sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Sobre ursinhos de pelúcia

Sobre ursinhos de pelúcia:
Minha filinha de 3 anos tem muitos ursinhos de pelúcia. O cuidado com os ursinhos, a exposição, arrumação deles com orgulho em sua cama. Revela a mim a importância destes ursinhos para ela, o carinho que ela tem por estes ursinhos. De modo geral, as meninas têm um zelo e um apego maior aos ursinhos de pelúcias, o que nos demonstra o quanto, de algum modo aquilo as dá uma sensação de posse, de um bem, que a elas lhes é concedido.
Ao refletir sobre isso, e de uma maneira bem prática lembrei-me dos ursinhos de pelúcia que guardamos, que expomos em nossas vidas. Muitos homens e mulheres de Deus tiveram seus ursinhos de pelúcia, e assim como criança chora quando seus pais tiram de suas mãos seus ursinhos, choramos quando Deus tira de nós os nossos.
Abraão fez de Isaque seu ursinho de pelúcia. O filho da promessa se tornou em um determinado momento da vida de Abraão uma relevante exposição do milagre de Deus. Penso que assim como minha filha gosta de mostrar seus ursinhos de pelúcia. Abraão deveria de gostar de expor seu ursinho. O cuidado, o zelo, o amor de Abraão ao seu ursinho nos demonstra como muitas vezes criamos nossos filhos para nós e não para o Senhor, nos revela como é difícil para nós entregarmos a Deus o que Dele o é. Esses dias eu orava com minha filinha, e ao terminar a oração fui brincar com minha esposa e a disse: “Amor nossa filha vai para o campo missionário!”. Vivi me respondeu: “Meu amor se Lele for nós iremos com ela”. Ali percebi o quanto isso nos é intrínseco.
O dito movimento evangélico tem exposto seus ursinhos. De uma maneira bem camuflada e até mesmo impercebível aos olhos nus. Os ursinhos cada vez mais belos, mais polpudos e maiores no que tange a sua espessura e tamanho.
Os ursinhos do movimento evangélico hoje; Dispõe de tecnologias inovadoras, o que os tornam mais atraentes e irresistíveis a nós consumidores do século XXI. Isso é visto de maneira muito clara nos faraônicos santuários, nos ministério que levam como marca o nome de um pastor, a pompa e a pretensão revelada em carros como Jaguares, BMW, MERCEDES e tantos outros. Os contratos milionários de gravadoras e emissoras de televisão, a busca insaciável na gravação de Cd s para o reconhecimento e a divulgação não de Cristo, mas sim da igreja local. A buscar em ser mais um pop star gospel da pregação. Enfim, todas estas coisas em que Cristo se mostrou e demonstrou ser contras, o hedonismo pessoal é de modo visível um dos grandes afetos destes que se encontrão no engodo e hipnose pelo canto da sereia da mídia gospel pós-moderna.
Partindo da cosmo visão vivenciada por Abraão e pelo atual movimento evangélico é explícita a diferença. Vemos Abraão direcionar seu amor a um filho já o evangelicalismo se encotra com o coração onde a traça consome, onde o ladrão rouba e não onde esta a verdadeira riqueza segundo o Filho do homem nos ensinou em seu mais famoso sermão.
Que nossos ursinhos possam ser não nossos no que tange a posse e domínio. Mas que possam desfrutados como da provisão da Graça de Deus e não como graça barata como diria Bonhoeffer
Nele em que todo o resto fora dele e apenas brinquedo e brincadeira.
Roberto Meireles

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