quarta-feira, 20 de junho de 2012

Sobre misericórdia, piedade e paz.

Rio de Janeiro, 20 de Maio de 2012.
Local - PIB em Rocha Miranda.
Estudo realizado na “Quarta com Deus”.
Série de mensagens – “Do monte, para os nossos corações.
Tema – Sobre misericórdia, piedade e paz.
Texto base – Mateus 5. 7-12





3ª Ministração – Sobre misericórdia, piedade e paz.
INTRODUÇÃO:
Nas duas últimas semanas, estamos ministrando uma série de mensagens chamada: “Do monte para os nossos corações”. Estas ministrações são exposições Bíblicas do conhecido sermão de Jesus no monte, localizados nos capítulos 5,6 e 7 de Mateus.
Na primeira ministração, realizamos uma introdução sobre o sermão do monte, a perspectiva de Jesus ao ministrar o mesmo, sua validade e outras pontuações que nos são necessárias para o entendimento do mesmo. E ainda expomos as duas primeiras bem-aventuranças.
Na segunda ministração relembramos um pouco da primeira ministração e ministramos a 3ª e 4ª bem-aventurança. Hoje nossa intenção é ministrar as outras bem-aventuranças. Nossa intenção é terminar hoje com os versículos finas compreendido no texto de Mateus 5.1-12.
Dita pois estas coisas. Vejamos o que o Senhor nosso Deus deseja falar aos nossos corações nesta noite!

5ª Bem-aventurança - “Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia”. (verso 7)
Acho que nós é válido primeiramente conceituar o que é misericórdia. Richard Lenski visando clarificar a diferença entre graça e misericórdia disse: “O substantivo “eleos” (misericórdia)... sempre trata da dor, da miséria e do desespero, que são resultados do pecado; e charis (graça) sempre lida com o pecado e com a culpa propriamente ditos. A primeira concede alívio; a segunda, perdão; a primeira cura e ajuda; a segunda purifica e reintegra”.
Jesus quando se refere as pessoas que são misericordiosas. Ele não diz que tipo de misericórdia devemos exercer e nem a quem essa misericórdia deve ser estendida. Haja vista que o seu próprio exemplo e ensino nos deixa claro que suas misericórdias alcançavam a todas pessoas ao seu redor; alcançava o samaritano moribundo na estrada; alcançava a prostituta que iria ser apedrejada; alcançava o cobrador de impostos corrupto; alcançar o cego, mudo, aleijado; alcançava a viúva, o pobre o rico; ou seja: alcançava a todos. Creio que por este motivo: Ele não precisava especificar a quem a misericórdia deveria de ser exercida.
A tendência pecaminosa de nossa carne é de evitarmos as pessoas moribundas, enfermas, pessoas que nos contrariam, pessoas que; falando em uma linguagem bem popular; “não vão com a nossa cara”; ou qualquer outro perfil de pessoas que não venham acrescentar; e que, pelo contrário em sua maioria, nos subtraem. Porém, a vontade de Jesus é que exerçamos de misericórdia para com estas pessoas. Afinal de contas, essa foi a sua posição quando estava sendo entregue aos romanos para ser crucificado, mesmo sendo Ele inocente.
Na opinião de Stott ser misericórdia perpassa em você ser misericordioso. Parece-nos que é algo intrínseco. Ou seja: Aquele que foi perdoado por Deus. Automaticamente deve perdoar os seus ofensores. Pois é impossível recebermos o perdão, se não praticamos o mesmo.

