terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Uma comunidade de discípulos – Crescendo na Graça

Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 2013.
Local – PIB em Rocha Miranda
Série de Mensagens – Uma comunidade de discípulos
Tema – Crescendo na Graça.
Texto –.II Pedro 3.1-18

Uma comunidade de discípulos – Crescendo na Graça


            Temos nos últimos domingos e até mesmo no retiro espiritual pensado sobre o que de fato é sermos uma comunidade de discípulos de Jesus. Em mensagens anteriores a esta, expliquei aos irmãos estou querendo dizer quando me retrato ao termo “comunidade de discípulos”. A ideia que transmita ao utilizar-me deste termo é a conotação de viver em comum, juntos, os ensinamentos de Jesus e o propagarmos para a sua Glória e Honra.
            Nosso desafio nesta noite é lhes desafiar a crescermos juntos na Graça de Deus. Você poderia estar se perguntado: “Mas pastor, o que significa crescer na Graça de Deus?” Eu lhe responderia: “Segundo as Escrituras, e mais especificamente está epístola ao qual estamos exaurindo, crescer na Graça de Deus significa crescer no conhecimento na pessoa de Deus. Que nos foi revelada em seu mais profundo na pessoa de seu filho, Jesus o Cristo.”
            Pedro nesta epístola escreve aos irmãos querendo livrá-los dos ensinos dos falsos mestres. Alguns estavam ensinando de que o ensino dos apóstolos acerca da “Parousia” (a volta de Jesus) era equivocado e sem lógica. Pois, argumentavam eles: já se havia passado muito tempo desde a morte de Jesus e sua ressurreição ao Pai.
            A epístola possui uma conotação de exortação a estes falsos mestres. Mas, também possuí uma transmissão do coração pastoral de Pedro em incentivar aos santos que perseverem em santidade.
            Ele inicia sua fala se utilizando da expressão “Despertar com estas lembranças a sua mente para que se lembrem”. A conotação do termo grego é a que as mentes dos cristãos sinceros eram semelhantes aos vasos que eram expostos ao Sol. E, assim sendo não apresentavam nenhum tipo de rachadura. Nem ao menos aquelas pequenas rachaduras disfarçadas pelo uso da cera, e por este motivo a palavra sincera.
            O apóstolo Pedro tinha muito claro em sua mente que existiam entre eles cristão sinceros, verdadeiros irmãos que queriam progredir na vida cristã. Crescendo na Graça e no conhecimento de Cristo Jesus.
            E, pensando sobre esta questão. Como vosso pastor, gostaria de convoca-los para que juntos possamos crescer na Graça de Cristo Jesus, ou seja: como já falamos anteriormente, crescer no conhecimento da pessoa de Deus. E, seguirmos o conselho do apostolo Paulo que diz: “Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus”. (Filipenses 3.12)
            Gostaria de destacar do texto algumas atitudes que podemos ter que nos façam crescer na Graça do Senhor Jesus:
1º Crescemos na Graça quando conhecemos a Palavra de Deus. (verso 1)
             O texto inicia com o apóstolo Pedro transmitindo a ideia que estava apenas trazendo a lembranças daqueles queridos irmãos princípios que eles já conheciam. Ou seja, ela não estava ensinando nada novo, apenas relembrando princípios e mandamentos que lhes foram transmitidos pelos apóstolos.
            A grande questão que encontramos é na verdade uma repetição de um erro crônico do passado. Um erro que fora apontado pelo profeta quando diz: “O meu povo foi destruído pela falta de conhecimento.” (Oséias 4.6) Em muitos casos, se não em todos, o povo perece, ou seja, erra por não conhecer as Escrituras Sagradas.
            Nosso povo antigamente era conhecido com o povo do livro da capa preta; era conhecido como os Bíblias; erámos conhecidos como pessoas de um livro só. Porém, hoje parece-nos que estes adjetivos não se enquadram mais com o atual movimento evangélico. Pois, este povo pode ser conhecido como: os caçadores do tesouro perdido, os caças fantasmas, etc.
            A falta de conhecimento da Palavra de Deus tem nos levado a um declínio espiritual de uma proporção sem tamanho. A falta de amor as Sagradas Letras tem gerado crentes raquíticos e desnutridos da Palavra de Deus. Nossas Escolas Bíblicas andam como que capegando tentando sobreviver a uma geração que não ama estudar as Escrituras Sagradas.
            De todo o coração. Por favor, me apontem na Bíblia e na história da igreja um homem ou uma mulher que fora tremendamente usados por Deus que não amassem de modo profundo as Sagradas Escrituras!
            São Escrituras que nos ensinam a: orar, a conhecer mais sobre os atributos de Deus, nos ensina os seus mandamentos; a nós, nos ensina sobre a ética e moral para nós cristãos, é ela que nos é pressuposto para nossas decisões; nos dá forças e subsídios espirituais para resistirmos as tentações, etc.
            Minha pergunta a você: “Como está o seu conhecimento da Bíblia?”

