Rio
de Janeiro, 20 de Maio de 2012.
Local - PIB em Rocha
Miranda.
Estudo realizado na
“Quarta com Deus”.
Série de mensagens
– “Do monte, para os nossos corações.
Tema – Sobre
misericórdia, piedade e paz.
Texto base –
Mateus 5. 7-12
3ª
Ministração – Sobre misericórdia, piedade e paz.
INTRODUÇÃO:
Nas duas últimas
semanas, estamos ministrando uma série de mensagens chamada: “Do
monte para os nossos corações”. Estas ministrações são
exposições Bíblicas do conhecido sermão de Jesus no monte,
localizados nos capítulos 5,6 e 7 de Mateus.
Na
primeira ministração, realizamos uma introdução sobre o sermão
do monte, a perspectiva de Jesus ao ministrar o mesmo, sua validade e
outras pontuações que nos são necessárias para o entendimento do
mesmo. E ainda expomos as duas primeiras bem-aventuranças.
Na segunda
ministração relembramos um pouco da primeira ministração e
ministramos a 3ª e 4ª bem-aventurança. Hoje nossa intenção é
ministrar as outras bem-aventuranças. Nossa intenção é terminar
hoje com os versículos finas compreendido no texto de Mateus 5.1-12.
Dita pois estas
coisas. Vejamos o que o Senhor nosso Deus deseja falar aos nossos
corações nesta noite!
5ª
Bem-aventurança - “Bem-aventurados os misericordiosos, pois
obterão misericórdia”. (verso 7)
Acho
que nós é válido primeiramente conceituar o que é misericórdia.
Richard Lenski visando clarificar a diferença entre graça e
misericórdia disse: “O substantivo “eleos” (misericórdia)...
sempre trata da dor, da miséria e do desespero, que são resultados
do pecado; e charis (graça) sempre lida com o pecado e com a culpa
propriamente ditos. A primeira concede alívio; a segunda, perdão; a
primeira cura e ajuda; a segunda purifica e reintegra”.
Jesus quando se
refere as pessoas que são misericordiosas. Ele não diz que tipo de
misericórdia devemos exercer e nem a quem essa misericórdia deve
ser estendida. Haja vista que o seu próprio exemplo e ensino nos
deixa claro que suas misericórdias alcançavam a todas pessoas ao
seu redor; alcançava o samaritano moribundo na estrada; alcançava a
prostituta que iria ser apedrejada; alcançava o cobrador de impostos
corrupto; alcançar o cego, mudo, aleijado; alcançava a viúva, o
pobre o rico; ou seja: alcançava a todos. Creio que por este motivo:
Ele não precisava especificar a quem a misericórdia deveria de ser
exercida.
A tendência
pecaminosa de nossa carne é de evitarmos as pessoas moribundas,
enfermas, pessoas que nos contrariam, pessoas que; falando em uma
linguagem bem popular; “não vão com a nossa cara”; ou qualquer
outro perfil de pessoas que não venham acrescentar; e que, pelo
contrário em sua maioria, nos subtraem. Porém, a vontade de Jesus é
que exerçamos de misericórdia para com estas pessoas. Afinal de
contas, essa foi a sua posição quando estava sendo entregue aos
romanos para ser crucificado, mesmo sendo Ele inocente.
Na opinião de
Stott ser misericórdia perpassa em você ser misericordioso.
Parece-nos que é algo intrínseco. Ou seja: Aquele que foi perdoado
por Deus. Automaticamente deve perdoar os seus ofensores. Pois é
impossível recebermos o perdão, se não praticamos o mesmo.
6ª Bem
-aventurança - “Bem-aventurados os limpos de coração (verso 8)
Ser
limpo de coração perpassa em mantermos não uma aparência de
moralidade ou de externa devoção a Deus. Pelo contrário, ser limpo
de coração, é: estar diante de Deus com um coração quebrantado;
é reconhecer que em nada temos para oferecer ao Senhor; é entender
que não a nada em nós que possa nos justificar diante de Deus.
A
aparência pode enganar. Um coração sujo, com uma vida de
aparência. Pode ser exemplificada por um restaurante que serve um
prato aparentemente lindo, apetitoso, um daqueles pratos que nos
enchem a boca de água. Mas, quando somos conduzidos a cozinha onde o
mesmo é produzido nos deparamos como uma cozinha imunda, infectada
por bactérias, ratos, baratas e muitos outros insetos.
Jesus
criticava duramente os fariseus por causa deste aspecto. Eles vivam
de uma falsa piedade; eles tinha uma aparência, uma casta, um
exterior, que parecia puro. Porém o seu coração era pútrido,
fétido, nefasto, sombrio.
