Rio
de Janeiro, 17 de fevereiro de 2013.
Local
– PIB em Rocha Miranda
Série
de Mensagens – Uma comunidade de discípulos
Tema
– Crescendo na Graça.
Texto
–.II Pedro 3.1-18
Uma comunidade de discípulos – Crescendo na Graça
Temos nos últimos domingos e até mesmo
no retiro espiritual pensado sobre o que de fato é sermos uma comunidade de
discípulos de Jesus. Em mensagens anteriores a esta, expliquei aos irmãos estou
querendo dizer quando me retrato ao termo “comunidade de discípulos”. A ideia
que transmita ao utilizar-me deste termo é a conotação de viver em comum,
juntos, os ensinamentos de Jesus e o propagarmos para a sua Glória e Honra.
Nosso desafio nesta noite é lhes
desafiar a crescermos juntos na Graça de Deus. Você poderia estar se
perguntado: “Mas pastor, o que significa crescer na Graça de Deus?” Eu lhe
responderia: “Segundo as Escrituras, e mais especificamente está epístola ao
qual estamos exaurindo, crescer na Graça de Deus significa crescer no
conhecimento na pessoa de Deus. Que nos foi revelada em seu mais profundo na
pessoa de seu filho, Jesus o Cristo.”
Pedro nesta epístola escreve aos
irmãos querendo livrá-los dos ensinos dos falsos mestres. Alguns estavam
ensinando de que o ensino dos apóstolos acerca da “Parousia” (a volta de Jesus)
era equivocado e sem lógica. Pois, argumentavam eles: já se havia passado muito
tempo desde a morte de Jesus e sua ressurreição ao Pai.
A epístola possui uma conotação de
exortação a estes falsos mestres. Mas, também possuí uma transmissão do coração
pastoral de Pedro em incentivar aos santos que perseverem em santidade.
Ele inicia sua fala se utilizando da
expressão “Despertar com estas lembranças a sua mente para que se lembrem”. A
conotação do termo grego é a que as mentes dos cristãos sinceros eram semelhantes
aos vasos que eram expostos ao Sol. E, assim sendo não apresentavam nenhum tipo
de rachadura. Nem ao menos aquelas pequenas rachaduras disfarçadas pelo uso da
cera, e por este motivo a palavra sincera.
O apóstolo Pedro tinha muito claro
em sua mente que existiam entre eles cristão sinceros, verdadeiros irmãos que
queriam progredir na vida cristã. Crescendo na Graça e no conhecimento de
Cristo Jesus.
E, pensando sobre esta questão. Como
vosso pastor, gostaria de convoca-los para que juntos possamos crescer na Graça
de Cristo Jesus, ou seja: como já falamos anteriormente, crescer no
conhecimento da pessoa de Deus. E, seguirmos o conselho do apostolo Paulo que
diz: “Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas
prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo
Jesus”. (Filipenses 3.12)
Gostaria de destacar do texto
algumas atitudes que podemos ter que nos façam crescer na Graça do Senhor
Jesus:
1º Crescemos na Graça quando
conhecemos a Palavra de Deus. (verso 1)
O texto inicia com o apóstolo Pedro
transmitindo a ideia que estava apenas trazendo a lembranças daqueles queridos
irmãos princípios que eles já conheciam. Ou seja, ela não estava ensinando nada
novo, apenas relembrando princípios e mandamentos que lhes foram transmitidos
pelos apóstolos.
A grande questão que encontramos é
na verdade uma repetição de um erro crônico do passado. Um erro que fora
apontado pelo profeta quando diz: “O meu povo foi destruído pela falta de
conhecimento.” (Oséias 4.6) Em muitos casos, se não em todos, o povo perece, ou
seja, erra por não conhecer as Escrituras Sagradas.
Nosso povo antigamente era conhecido
com o povo do livro da capa preta; era conhecido como os Bíblias; erámos
conhecidos como pessoas de um livro só. Porém, hoje parece-nos que estes
adjetivos não se enquadram mais com o atual movimento evangélico. Pois, este
povo pode ser conhecido como: os caçadores do tesouro perdido, os caças
fantasmas, etc.
A falta de conhecimento da Palavra
de Deus tem nos levado a um declínio espiritual de uma proporção sem tamanho. A
falta de amor as Sagradas Letras tem gerado crentes raquíticos e desnutridos da
Palavra de Deus. Nossas Escolas Bíblicas andam como que capegando tentando
sobreviver a uma geração que não ama estudar as Escrituras Sagradas.
De todo o coração. Por favor, me
apontem na Bíblia e na história da igreja um homem ou uma mulher que fora
tremendamente usados por Deus que não amassem de modo profundo as Sagradas
Escrituras!
São Escrituras que nos ensinam a:
orar, a conhecer mais sobre os atributos de Deus, nos ensina os seus
mandamentos; a nós, nos ensina sobre a ética e moral para nós cristãos, é ela
que nos é pressuposto para nossas decisões; nos dá forças e subsídios
espirituais para resistirmos as tentações, etc.
Minha pergunta a você: “Como está o
seu conhecimento da Bíblia?”