2º Crescemos na Graça quando procuramos nos santificamos. (verso 14)
            Toda vez que falamos sobre santidade em nossos dias. Parece-nos que estamos falando sobre algo ao qual o povo repugna, ou abomina. Algumas igrejas até pararam de proclamar as Escrituras de modo enfático, até por que a mesma condena o pecado do início ao fim.
            Em os nossos dias as pessoas não querem mais lembrar que são pecadoras. As pessoas não querem mais de fato ouvir que Deus é um justo juiz, e assim sendo não pode compactuar com o pecado. E, por este motivo trará juízo sobre todo aquele que não encontro em Cristo Jesus justificação para sua vida.
            Mas o fato é que todos nos somos pecadores. E, nossa tendência moral é sempre nos sermos tentados pela carne a fazer o que é mal. E, por este motivo temos que estar vigilantes e em profunda comunhão com o Senhor procurando fazer o que lhe agrada o coração.
            Temos que ser consciente que a santificação é um processo que não é angariado por nós pelos nossos méritos. Mas, o Espírito de Deus que habita em nós nos encaminha e nos orienta, e também nos dá forças para que em Cristo sejamos encontrados atrás de sua cruz. Ou seja, escondidos a sua sombra, lugar onde o pecado não pode nos alcançar.
            A santificação é um paradoxo. Como acabei de falar isso não depende de mim, não depende de você. Ou seja: não depende dos nossos méritos. Porém, ela só acontece se nós nos esmeramos em estarmos a cada dia mais próximo ao Senhor. E, estando mais próximos ao Senhor em oração, jejuns, leitura da Palavra, etc. Podemos n’Ele encontrar santidade para nossas vidas.

3º Crescemos na Graça quando temos um relacionamento com o Senhor. (verso 18)
            Outra coisa que em nossos dias tem tido uma conotação totalmente errônea e sem sentido é a questão de relacionamento com Deus. O relacionamento com Deus têm sido algo por deveras superficial e sendo assim sem criação de raízes profundas. John Sott diz que uma das características de nossos dias é a superficialidade. Concordo com ele. Isso se reflete também na relação do povo de Deus com o seu Deus.
            A velha e esfarrapada desculpa que os nossos dias são corridos e que não temos tempo é uma demonstração clara de que nossa prioridade não é o Senhor e o seu Reino, conforme o nosso Mestre expressou. Nossa geração esta mais focada na questão do ter, ou seja: trabalhar mais e estudar mais para, ter um carro do ano, ter uma casa própria, ter uma carreira promissora, e etc.
            Algumas pessoas não tem relacionamento com Deus por que de fato não conhecem a Deus. Não possuem desejo pois não sabem como é bom poder estar na presença do Eterno desfrutando de sua imensurável Graça e bondade. Isso me faz lembrar uma estória que ouvi cerca feita com o título “É necessário provar”, conto para vocês a mesma:
Um gabola divertia-se numa praça pública cercada de curiosos. Tinha facilidade de linguagem, fazia questão de ressaltar sua condição de ateu, e, gratuitamente, ofendia os presentes interrogando:
- Quem quer discutir comigo? - pastor, padre, médico, advogado ou um simples crente, suba aqui!
Só um respondeu à insistência do sabichão e se dirigiu a ele. Era um senhor de trajes humildes. Nada nele demonstrava capacidade nem erudição. O orador, bazofiando, ainda tentou humilhá-lo, baseando-se em sua aparência.
O desafiado subiu ao palco, sentou-se e, indiferente às provocações, tirou uma laranja de um embrulho, descascou-a e chupou-a... O pregador continuou seus desaforos:
- Veio falar comigo, ou fazer um piquenique? Depois de chupar a laranja, perguntou ao desafiante:
- O senhor quer me dizer se a laranja que eu chupei estava doce ou azeda?
- Bem desconfiei que o senhor é meio maluco, respondeu o orador. Foi o senhor que chupou a laranja, como quer que eu saiba se estava doce ou azeda?
Nesta altura dos acontecimentos era grande a expectativa geral. Todo o auditório queria saber como terminaria aquilo.
- Justamente isso é que fala em meu favor. Se quem chupou a laranja foi eu, só eu sei se ela estava doce ou azeda. O senhor não pode falar da experiência da salvação em Cristo se não passou por ela - continuou.
- Antes de me converter eu era um beberrão, mau esposo, mau pai: não valia nada. Um dia experimentei a graça do Evangelho e me tornei outra criatura. Por isso posso falar de ambas as coisas. Eu conheci ambas as coisas. O senhor só conhece o seu lado ateu. Não pode falar sobre Deus.
"Provai, e vede que o Senhor é bom: bem-aventurado o homem que nele confia" (SI 34.8).

Conclusão:
            A minha oração é que prossigamos em conhecer ao Senhor e tenho certeza que lendo a Palavra e a Praticando, buscando a santidade de Deus e nos relacionando com Ele de forma íntima. Iremos experimentar um crescimento na Graça de Deus.
            Certo de que em Cristo sempre crescemos na Graça:
            Seu pastor, Roberto Meireles.

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