Como
será que se encontra o nosso coração?
7º
Bem-aventurança - “Bem-aventurados os pacificadores, pois serão
chamados de filhos de Deus”. (verso 9)
Stott fala algo
interessante sobre as semelhanças dos termos em duas traduções.
Ele diz que “puros de coração” e “pacificadores”, são
normais pela causa da maioria dos conflitos ser a intriga. Que por
sua vez é o oposto da sinceridade e franqueza. Que são essenciais
para a veracidade de toda e qualquer reconciliação verdadeira.
A vontade do Senhor
Jesus é que jamais sejamos fonte de discórdia ou desunião. Que
jamais sejamos operadores de uma possível encrenca que redunde na
perda da paz, amizade e convívio social. Muito pelo contrário, a
vontade do Senhor Jesus é que sejamos todos pacificadores; que
sejamos instrumentos para paz; instrumentos para reconciliação;
instrumentos para propagação da reconciliação do injusto com o
Justo. Por este motivo, a reconciliação é algo divino, pois o
Senhor resolveu, Ele mesmo, em Cristo, reconciliar-se com o homem,
que escolheu em Cristo, reconciliação com Deus.
Stott faz um
tremendo comentário sobre essa questão. Ele diz o seguinte:
“Portanto, quase não nos surpreende que a benção particularmente
anunciada aos pacificadores é que eles “serão chamados filhos de
Deus”, pois estão procurando fazer o que o seu Pai fez, amando as
pessoas com o amor dele, como Jesus logo tornaria explícito. O diabo
é que é o agitador; Deus ama a reconciliação e, através dos seus
filhos, tal como fez antes através do seu Filho unigênito, está
inclinado a fazer a paz”.
Vale ressaltar a
diferença existente entre as palavras “paz” e “apaziguamento”.
As duas não são sinônimas! A paz ela possuí um preço muito caro.
O preço pago pelo Eterno para que o homem tenha paz; foi preço do
sangue de seu único Filho, seu Unigênito, o imaculado cordeiro. Por
este motivo, é impossível nós obtermos reconciliação sem que
fato tenha ocorrido o arrependimento para que haja o perdão. Isso se
dá de forma semelhante com o nosso relacionamento com o Senhor. Se
nós, não nos arrependermos. Não alcançaremos então o perdão!
7ª
Bem-aventurança - “Bem-aventurados os perseguidos por causa da
justiça, pois deles é o Reino dos céus.” (verso 10)
Ao
olhar a sequência onde está bem-aventurança está encaixada; nos
parece uma contradição. Jesus anteriormente acabara de falar sobre
pacificação e logo após vai dizer que existe a possibilidade de
sermos perseguidos, injuriados, caluniados. Realmente parece-nos um
grande paradoxo. Um confuso paradoxo!
Porém, vale
lembrar que para a obtenção da paz é necessário um preço a ser
pago. Se ambos os lados não estiverem dispostos a pagar; então fica
difícil a reconciliação. Porém, o detalhe do texto é que esta
perseguição não se dá de fato pelos erros, pelas minhas ações,
pelos meus pecados. Mas essa perseguição se dá pela justiça. E o
nome dessa justiça é Jesus.
Essa perseguição
se dá pela guerra que existe entre dois sistemas que caminham
juntos, mais são opostos. E se de fato, as pessoas não se
apoderarem dos valores do Reino dos céus. Em algumas ocasiões, será
difícil a reconciliação. E em alguns casos mais extremos, pode
haver até a perseguição.
Uma pergunta que
nos é interessante fazer é a seguinte: Como será que Jesus
gostaria que reagíssemos diante das perseguições?
Encontramos em
alguns irmãos algumas reações do tipo:
A
reação de uma criança
– Faz biquinho e fica de mal.
A
reação de um masoquista
– O cara gosta de sentir dor; que na verdade é uma doença. Pois o
homem não foi criado para sentir dor.
A
reação de uma pessoa sem esperança
– Ficar de mau humor e amaldiçoar a Deus.
A
reação de um pobre coitado
– Pessoa que goste outras pessoas tenham pena dela.
Na verdade devemos
encarar a perseguição pautados nas palavras do próprio Jesus no
verso 12, “regozijai-vos quando por minha causa”. Devemos nos
alegrar, em saber que nossa fé é genuína. Pois está alicerçada
em Cristo em suas promessas eternas. A promessa contida no texto é
que o Reino dos céus pertence a estes genuínos cristãos.
Conclusão:
Que o Senhor nos
ajude a conseguirmos a ser achados diante d'Ele como bem-aventurados!
Certo em Cristo,
que somos bem-aventurados!
Roberto da Silva
Meireles Rodrigues.
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