quarta-feira, 23 de maio de 2012

2ª Ministração - Uma conversa franca sobre as raposas em nossas famílias.




Rio de Janeiro, 25 de Maio de 2012.


Local - PIB em Rocha Miranda.


Estudo realizado na “Quarta com Deus”, por ocasião da série de mensagens: “Verbalizando: Uma conversa franca sobre assuntos familiares.”


Texto base – Cantares 2.11-16.


2ª Ministração – Uma conversa franca sobre as raposas de nossas famílias.


INTRODUÇÃO:


Em continuidade ao que estamos expondo neste mês de família. Iremos tratar hoje de assuntos que de certa forma são elementares ao bem estar de nossas vidas. Nosso intuito hoje é mais levar aos irmãos a reflexão o que de fato tem se tornado em o nosso convívio familiar raposas que estão destruindo nossas famílias.


Salomão se utiliza da metáfora “raposas destroem as vinhas” para descrever, que de modo muito semelhante, nossas famílias são atacadas por coisas que aparentemente são inofensivas. Quando olhamos os grandes campos. Será que podemos imaginar tais campos sendo ameaçados por raposas?


Isso na verdade de fato se aplica em nossas famílias. Existem coisas que olhamos, e aparentemente são pequenas, que nos parecem extremamente nocivas, mas que de fato, são como raposas em um campo, destroem aos poucos, são de certa forma, são malignas, dentro deste aspecto.


Vamos analisar algumas pequenas coisas que podem estar acontecendo em nossas vida, e por consequência disso em nossas famílias:


1ª Raposa – Falta de diálogo.


Em muitas famílias não existe diálogo. Você pode estar se perguntando: “Pastor essa é uma afirmação muito séria. Você tem certeza disso?” Eu te responderia sem medo de errar: “Plena convicção.” Sou tão convicto deste fato, que sou enfático sem medo de errar.


Afirmo isso primeiro baseado em estatísticas. Tais como:


- Aumenta a proporção de divórcio de casais sem filhos e com Filhos:


Quanto aos tipos de divórcio, em 2009, os diretos foram 76,6% do total concedido no País. No Amazonas (97%) e no Acre (98,3%) quase todos os divórcios foram do tipo direto (decorrente da separação de fato por mais de dois anos). As maiores proporções de divórcios foram observadas entre aqueles cujo casamento foi de comunhão parcial de bens (78,9%). Os divórcios dos casamentos com regime de separação de bens tem percentual bem inferior aos demais, mas cresceram consideravelmente entre 2004 (1,9%) e 2009 (4%).


Comparando 1999 e 2009, houve crescimento das dissoluções entre os casais sem filhos, passando de 25,6% para 37,9 e entre os que tinham somente filhos maiores, de 12,0% para 24,4%. Já os divórcios cujos casais tinham filhos menores diminuíram de 43,1% para 31,4%. O divórcio por via administrativa, instituído em 2007, viabilizou com maior agilidade a dissolução dos casamentos que atendiam à condição de não ter filhos menores e isso promoveu a inversão de tendências observada em 2009.


Houve elevação do percentual de divórcios nos quais ambos cônjuges são responsáveis pela guarda do filho de 2004 (2,7%) para 2009 (4,7%), mas permanece a hegemonia das mulheres na guarda dos filhos menores (87,6% em 2009).[1]






- Rio de Janeiro tem maior proporção de casamentos entre divorciados:


O Rio de Janeiro foi o estado com a menor proporção de casamentos entre solteiros (77,2%) e Amapá, o estado com a maior proporção (92,1%). Os casamentos entre cônjuges solteiros permanecem como conjunto majoritário (82,4%), entretanto, o número de casamentos em que pelo menos um dos cônjuges era divorciado ou viúvo cresceu de 10,6% em 1999 para 17,6% do total das uniões em 2009. Os casamentos em que os dois indivíduos eram divorciados (2,9% do total nacional) tiveram a maior proporção no Rio de Janeiro (4,0%).


Os casamentos entre homens divorciados e mulheres solteiras foram 7,2%, os de mulheres divorciadas que se uniram formalmente a homens solteiros, 5,3%. As uniões formais entre mulheres divorciadas e homens solteiros foram mais freqüentes em Goiás, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, entre 5,6% e 5,8% do total. A composição inversa, homens divorciados e mulheres solteiras, foi superior a anterior em todas as unidades da federação, sendo os maiores percentuais observados no Distrito Federal (9,6%) e no Rio de Janeiro (9,2%).


Óbitos violentos ainda são a maior parte das mortes dos homens jovens


Após ter crescido ao longo dos anos, desde a década de 80 (especialmente entre homens jovens e adultos), o percentual de óbitos por causa violenta (homicídio, suicídio, acidente etc.) vem apresentando uma leve tendência ao declínio. Em 1990, a proporção de óbitos masculinos com causas violentas no Brasil era de 14,2 % do total de óbitos; ela aumentou para 16,2% em 2002 e, em 2009, havia voltado a 14,9%, com pico no Centro-Oeste (18,3%) e destaque para os estados do Mato Grosso (23,8%), Espírito Santo (21,3%), Alagoas (21,1%) e Pará (20,1%).


