Rio de Janeiro, 03 de Outubro de 2012.
Local - PIB em Rocha Miranda.
Estudo realizado na “Quarta com Deus”, por
ocasião da série de mensagens: “Declaramos Guerra”.
“Guerra contra a carne”.
Texto Bíblico:
(Romanos
8.1-11)
Introdução:
A inspiração para essa série de
mensagem veio de uma mensagem pregada pelo reverendo John Piper intitulada: “Faça
Guerra”. Nesta mensagem o nosso querido Piper faz uma afirmação extremamente
sábia ao afirmar que nós não somos condenados ao inferno por causa do diabo.
Aliás, quem é para ter poder de condenar e absolver alguém. Não é verdade?
Porém, nós somos condenados à
separação eterna de Deus devido aos nossos pecados. Diz o profeta Isaías que
são os nossos pecados que nos distanciam de Deus. (Isaías 59.2) O fabuloso rei
Davi em seu famoso Salmo de quebrantamento pelo pecado cometido contra Beteseba
vai dizer que: “em pecado eu fui gerado”. (Salmo 51.5)
Na verdade nós já nascemos
condenados a separação de Deus devido ao pecado original adâmico. Pecado este,
que nos fez perder a plenitude da comunhão com Deus, e ainda nos gerou uma
inclinação ao mal. Todos nós, sem exceção, somos tendenciosos ao erro, ao
pecado, etc. O que nos faz lutar contra este fator é o Espírito Santo. Que nos
lembra, convence, e nos leva a um sincero arrependimento e ao retorno da vontade
santa de nosso Deus e Pai. Isso é: se somos selados por Ele, ou seja: se já
entregamos nossas vidas ao Senhor Jesus, e n’Ele mortificamos nossa carne,
morrendo para o velho homem, e ressuscitando em novidade de vida.
No texto que acabamos de ler, o
apóstolo Paulo trata exatamente essa questão junto aos crentes de Roma. A
tensão existente entre os desejos da carne e os desejos do Espírito. De fato
meus amados irmãos é um embate violento.
Nossa carne deseja ardentemente pelas paixões desse presente século, e o
nosso Espírito deseja ardentemente pelas coisas do alto, que vem direto do pai
das luzes, onde não existe sombra nem variação de dúvidas. (Tiago 1.17)
Concordo com John Piper. Devemos
declarar guerra a nossa carne. Devemos ardentemente buscar mortificá-la, e só
conseguiremos se entendermos de fato como é esta dinâmica entre a carne e o
Espírito, essa tensão existente entre os dois. No texto que acabamos de ler
Paulo nos dá ensinamentos para sabermos o é de fato viver nos Espírito e não na
carne.
Gostaria antes de iniciar minhas
considerações e pontuações, destacar o fato de que muita coisa que é atribuída
ao diabo não têm nada a ver com ele. Em muitos casos, utilizamos o diabo como
desculpa para justificarmos os nossos erros e acabamos perdendo a oportunidade
de sermos tratados por Deus em nossas fraquezas.
Todo soldado antes de sair a guerra
recebe instruções acerca de seu inimigo e sobre os seus pontos fracos, seus
pontos fortes, recebe informações sobre sua artilharia, etc. Também nós
cristãos, servos do Senhor, que estamos em uma guerra. Devemos entender melhor
esse nosso opositor.
1º Na guerra contra a carne, legalismo
pessoal não resolve. (verso 2)
Meus amados irmãos, temos ouvido e
visto tanta baboseira gospel acerca deste fato. Pessoas que acham que pelo muito
fazer; pelo muito realizar, pelo muito orar, pelo muito jejuar, pelo muito ler
a Bíblia, pelo muito fazer, fazer, fazer... vão por si mesmo se santificar e
mortificar a sua carne.
Isso é uma concepção de Graça
Barata. Esse termo Graça Barata foi cunhado por Dietrich Bonhoefer, um teólogo
alemão, pastor luterano, que viveu em pleno regime nazista. A tese de
Bonhoeffer era que toda vez que nós tentamos de alguma forma nos justificar
pelos nossos próprios meios, isso é: “Graça Barata”. Haja vista que a Graça
deixa de ser Graça, e passa a ser algo que eu conquistei e não um presente.