2º Crescemos na Graça quando
procuramos nos santificamos. (verso 14)
Toda vez que falamos sobre santidade
em nossos dias. Parece-nos que estamos falando sobre algo ao qual o povo
repugna, ou abomina. Algumas igrejas até pararam de proclamar as Escrituras de
modo enfático, até por que a mesma condena o pecado do início ao fim.
Em os nossos dias as pessoas não
querem mais lembrar que são pecadoras. As pessoas não querem mais de fato ouvir
que Deus é um justo juiz, e assim sendo não pode compactuar com o pecado. E,
por este motivo trará juízo sobre todo aquele que não encontro em Cristo Jesus
justificação para sua vida.
Mas o fato é que todos nos somos
pecadores. E, nossa tendência moral é sempre nos sermos tentados pela carne a
fazer o que é mal. E, por este motivo temos que estar vigilantes e em profunda
comunhão com o Senhor procurando fazer o que lhe agrada o coração.
Temos que ser consciente que a
santificação é um processo que não é angariado por nós pelos nossos méritos.
Mas, o Espírito de Deus que habita em nós nos encaminha e nos orienta, e também
nos dá forças para que em Cristo sejamos encontrados atrás de sua cruz. Ou
seja, escondidos a sua sombra, lugar onde o pecado não pode nos alcançar.
A santificação é um paradoxo. Como
acabei de falar isso não depende de mim, não depende de você. Ou seja: não
depende dos nossos méritos. Porém, ela só acontece se nós nos esmeramos em
estarmos a cada dia mais próximo ao Senhor. E, estando mais próximos ao Senhor
em oração, jejuns, leitura da Palavra, etc. Podemos n’Ele encontrar santidade
para nossas vidas.
3º Crescemos na Graça quando temos
um relacionamento com o Senhor. (verso 18)
Outra coisa que em nossos dias tem
tido uma conotação totalmente errônea e sem sentido é a questão de
relacionamento com Deus. O relacionamento com Deus têm sido algo por deveras
superficial e sendo assim sem criação de raízes profundas. John Sott diz que
uma das características de nossos dias é a superficialidade. Concordo com ele.
Isso se reflete também na relação do povo de Deus com o seu Deus.
A velha e esfarrapada desculpa que
os nossos dias são corridos e que não temos tempo é uma demonstração clara de
que nossa prioridade não é o Senhor e o seu Reino, conforme o nosso Mestre
expressou. Nossa geração esta mais focada na questão do ter, ou seja: trabalhar
mais e estudar mais para, ter um carro do ano, ter uma casa própria, ter uma
carreira promissora, e etc.
Algumas pessoas não tem
relacionamento com Deus por que de fato não conhecem a Deus. Não possuem desejo
pois não sabem como é bom poder estar na presença do Eterno desfrutando de sua
imensurável Graça e bondade. Isso me faz lembrar uma estória que ouvi cerca
feita com o título “É necessário provar”, conto para vocês a mesma:
Um gabola divertia-se
numa praça pública cercada de curiosos. Tinha facilidade de linguagem, fazia
questão de ressaltar sua condição de ateu, e, gratuitamente, ofendia os
presentes interrogando:
- Quem quer discutir
comigo? - pastor, padre, médico, advogado ou um simples crente, suba aqui!
Só um respondeu à
insistência do sabichão e se dirigiu a ele. Era um senhor de trajes humildes.
Nada nele demonstrava capacidade nem erudição. O orador, bazofiando, ainda
tentou humilhá-lo, baseando-se em sua aparência.
O desafiado subiu ao
palco, sentou-se e, indiferente às provocações, tirou uma laranja de um
embrulho, descascou-a e chupou-a... O pregador continuou seus desaforos:
- Veio falar comigo, ou
fazer um piquenique? Depois de chupar a laranja, perguntou ao desafiante:
- O senhor quer me
dizer se a laranja que eu chupei estava doce ou azeda?
- Bem desconfiei que o
senhor é meio maluco, respondeu o orador. Foi o senhor que chupou a laranja,
como quer que eu saiba se estava doce ou azeda?
Nesta altura dos acontecimentos era grande a expectativa geral. Todo o auditório queria saber como terminaria aquilo.
Nesta altura dos acontecimentos era grande a expectativa geral. Todo o auditório queria saber como terminaria aquilo.
- Justamente isso é que
fala em meu favor. Se quem chupou a laranja foi eu, só eu sei se ela estava
doce ou azeda. O senhor não pode falar da experiência da salvação em Cristo se
não passou por ela - continuou.
- Antes de me converter
eu era um beberrão, mau esposo, mau pai: não valia nada. Um dia experimentei a
graça do Evangelho e me tornei outra criatura. Por isso posso falar de ambas as
coisas. Eu conheci ambas as coisas. O senhor só conhece o seu lado ateu. Não
pode falar sobre Deus.
"Provai, e vede
que o Senhor é bom: bem-aventurado o homem que nele confia" (SI 34.8).
Conclusão:
A minha oração é que prossigamos em
conhecer ao Senhor e tenho certeza que lendo a Palavra e a Praticando, buscando
a santidade de Deus e nos relacionando com Ele de forma íntima. Iremos
experimentar um crescimento na Graça de Deus.
Certo de que em Cristo sempre
crescemos na Graça:
Seu
pastor, Roberto Meireles.
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