quarta-feira, 4 de abril de 2012

“7ª Biografia – Jesus: O prometido de Israel.”


Rio de Janeiro, 04 de abril de 2012.
Local - PIB em Rocha Miranda.
Estudo realizado na “Quarta com Deus”, por ocasião da série de mensagens: “Biografias: A história de homens e mulheres que andaram com Deus”.




7ª Biografia – Jesus: O prometido de Israel.”

Texto Bíblico:

Texto Base: João 1:1-14

Introdução:
Desde do primeiro livro da Bíblia, o livro de Gênesis, que traduzido significa, início. Podemos encontrar a promessa de Deus a Eva, que o seu descendente iria esmagar a cabeça da serpente (Gênesis 3.15). A ideia de um prometido foi ganhando novas configurações durante o Velho Testamento.
Vamos encontrar textos clássicos, de muitos homens e mulheres de Deus, que vão começar a profetizar a cerca de um Rei prometido ao povo de Deus. Esse Rei seria um rei que traria novamente a Israel a grandeza e a glória do passado. A ideia do povo era que esse rei seria um governante por excelência. Um estadista que levaria o povo de novo a obter a glória que o seu Deus o prometeu.
Vejamos alguns textos que nos dão está dimensão:
“O cetro não se apartará de Judá, nem o bastão de comando de seus descendentes, até que venha aquele a quem ele pertence, e a ele as nações obedecerão. (Gênesis 49.10)”

“Aqueles que se opõem ao Senhor serão despedaçados. Ele trovejará do céu contra eles; o Senhor julgará até os confins da terra. Ele dará poder a seu rei e exaltará a força do seu ungido. (1 Samuel 2:10)”
“Quando a sua vida chegar ao fim e você se juntar aos seus antepassados, escolherei um dos seus filhos para sucedê-lo, e eu estabelecerei o reino dele. (1 Crônicas 17:11)”
"Eu mesmo estabeleci o meu rei em Sião, no meu santo monte. (Salmos 2:6 )”

Porém quando Jesus encarnou e cumpriu a promessa de Deus ao seu povo, acerca do messias prometido, do Salvador e Rei de Israel. O povo não conseguiu entender que a cosmovisão de Deus a cerca do Reino, não era um reino terreno efêmero, mas sim o Eterno Reino de Deus.
Jesus no evangelho de João disse exatamente isso. “Disse Jesus: 'O Meu Reino não é deste mundo. Se fosse, os meus servos lutariam para impedir que os judeus me prendessem. Mas agora o meu Reino não é aqui. (João 18.36)'”
Eles não conseguiram entender essa verdade. Jesus não veio reinar como um governante, como um estadista ou como aquele que seria o verdadeiro sucessor do trono de Davi.
Jesus não abriu mão da sua glória como diz Paulo aos Filipenses no capítulo 2, para desfrutar de “outra” glória. Mas Ele veio confrontar ao homem a cerca de seu futuro eterno. Ele veio cumprir e satisfazer a justiça de Deus, para que este homem pecador pudesse novamente adentrar no verdadeiro Reino que Deus prometerá a Israel, a verdadeira Canaã, a verdadeira Jerusalém.
Em Cesaréia de Filipo Jesus introduziu em seu ensino a predição de sua morte, como pagamento pelo pecado e também como cumprimento da satisfação da justiça divina. O Mestre tinha plena consciência de sua morte e as implicações que a mesma traria para a humanidade caída em seus pecados e delitos.
A morte de Jesus iria trazer a humanidade novamente a possibilidade de se reencontrar com Deus que havia de distanciado do homem pela consequência traga pelo pecado.
O Messias cumpriu em sua pessoa uma série de requisitos que era necessário ao homem para que ele pudesse novamente restabelecer sua comunhão com o Trino Deus. Vejamos as aplicações e os cumprimentos da morte de Jesus como o messias prometido de Deus.

A morte Messiânica.
Não podemos enxergar a morte de Jesus como uma consequência de fatores humanos. O Mestre simplesmente não morreu como vítima da traição, como o fato de ter sido acusado de blasfemo pelo Sinédrio e também pela omissão de Pilatos. Porém Jesus morreu para que se cumprisse a vontade de deus em relação as predições messiânicas feitas pelo profeta Isaías no capítulo 53, e também em muitas outras citações e profecias no Velho Testamento.
O evangelho de João vai deixar essa constatação muito clara quando Jesus diz: Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. (João 10:11)” O texto nos transmite o entendimento de que ninguém tomou a vida de Jesus, que ninguém tentou contra a vida de Jesus. Mas sim que o próprio Jesus se entregou como cumpridor da missão que lhe fora designada por Deus.