Conheço muitas pessoas que entram em
crise em sua vida cristã porque tentam mortificar sua carne através de um
sacrifício pessoal. Parece-nos que de imediato o resultado é até satisfatório,
porém, passado algum tempo vêm a decepção por causa da queda em erros às vezes
mais grotescos devido a falta de percepção espiritual da situação e de
entendimento de si mesmo.
Guarde isso no seu coração: “Jamais
seremos mais santos, ou menos pecador, pelos nossos próprios méritos. É, Deus
que efetua em nós, tanto o querer, como o realizar.” (Filipenses 2.13).
2º Na guerra contra a carne, não somos salvos
por ritos e cerimoniais religiosos. (verso 3)
Outra coisa que também encontramos
pessoas enganadas é o fator de acharem que por frequentarem ritos religiosos
estão em um processo de luta contra os desejos de sua carne. Geralmente as
pessoas que pensam dessa forma, podem tomar um grande susto ao realizarem um autoexame
e descobrirem que não são salvos.
Precisamos entender que nossa
espiritualidade não pode ser medida por frequência em cultos ou em algum outro
tipo de reunião. Nossa luta contra carne não deve ser realizada com armas de
tão pouca serventia se estivermos com o coração e com a mente, voltados para o
cumprimento de ritos religiosos.
Devemos entender que nossas
reuniões, cultos, ou qualquer outro nome que possamos vir a dar, são apenas
expressões exteriores do que se passa por dentro do nosso ser. Nós iremos nos
fortalecer ao vir para as reuniões não pensando que iremos receber algum tipo
de Graça, mas, sim irmos às reuniões com o coração jubiloso e transbordante. Pois,
iremos adorar ao Rei dos Reis, e Senhor dos Senhores.
Por favor guarde no seu coração: “Você
não luta contra os desejos de sua carne vindo para uma reunião para cumprir
ritos religiosos. As reuniões podem servir sim para nos fortalecermos nos
Espírito, se tivermos o foco certo pelo qual elas existem”.
3º Na guerra contra a carne, devemos andar
no Espírito. (versos 5,9)
Meus amados irmãos encerro falando
sobre como de fato devemos nos engajar para batalhar contra a nossa carne. A
nossa batalha contra carne deve ser realizada com as armas espirituais. Nosso
armamento militar não é semelhante ao armamento militar humano. As nossas armas
são espirituais.
Paulo escrevendo aos crentes de Éfeso diz o
seguinte: “Os quais, havendo perdido todo
o sentimento, se entregaram à dissolução, para com avidez cometerem toda a
impureza. Mas vós não aprendestes assim a Cristo, Se é que o tendes ouvido, e
nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus; Que, quanto ao trato
passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do
engano; E vos renoveis no espírito da vossa mente; E vos revistais do novo
homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade. Por isso
deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos
membros uns dos outros. Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a
vossa ira. Não deis lugar ao diabo. Aquele que furtava, não furte mais; antes
trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o
que tiver necessidade. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a
que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. E
não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da
redenção. Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a
malícia sejam tiradas dentre vós, Antes sede uns para com os outros benignos,
misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em
Cristo.” (Efésios 4.19-32)
Paulo também fala sobre o
andar no Espírito na mesma carta em outro capítulo vejamos o que ele diz: “Portanto, vede prudentemente como andais,
não como néscios, mas omo sábios,
Remindo o tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais
insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor. E não vos
embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito; Falando
entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao
Senhor no vosso coração; Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e
Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo; Sujeitando-vos uns aos outros.” (Efésios
5:15-21)
Conclusão:
Vamos nos empenhar em guerrear
contra nossa carne. Para isso é necessário nos conscientizarmos que estamos em
uma guerra. E, sendo assim, tomarmos mão das armas espirituais.
Que Deus nos ajude a vencer a nossa
carne.
Certo que em Cristo podemos vencer
esta guerra:
Pr. Roberto da Silva Meireles
Rodrigues
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