Entre as mulheres, a proporção se manteve praticamente estável ao longo de todo o período, com valores levemente superiores a 4%, também com tendência declinante; só nas regiões Norte (5,40%) e Centro-Oeste (5,11%), esse percentual se manteve acima de 5%, com destaque para Mato Grosso (7,48%), Amapá (6,36%), Maranhão (6,35%) e Tocantins (6,31%). Observa-se uma sobremortalidade masculina por causas violentas em todo o país (3,9 homens para cada mulher), com destaques para as regiões Nordeste (4,6) e Sul (4,2) e para os estados do Rio de Janeiro (5,5), Bahia (5,3), Alagoas (5,3), Paraíba (5,3) e Pernambuco (5,2).


Os números indicam que a violência atinge mais a população masculina jovem. Em 1999, na faixa de 15 a 24 anos, 69,5% dos óbitos masculinos estavam relacionados às causas violentas. Esse valor aumentou para 69,3% em 2004 e voltou a cair, chegando a 67,9% em 2009. Uma tendência oposta foi verificada nas regiões Nordeste (58,7% em 1999 para 62,7% em 2009) e Sul (66,5% em 1999 para 70,9 em 2009); já o Sudeste, mesmo com declínio, ainda apresentou os maiores percentuais da faixa etária, de 76,7% em 1999 para 73,7% em 2009. Entre as mulheres, no mesmo período, o percentual nacional de mortes violentas ficou praticamente estável em torno de 33% do total de óbitos, com leve declínio em âmbito nacional e a mesma tendência oposta de aumento no Nordeste (de 26,6% para 29,7%) e no Sul (de 35,9% para 38,6%).






Número de casamentos cai pela primeira vez desde 2002: 2,3%






O total de casamentos ocorridos e registrados em 2009 caiu 2,3%, em relação a 2008 na população de 15 ou mais anos de idade, causando queda de 0,2 pontos na taxa de nupcialidade (casamentos por mil habitantes nessa faixa etária), a primeira retração desde 2002. O Acre ficou com a maior taxa de nupcialidade (11,2‰, quase o dobro da taxa nacional de 6,5‰), e também teve maior percentual de divórcios do tipo direto (98,3%). As mulheres estão casando cada vez mais tarde e o percentual de casamentos em que a mulher é mais velha do que o homem está aumentando gradativamente (de 19,3% em 1999 para 23,0% em 2009). Os casamentos em que um dos cônjuges é divorciado ou viúvo passaram de 10,6% em 1999 para 17,6% em 2009. As separações se mantiveram estáveis entre 2008 e 2009, enquanto as taxas de divórcios diminuíram ligeiramente (de 1,5‰ para 1,4‰), porém mantêm-se mais elevadas que em 1999. Entre 1999 e 2009, aumentou o percentual de divórcios de casais sem filhos (de 25,6% para 37,9% do total de divórcios) e com filhos maiores (de 12,0% para 24,4%), enquanto os divórcios de casais com filhos menores caíram de 43,1% para 31,4%, após a instituição do divórcio por via administrativa em 2007. Apesar da guarda materna dos filhos ainda ser majoritária (87,6% em 2009), os divórcios com guarda compartilhada aumentaram de 2,7% em 2004 para 4,7% em 2009. O sub-registro de nascimentos (nascimentos estimados para o ano de referência e não registrados até o primeiro trimestre do ano seguinte) continua diminuindo (de 20,7% em 1999 para 8,2% em 2009). As diferenças regionais, porém, permanecem altas: enquanto os registros extemporâneos (nascimentos notificados em anos posteriores ao ano de referência) foram poucos em São Paulo (1,6%), Paraná (2,2%) e Santa Catarina (2,2%), chegam a percentuais significativos no Amazonas (34,1%), Pará (30,8%) e Roraima (26,8%). Os estados da região Norte também se destacam pelo percentual de nascimentos ocorridos em domicílios, especialmente Acre (10,8%) e Amazonas (10,7%), enquanto 97,7% dos nascimentos no Brasil aconteceram em hospitais e, deles, 26,1% ocorreram fora do município de residência da mãe. De 2004 a 2009, o número de nascimentos aumentou entre mães com idade a partir de 25 anos e decresceu nas faixas etárias mais baixas. Quanto aos óbitos de jovens, em especial homens, a maior percentagem se refere a causas violentas (67,9% para homens de 15 a 24 anos). Nas regiões Nordeste e Sul, o percentual de óbitos de causa violeta aumentou para ambos os sexos, em oposição ao restante do país. Essas e outras informações estão disponíveis nas Estatísticas do Registro Civil, que refletem a totalidade dos registros de nascimentos, óbitos, casamentos, separações e divórcios declarados pelas varas de família, foros e varas cíveis.