6ª Bem -aventurança - “Bem-aventurados os limpos de coração (verso 8)
Ser limpo de coração perpassa em mantermos não uma aparência de moralidade ou de externa devoção a Deus. Pelo contrário, ser limpo de coração, é: estar diante de Deus com um coração quebrantado; é reconhecer que em nada temos para oferecer ao Senhor; é entender que não a nada em nós que possa nos justificar diante de Deus.
A aparência pode enganar. Um coração sujo, com uma vida de aparência. Pode ser exemplificada por um restaurante que serve um prato aparentemente lindo, apetitoso, um daqueles pratos que nos enchem a boca de água. Mas, quando somos conduzidos a cozinha onde o mesmo é produzido nos deparamos como uma cozinha imunda, infectada por bactérias, ratos, baratas e muitos outros insetos.
Jesus criticava duramente os fariseus por causa deste aspecto. Eles vivam de uma falsa piedade; eles tinha uma aparência, uma casta, um exterior, que parecia puro. Porém o seu coração era pútrido, fétido, nefasto, sombrio.
Como será que se encontra o nosso coração?
7º Bem-aventurança - “Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados de filhos de Deus”. (verso 9)
Stott fala algo interessante sobre as semelhanças dos termos em duas traduções. Ele diz que “puros de coração” e “pacificadores”, são normais pela causa da maioria dos conflitos ser a intriga. Que por sua vez é o oposto da sinceridade e franqueza. Que são essenciais para a veracidade de toda e qualquer reconciliação verdadeira.
A vontade do Senhor Jesus é que jamais sejamos fonte de discórdia ou desunião. Que jamais sejamos operadores de uma possível encrenca que redunde na perda da paz, amizade e convívio social. Muito pelo contrário, a vontade do Senhor Jesus é que sejamos todos pacificadores; que sejamos instrumentos para paz; instrumentos para reconciliação; instrumentos para propagação da reconciliação do injusto com o Justo. Por este motivo, a reconciliação é algo divino, pois o Senhor resolveu, Ele mesmo, em Cristo, reconciliar-se com o homem, que escolheu em Cristo, reconciliação com Deus.
Stott faz um tremendo comentário sobre essa questão. Ele diz o seguinte: “Portanto, quase não nos surpreende que a benção particularmente anunciada aos pacificadores é que eles “serão chamados filhos de Deus”, pois estão procurando fazer o que o seu Pai fez, amando as pessoas com o amor dele, como Jesus logo tornaria explícito. O diabo é que é o agitador; Deus ama a reconciliação e, através dos seus filhos, tal como fez antes através do seu Filho unigênito, está inclinado a fazer a paz”.
Vale ressaltar a diferença existente entre as palavras “paz” e “apaziguamento”. As duas não são sinônimas! A paz ela possuí um preço muito caro. O preço pago pelo Eterno para que o homem tenha paz; foi preço do sangue de seu único Filho, seu Unigênito, o imaculado cordeiro. Por este motivo, é impossível nós obtermos reconciliação sem que fato tenha ocorrido o arrependimento para que haja o perdão. Isso se dá de forma semelhante com o nosso relacionamento com o Senhor. Se nós, não nos arrependermos. Não alcançaremos então o perdão!

7ª Bem-aventurança - “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus.” (verso 10)
Ao olhar a sequência onde está bem-aventurança está encaixada; nos parece uma contradição. Jesus anteriormente acabara de falar sobre pacificação e logo após vai dizer que existe a possibilidade de sermos perseguidos, injuriados, caluniados. Realmente parece-nos um grande paradoxo. Um confuso paradoxo!
Porém, vale lembrar que para a obtenção da paz é necessário um preço a ser pago. Se ambos os lados não estiverem dispostos a pagar; então fica difícil a reconciliação. Porém, o detalhe do texto é que esta perseguição não se dá de fato pelos erros, pelas minhas ações, pelos meus pecados. Mas essa perseguição se dá pela justiça. E o nome dessa justiça é Jesus.
Essa perseguição se dá pela guerra que existe entre dois sistemas que caminham juntos, mais são opostos. E se de fato, as pessoas não se apoderarem dos valores do Reino dos céus. Em algumas ocasiões, será difícil a reconciliação. E em alguns casos mais extremos, pode haver até a perseguição.
Uma pergunta que nos é interessante fazer é a seguinte: Como será que Jesus gostaria que reagíssemos diante das perseguições?
Encontramos em alguns irmãos algumas reações do tipo:
A reação de uma criança – Faz biquinho e fica de mal.
A reação de um masoquista – O cara gosta de sentir dor; que na verdade é uma doença. Pois o homem não foi criado para sentir dor.
A reação de uma pessoa sem esperança – Ficar de mau humor e amaldiçoar a Deus.
A reação de um pobre coitado – Pessoa que goste outras pessoas tenham pena dela.
Na verdade devemos encarar a perseguição pautados nas palavras do próprio Jesus no verso 12, “regozijai-vos quando por minha causa”. Devemos nos alegrar, em saber que nossa fé é genuína. Pois está alicerçada em Cristo em suas promessas eternas. A promessa contida no texto é que o Reino dos céus pertence a estes genuínos cristãos.

Conclusão:
Que o Senhor nos ajude a conseguirmos a ser achados diante d'Ele como bem-aventurados!
Certo em Cristo, que somos bem-aventurados!
Roberto da Silva Meireles Rodrigues.


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