Mais do mesmo.
Ontem a noite foi muito legal
relembrar grandes sucessos de uma das bandas que mais marcaram minha geração:
Legião Urbana. O Vagner Moura como fã da banda, teve a oportunidade de cantar
junto com o Dado e com o Bonfá. A felicidade estampada em seu rosto era nítida.
Mas, esse momento, me fez recordar um
dos grandes sucessos do legião, chamado: “Mais Do Mesmo”. A letra da música é
um grito contra as diversas crises em o nosso país. A banda retrata as dificuldades
enfrentadas em diversas áreas sócias em o nosso país. E como as mesmas parecem
ser cíclicas. Sem um fio de esperança para uma possível solução.
Pois bem, esse fato me fez pensar
sobre a situação do atual movimento evangelical brasileiro. Penso eu, que ele
se enquadraria nesta mesma situação pelo qual a música fora proposta. Ao olhar
de forma panorâmica tal movimento, parece-nos sempre “mais do mesmo”.
A existência de grupos de esquerda
que a semelhança de uma esquerda partidária, só é oposição por ser oposição,
sem de fato ser relevante e apresentar uma proposta que aponte para um caminho
de cura. E às vezes sendo tão radical que opta em se dizer não ser mais
evangélica, e arrogam para si, algum outro rótulo. E começam a construírem para
si adeptos que repetem o mesmo discurso de forma automática e vazia.
Tornando-se sempre “mais do mesmo”.
Aqueles que se encontram no meio da “muvuca
evangelical brasileira”, em sua grande maioria, oriundos do movimento neopentecostal,
são frutos de uma construção social. Seus líderes são exatas cópias de seus predecessores:
no conteúdo de seu discurso, na sua práxis de ser igreja, no seu modus operandi
por meio das fontes de comunicação, nas estratégias de expansão territorial,
enfim; sempre o “mais do mesmo”.
Ao refletir sobre estas coisas, questiono-me:
Será que também me encontro também sendo: “mais do mesmo”? Será que está
reflexão também não disfarça minha incapacidade e inoperância por ser “mais do
mesmo”?
Pode ser que sim. Como também pode
ser que não. Acho que me encontro como Paulo quando está escrevendo aos
Filipenses e falando sobre sua trajetória cristã. Diz assim o apóstolo:
“não
penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das
coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo
para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo
Jesus. Todos nós que alcançamos a maturidade devemos ver as coisas dessa forma,
e se em algum aspecto vocês pensam de modo diferente, isso também Deus lhes
esclarecerá. Tão-somente
vivamos de acordo com o que já alcançamos. Irmãos,
sigam unidos o meu exemplo e observem os que vivem de acordo com o padrão que
lhes apresentamos. Pois, como já lhes
disse repetidas vezes, e agora repito com lágrimas, há muitos que vivem como
inimigos da cruz de Cristo. Quanto a estes, o seu destino é a perdição,
o seu deus é o estômago e têm orgulho do que é vergonhoso; eles só pensam nas
coisas terrenas. A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde
esperamos ansiosamente um Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Pelo poder
que o capacita a colocar todas as coisas debaixo do seu domínio, ele
transformará os nossos corpos humilhados, para serem semelhantes ao seu corpo
glorioso.” (Filipenses 3.13-21)
Acho tremendo este conselho de Paulo
aos Filipenses. Encontramos nos texto acima algumas pistas para não nos
tornarmos “mais do mesmo”. Algumas delas são:
- Ser
consciente de que não somos mais espirituais do que ninguém que somos
apenas seres humanos.
- Termos
Cristo Jesus como nosso padrão de maturidade cristã.
- Esclarecer
em Deus os nossos questionamentos através da oração.
- Termos
a Palavra como padrão de ensinamentos para nossas vidas.
- Sermos
amigos da cruz.
- Termos
a consciência que enquanto estamos aqui temos que trabalhar, mas o fato é
que nosso lugar não é aqui.
- Fazer
com que nossas vidas redundem em glórias a Jesus que é o Senhor da Igreja.
- E
saber que um dia, Ele nos transportará para outra realidade de vida.
Se
conseguirmos seguir os conselhos Paulinos. Dificilmente sermos “mais do mesmo”!
Abraços
fraternos deste servo que é evangélico. Mas não deseja ser “mais do mesmo”.
Roberto
da Silva Meireles Rodrigues
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