Em segundo lugar afirmo isso baseado em experiência empírica de vida e ministério. Todos os problemas de casais, pais e filhos, filhos e pais, irmãos e irmãos, etc. São oriundos da falta de diálogo. Não há troca de ideais, de fato não existe consenso, acordo, mutualidade. Existe sim muitas em muitos casos, uma tamanha guerra de ego, de disputa de poder, queda de braço, e daí por diante.


Em terceiro lugar a comunicação é princípio bíblico de bem estar comum. E é bem verdade que este é um dos ideais nosso Batista, a democracia. A coisa deve ser boa não somente para uma das partes, mas para todas as partes.






2ª Raposa – Falta de Respeito.


Eu e Vivian como casal temos um consenso que o respeito é um dos pilares principais para um relacionamento saudável. Toda vez que começamos uma briga por algum motivo, quando essa briga começa a se estender e começa a trilhar o rumo da falta de respeito, um dos dois toma o outro rumo, ou seja: o silêncio. Para após os ânimos se acalmarem se poder ter um diálogo.


Isso também se dá em nosso relacionamento como pais. Quando um de nós dois começa a ser intransigente demais, autoritário demais, ou surta com alguma coisa. O outro tem a sensibilidade que a coisa está tomando um rumo perigoso. E então acende um alerta e avisa o outro de tal fato.


Isso me faz lembrar Abgail quando sabe que seu marido falta com respeito a Davi e rapidamente providencia alguma coisa para honrar a Davi e aplacar lhe o furor. Seu marido insensato havia faltado com respeito para com Davi. O jovem pastor fica incontrolável pelo desacato sofrido. Até que encontrar-se com essa mulher e lhe pede desculpas de maneira honrosa.


Como estamos faltando com o respeito com os nossos próximos dentro de casa: Será que estamos desconfiando de seu caráter?


Será que estamos sendo egoístas?


Será que não respeitamos as opções tomadas por nossos filhos? Por exemplo, no campo profissional, acadêmico, etc.


Será que nos achamos o senhor da razão?


3ª Raposa – Falta de uma vida de espiritualidade em família.


Acho que este é um dos pontos que mais hoje em dia são negligenciados. Quando falamos sobre este assunto, chega a gerar um desconforto em aqueles a quem nos ouve. Percebemos isso pelo olhar dos que nos ouvem. Nossos dias estão marcados pela falta de espiritualidade no lar, a maior prova disso são as dificuldades que temos com o nosso povo na prática das disciplinas espirituais: oração, leitura da Palavra, jejum, etc.


Muitos homens e mulheres de Deus são frutos da dedicação e discipulado de seus pais. Sempre gosto de citar este princípio para nós podemos nos avaliar e refletirmos se este tem sido o nosso caso. Se nossos filhos ao olharem para nós vem em nos homens e mulheres que podem dizer como o apóstolo Paulo: “Sede meus imitadores como eu sou de Cristo”.


Gostaria de citar, e desculpem a repetição no exemplo, mas sou apaixonado pela história deste grande homem de Deus chamado John Wesley. Este camarada chamado Wesley era um homem sensacional. Ele era o que todo pastor gostaria de ser: piedoso, homem de oração, amante da Palavra de Deus, leitor compulsivo, um doutro da academia, etc. Mas minha singela opinião, é que esse cara só foi de fato isso tudo. Por que sua mãe, Suzana Wesley, sem sombra de dúvida, foi a maior influenciadora de seu ministério e vida. E o próprio discorre isso em suas biografias.


Mas este fator também influencia na vida do casal. Jesus disse que quando dois estão reunidos em seu nome, ali Ele está. Quando um casal de fato vive uma vida a dois diante do Senhor o cordão de três dobras não se quebra tão fácil.






Conclusão:


Essas raposas são apenas três de muitas que podemos estar deixando se criar em nossas famílias. Minha oração é que possamos estar alertas e que o Santo Espírito do Senhor possa continuar nos orientando na condução de nossas famílias. Para que possamos de fato eliminar todas as raposas de nossas vinhas.


Nele, que faz nossas vinhas belas e produtivas:


Roberto da Silva Meireles Rodrigues.






[1] Dados retirados do site: www.ibge.gov.br – acessado em 23 de Maio de 2012 – às 16:22h.

2 comentários:

  1. Pastor essa mensagem calou muito em meu coração eu tive um experiencia muito grande em termos de um bom dialogo.hoje percebi que sem dialogo ente família e muito dificil vivermos junto temos que trocar ideias.adorei muito.Um grande abraço

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fico Feliz em saber!
      Que o Senhor possa continuar lhe conduzindo a vida. Que o Senhor te abençoe e te guarde em Cristo Jesus.
      Roberto Meireles, pastor.

      Excluir

A Oração de Manoá - Juízes 13.8

  Rio de Janeiro, 07 de agosto de 2025. Oásis da Família Tema da Mensagem – A Oração de Manoá Texto Base – Juízes 13.8 Introdução: ...