quinta-feira, 28 de março de 2013

A beleza da cruz - 31/03/2013


Rio de Janeiro, 31 de Março de 2013.

A beleza da cruz.



Nos dias de Lutero, o plano daqueles que se enquadravam na antagônica e egocêntrica Teologia da Glória era construir a Basílica de São Pedro, o que demonstraria toda altivez e poder da Igreja Romana, elevando os méritos do Cristianismo de indulgências e das práticas das barganhas em conquistar, ter, adquirir, possuir. Meu Deus!... Não acha que estas ideias atuais?
Sua intenção era arrancar do Eterno o salvo conduto ao paraíso e por seus méritos pessoais retalhar, renunciar, anular os méritos do sacrifico de Jesus na cruz pela salvação da humanidade. Certa vez, em uma exposição bíblica que falava a cerca do preço do discipulado, expondo o que Jesus disse em Mc 8.31-38 sobre a necessidade de negar-se a si mesmo, uma irmã expressou: “Esse negócio de cruz... minha vida já é por si só um sofrimento!”
Bonhoeffer compreendeu o sentido da cruz e expressou da seguinte maneira: “A cruz não é desventura, nem pesado destino; é o sofrimento da união exclusiva com Cristo. A cruz não é sofrimento casual, mas sofrimento necessário. A cruz não é sofrimento relacionado com a existência natural, mas com o fato de pertencermos a Cristo. A cruz não é essencialmente apenas sofrimento, mas sim sofrimento e rejeição – rejeição no sentido rigoroso, rejeição por amor a Jesus Cristo, e não em consequência de qualquer outra atitude de confissão.”
Ao olharmos a rude cruz não visualizamos algo atraente. Não vemos algo belo, algo que reflita por si mesmo uma beleza própria. A cruz só tem o seu significado por que um dia... Um dia não, melhor dizendo: antes da fundação do mundo, o cordeiro de Deus ofereceu-se a si mesmo pelos seus. A cruz lembra-nos de morte, renúncia, dor, abstinência, humilhação. A cruz lembra-nos o Filho do homem sofredor. Sim, a cruz nos lembra-nos o servo sofredor descrito pelo profeta Isaías. Mas este servo sofredor transformou o sentido, a cor, a simples cruz em uma ferramenta utilizada por Deus para alcançar e consumar o plano da redenção. Nós só conseguimos entender o plano da redenção olhando para cruz. Só conseguimos enxergar o propósito do cristianismo olhando a cruz e entendendo a humilhação do Filho do Homem.
Ele não foi inerte ao meu pecado, Ele não fingiu não ter visto meu sofrimento, Ele não deu as costas às minhas necessidades. Ele não deixou que o pecado me separasse Eternamente de Deus. Nisto consiste a beleza da cruz, em que Ele sendo o mais puro, Ele sendo O Perfeito, Ele sendo o Eterno, Ele sendo o Inalcançável, Ele sendo o Inatingível, se fez próximo e tangível. Mesmo “sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2:6-8).
O apóstolo João expressou a maravilha da encarnação da seguinte maneira: “O que era desde o princípio, o que vimos como os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da Vida. Porque a vida foi manifesta, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada” (I Jo 1:1-2).
Esta é a beleza da cruz: O Deus homem morto pelos pecados de uma humanidade morta em seus pecados! E a cruz ainda continua sendo loucura como diria o apóstolo dos gentios.
É neste fato que reside à beleza da cruz: “Deus escolhe as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele.”(I Co 1:28-29).
Certo de que a cruz só possui beleza pelo sacrifício de Jesus:
Seu pastor, Roberto Meireles.
               

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