A morte de Jesus é expiatória.
A morte de Jesus deve ser entendida como um pagamento pelo alto preço do pecado. Partiremos do versículo onde Jesus fala a cerca da sua morte expiatória. “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma? (Mateus 16:26)”
Esse texto nos mostra pelo menos dois ensinamentos importantes acerca da morte expiatória de Jesus. O primeiro é que o mundo inteiro não pode pagar o preço pela sua alma. Ou seja, ninguém seria capaz, fora o Senhor Jesus, de conseguir pagar o preço do pecado.
O segundo é que Jesus pagou um resgate. No mundo helenista o conceito de resgate era muito comum. Um escravo tinha pagar um alto preço para se livrar do jugo da escravidão. Também para pagar o resgate de um prisioneiro de guerra, ou se libertar de algum compromisso votado. No conceito judaico o dinheiro também é uma forma de pagamento pela vida perdida.
Diz Ladd: “O Objetivo da missão de Jesus é dar a sua vida como um preço de resgate, para aqueles cujas vidas estavam perdidas pudessem ser recuperadas”.1

A morte de Jesus é Substitutiva.
Jesus ao morrer ele toma o nosso lugar e nos resgata realizando o pagamento com sua própria vida. A morte ela é substitutiva por que ninguém mais poderia fazê-la se não o próprio Jesus.
Essa afirmação fica clara em sua fala: “Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. (Marcos 10:45)”
A morte de Jesus é Sacrificial.
Na última ceia, Jesus deixou claro a ideia de seu sacrifício. O mesmo disse que sua morte seria “para a remissão de pecados”. Isso conjuga de modo harmônico com a profecia de Isaías 53 acerca do servo sofredor.
Jesus quando utiliza o sangue para descrever a sua vida. Ele quer elucidar o fato de que sua vida seria retirada. O sangue é vital para nosso bem estar físico. Quando o sangue está em falta, logo a vida se esvai.
O sangue também tem uma relação com o gesto feito por Moisés no Sinai em Êxodo 24.8, quando ele pegou o sangue das ofertas queimadas e dos sacrifícios pacíficos e aspergiu metade sobre o altar e metade sobre o povo. Porém o pacto de Moisés está ligado não ao fato do perdão e sim como sacrifício.
O segundo pacto, o pacto realizado por Jesus através do seu sangue propícia ao homem o perdão pelos seus pecados. Deus havia prometido um novo pacto ao profeta Jeremias no capítulo 31.34, dizendo que seria um pacto escrito no coração.

A morte de Jesus é Escatológica.
A morte de Jesus também aponta para o aspecto da vida futura ao seu lado. Jesus disse que nas moradas celestiais nos gozaremos de uma ceia ao seu lado novamente. “Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da vide, até àquele dia em que o beber, novo, no reino de Deus. (Marcos 14:25)”
A morte de Jesus aponta para uma nova comunhão. Uma comunhão agora marcada pela presença corpórea da pessoa de Jesus.

A morte de Jesus é uma vitória.
Quando Jesus cumpre sua missão ele enfim decreta a vitória do Reino de Deus sobre o reino satânico. Ele de uma vez por toda propicia a todo aquele que uma vez n'Ele desfruta da benção do perdão e possuí a entrada no Reino celestial.
A Bíblia sempre descreve o diabo utilizando pessoas para tentar desviar Jesus da cruz, que era a sua missão, seu alvo, seu foco, sua meta, seu objetivo. Exemplos desta afirmação encontramos na pessoa de Pedro quando diz que Jesus não iria morrer, Judas traindo Jesus e algumas outras citações.


Conclusão:
Jesus em sua pessoa foi e é a promessa de Deus para Israel. O Messias, a raiz de Davi, a Estrela da Manhã, o Príncipe da Paz, O Alfa e o Ômega, O princípio e o Fim, o Cavaleiro do Cavalo Branco, meu Rei, meu Senhor, meu Salvador, o Amado de minha Alma, o Noivo prometido. Aleluia. Glórias a Deus pelo preço pago por Jesus para que n'Ele pudéssemos desfrutar das bençãos celestiais.
Nele, que é a minha esperança:
Pr. Roberto da Silva Meireles Rodrigues.

1LADD, Eldon. Teologia do Novo Testamento. São Paulo: Hagnos, . Pág. 249.

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