quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mais do mesmo


Mais do mesmo.


            Ontem a noite foi muito legal relembrar grandes sucessos de uma das bandas que mais marcaram minha geração: Legião Urbana. O Vagner Moura como fã da banda, teve a oportunidade de cantar junto com o Dado e com o Bonfá. A felicidade estampada em seu rosto era nítida.
            Mas, esse momento, me fez recordar um dos grandes sucessos do legião, chamado: “Mais Do Mesmo”. A letra da música é um grito contra as diversas crises em o nosso país. A banda retrata as dificuldades enfrentadas em diversas áreas sócias em o nosso país. E como as mesmas parecem ser cíclicas. Sem um fio de esperança para uma possível solução.
            Pois bem, esse fato me fez pensar sobre a situação do atual movimento evangelical brasileiro. Penso eu, que ele se enquadraria nesta mesma situação pelo qual a música fora proposta. Ao olhar de forma panorâmica tal movimento, parece-nos sempre “mais do mesmo”.
            A existência de grupos de esquerda que a semelhança de uma esquerda partidária, só é oposição por ser oposição, sem de fato ser relevante e apresentar uma proposta que aponte para um caminho de cura. E às vezes sendo tão radical que opta em se dizer não ser mais evangélica, e arrogam para si, algum outro rótulo. E começam a construírem para si adeptos que repetem o mesmo discurso de forma automática e vazia. Tornando-se sempre “mais do mesmo”.
            Aqueles que se encontram no meio da “muvuca evangelical brasileira”, em sua grande maioria, oriundos do movimento neopentecostal, são frutos de uma construção social. Seus líderes são exatas cópias de seus predecessores: no conteúdo de seu discurso, na sua práxis de ser igreja, no seu modus operandi por meio das fontes de comunicação, nas estratégias de expansão territorial, enfim; sempre o “mais do mesmo”.
            Ao refletir sobre estas coisas, questiono-me: Será que também me encontro também sendo: “mais do mesmo”? Será que está reflexão também não disfarça minha incapacidade e inoperância por ser “mais do mesmo”?
            Pode ser que sim. Como também pode ser que não. Acho que me encontro como Paulo quando está escrevendo aos Filipenses e falando sobre sua trajetória cristã. Diz assim o apóstolo:
não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. Todos nós que alcançamos a maturidade devemos ver as coisas dessa forma, e se em algum aspecto vocês pensam de modo diferente, isso também Deus lhes esclarecerá. Tão-somente vivamos de acordo com o que já alcançamos. Irmãos, sigam unidos o meu exemplo e observem os que vivem de acordo com o padrão que lhes apresentamos. Pois, como já lhes disse repetidas vezes, e agora repito com lágrimas, há muitos que vivem como inimigos da cruz de Cristo. Quanto a estes, o seu destino é a perdição, o seu deus é o estômago e têm orgulho do que é vergonhoso; eles só pensam nas coisas terrenas. A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente um Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Pelo poder que o capacita a colocar todas as coisas debaixo do seu domínio, ele transformará os nossos corpos humilhados, para serem semelhantes ao seu corpo glorioso.” (Filipenses 3.13-21)
            Acho tremendo este conselho de Paulo aos Filipenses. Encontramos nos texto acima algumas pistas para não nos tornarmos “mais do mesmo”. Algumas delas são:
  • Ser consciente de que não somos mais espirituais do que ninguém que somos apenas seres humanos.
  • Termos Cristo Jesus como nosso padrão de maturidade cristã.
  • Esclarecer em Deus os nossos questionamentos através da oração.
  • Termos a Palavra como padrão de ensinamentos para nossas vidas.
  • Sermos amigos da cruz.
  • Termos a consciência que enquanto estamos aqui temos que trabalhar, mas o fato é que nosso lugar não é aqui.
  • Fazer com que nossas vidas redundem em glórias a Jesus que é o Senhor da Igreja.
  • E saber que um dia, Ele nos transportará para outra realidade de vida.

Se conseguirmos seguir os conselhos Paulinos. Dificilmente sermos “mais do mesmo”!
Abraços fraternos deste servo que é evangélico. Mas não deseja ser “mais do mesmo”.
Roberto da Silva Meireles Rodrigues
           

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