quinta-feira, 10 de abril de 2008

Não sois máquinas ! Homens é que sois! ( Charles Chaplin ).

Diante da sociedade em que vivemos hoje, acho que está frase deveria se inverter em seu sentido, creio que ficaria mais ou menos assim:
Vós sois máquinas! Homens não é o que sois!
Por que sou categórico em afirmar isso?
Tenho visto o homem como um ser superficial!
Superficial em seus relacionamentos, isso cumprindo as palavras de Jesus, quando disse; "Que no fim o amor de muitos se esfriaria". Tenho notado quanto as coisas ao nosso derredor já não nos incomoda. Como a dor do nosso próximo já não é mas a nossa dor. Como vemos pessoas indo e vindo ao nosso cotidiano sem ao menos trocarmos uma palavra sequer.
Podemos Ter um vislumbre disso por milhares de "robôs humanizados" que são programados "a vencer". Sendo que essa vitória é almejada ser alcançada individualmente, quando a Bíblia nos diz que devemos buscar não somente a prosperidade de nossas vidas, mas também devemos buscar a prosperidade do meio em que estamos inseridos.
Pois se assim for, todos trabalharão em prol de um objetivo comum, e com esse objetivo alcançado, todos terão recompensa. De forma que alcance a sociedade em sua totalidade.
Mas bem como antes disse: programados, automatizados, orientados, estamos vivendo a era da individualidade, aonde coisas têm mais valor do que pessoas. Vidas têm se entregue a escravidão digital. A televisão, a internet têm recrutado para si seguidores, que não mais se importam com o calor humano de um abraço, de um beijo, de um cumprimento que transfira afetuosidade humana. As refeições em família têm se destinado como o seguinte modelo: uns assentado na sala de estar, outros assentados na sala de jantar e outros em frente a televisão.
Caindo em esquecimento aquele momento de comunhão entre família, onde há uma mutualidade de experiências cotidianas é compartilhada, após um dia extremamente corrido e estressante que normalmente estamos inserido.
A família pode sair de uma sociedade individual e partilhar de um momento sólido, que só o ser humano pode viver através de um relacionamento afetuoso e amoroso.
As reuniões em família cada vez se tornam mais escassas, lembro-me que na minha infância era normal minha família se reunir ao redor de uma fogueira para juntos comermos uma batata doce, também em festas comemorativas juntos desfrutávamos da presença de todos. Isso hoje pelo menos em minha família já não mais existe, até porque a geração que se importava com isso envelheceu e muitos deles já não estão entre nós. E a nossa geração não está nem aí para esse tipo de coisa, todos muitos ocupados em produzir, em fazer e acontecer. Mas estou disposto a mudar o rumo desse barco digitalizado, e trazer novamente ele, a águas profundas de relacionamentos autênticos e tão importante para nossa saúde emocional.
O pior é que esse quadro não apenas se encontra na sociedade, mas se repete nitidamente na igreja.
Tentando implementar em nossa atual comunidade, um trabalho de discípulado e de pequenos grupos, que visa o crescimento cristão mútuo relacional, baseado em um mandamento do próprio Jesus; "Amarás ao teu próximo como a ti mesmo ". Tentando cumprir as ordens de Jesus de "Fazer discípulos" e não de programar máquinas teológicas.
Um "irmão", disse : "Que estávamos trazendo para a Igreja um vento de doutrina."
Não considerei como ofensa ou coisa pessoal, pois sendo todos livres para opinarem por suas próprias escolhas, e também sendo que esse irmão não fora programado a se relacionar por seus tutores, mas o fora obrigado a decorar livros e opiniões de outros "programas teológicos digitais", visto que seu HD estaria programado para respostas apologéticas, e que a qualquer coisa diferente daquilo que ele decorará em sua vida cristã, seria taxado como heresia e vento de doutrina, isso seria um impedimento para ele vir a ter um relacionamento com o seu próximo.
Pois em prisma a essa realidade de necessidade que o ser humano têm de se relacionar, esse amado irmão acaba se vendo em um plano superior, onde o seu teórico saber o dar poder e status, de se destacar entre aqueles em que ele têm aprisionado pelo saber, os prendendo em uma jaula, não os dando direito de experimentar a simplicidade do evangelho do reino de Deus.
A comunhão ensinada a ele, se resume a dar a "Paz do Senhor", e o partir do pão se resume a Ceia, o qual o fora programado a pensar que a comunhão é partilhar de seu intelecto em uma escola dominical ou em cima de um púlpito, ensinado aquilo que há tempos têm sido programado, coisas de software teológic tais como:
Sacerdócio único, sendo ele detentor da verdade, tendo ele a ser visto como um clérigo medieval, aonde sua palavra é indiscutível pois trata-se "da voz de Deus".
Lamento por em nossos dias ainda presenciar esses fatos, mas não agüento mais reprimir meus sentimentos. E esses software teológicos, ainda se dizem reformado!
Meu Jesus amado, os reformadores foram homens com tanto amor, que tiveram em seus corações o calor de dividir aquilo que eles tinham de mais precioso, a simplicidade do evangelho, lutar pelo o acesso de todos a escrituras, desvendado as caras que estavam atrás das máscaras do Clero hipócrita que não amava o povo, mas sim via nele uma fonte de poder e renda.
Eles dizem conhecer a vida e os escritos de João Calvino, mas falam eles somente na eleição , quando Calvino dedicou se não me falha a memória apenas dois capítulos de seus escritos a este assunto. Estes são conhecedores sim, dos 5 pontos do Calvinismo que foram reformulados após a morte do reformador por seus ditos discípulos!
Mas quero mudar está realidade, tenho me dedicado a orar por estes irmãos, pedindo a Deus que abra seus olhos e sua mente para enxergarem que eles não máquinas ! Mas homens é o que sois!
Chaplin no seu discurso o "Grande Ditador", faz um apelo aos homens em um modo geral a que vivam pelo amor, de maneira relacional em sociedade sem distinção de raça, classe ou religião. Sem almejar o poder, pois o poder trás consigo atributos que o podem tornar indivisíveis e autoritários.
O amor cristão não é um sentimento, não devemos esperar amar, para depois o praticá-lo. Mas sim devemos nos condicionar a amar, devemos optar por amar.
Vivendo em toda boa obra, que desde a eternidade o Pai das Luzes têm preparado para nós. Deixo um versículo para meditação: "Acima de tudo, amem sinceramente uns aos outros, pois o amor perdoa muitos pecados". ( I Pedro 4.8 ). A minha sincera oração é que possamos ser homens simples e livres! E deixemos de ser máquinas programadas por aqueles que não buscam o amor, e que de modo sobre excelente possamos praticar o amor cristão! Que Deus nos abençoe e nos aprofunde no amar!

Nele, pela sua Graça:
Roberto Meireles

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