soberana de Deus”
O texto também fala de perdão: “Se houver cometido pecados, ser-lhe-ão
perdoados”
Russell Shedd lembra que Tiago une
aqui cura e perdão, porque a restauração
de Deus é integral — corpo e alma.
Há
casos em que a cura não vem como esperamos, mas a presença de Deus transforma o
sofrimento em milagre interior. A maior cura que podemos experimentar é a comunhão restaurada com o Senhor. A igreja precisa
redescobrir o ministério da oração intercessora. Ore pelos enfermos, confie na
vontade de Deus e creia que Ele levanta, cura e perdoa.
CONCLUSÃO:
Tiago
nos mostra que a oração:
- Sustenta
no sofrimento
- Alegra
na prosperidade
- Restaura
na doença
John Stott resume: “A oração é a
respiração da alma que vive na presença de Deus”
Queridos
irmãos, aprendamos com Tiago que não há situação fora do alcance da oração.
- Quando
sofremos — oremos.
- Quando
sorrimos — louvemos.
- Quando
adoecemos — confiemos.
Em
todas as coisas, voltemo-nos ao Senhor, porque Ele é quem levanta, cura e
perdoa.
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