Rio de Janeiro, 31 de
Março de 2013.
Nos
dias de Lutero, o plano daqueles que se enquadravam na antagônica e egocêntrica
Teologia da Glória era construir a Basílica de São Pedro, o que demonstraria
toda altivez e poder da Igreja Romana, elevando os méritos do Cristianismo de
indulgências e das práticas das barganhas em conquistar, ter, adquirir,
possuir. Meu Deus!... Não acha que estas ideias atuais?
Sua
intenção era arrancar do Eterno o salvo conduto ao paraíso e por seus méritos
pessoais retalhar, renunciar, anular os méritos do sacrifico de Jesus na cruz
pela salvação da humanidade. Certa vez, em uma exposição bíblica que falava a
cerca do preço do discipulado, expondo o que Jesus disse em Mc 8.31-38 sobre a
necessidade de negar-se a si mesmo, uma irmã expressou: “Esse negócio de
cruz... minha vida já é por si só um sofrimento!”
Bonhoeffer
compreendeu o sentido da cruz e expressou da seguinte maneira: “A cruz não é
desventura, nem pesado destino; é o sofrimento da união exclusiva com Cristo. A
cruz não é sofrimento casual, mas sofrimento necessário. A cruz não é
sofrimento relacionado com a existência natural, mas com o fato de pertencermos
a Cristo. A cruz não é essencialmente apenas sofrimento, mas sim sofrimento e
rejeição – rejeição no sentido rigoroso, rejeição por amor a Jesus Cristo, e
não em consequência de qualquer outra atitude de confissão.”
Ao
olharmos a rude cruz não visualizamos algo atraente. Não vemos algo belo, algo
que reflita por si mesmo uma beleza própria. A cruz só tem o seu significado
por que um dia... Um dia não, melhor dizendo: antes da fundação do mundo, o
cordeiro de Deus ofereceu-se a si mesmo pelos seus. A cruz lembra-nos de morte,
renúncia, dor, abstinência, humilhação. A cruz lembra-nos o Filho do homem
sofredor. Sim, a cruz nos lembra-nos o servo sofredor descrito pelo profeta
Isaías. Mas este servo sofredor transformou o sentido, a cor, a simples cruz em
uma ferramenta utilizada por Deus para alcançar e consumar o plano da redenção.
Nós só conseguimos entender o plano da redenção olhando para cruz. Só
conseguimos enxergar o propósito do cristianismo olhando a cruz e entendendo a
humilhação do Filho do Homem.
Ele
não foi inerte ao meu pecado, Ele não fingiu não ter visto meu sofrimento, Ele
não deu as costas às minhas necessidades. Ele não deixou que o pecado me
separasse Eternamente de Deus. Nisto consiste a beleza da cruz, em que Ele
sendo o mais puro, Ele sendo O Perfeito, Ele sendo o Eterno, Ele sendo o
Inalcançável, Ele sendo o Inatingível, se fez próximo e tangível. Mesmo “sendo
em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a
si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado
na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte
de cruz” (Fp 2:6-8).
O
apóstolo João expressou a maravilha da encarnação da seguinte maneira: “O que
era desde o princípio, o que vimos como os nossos olhos, o que temos
contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da Vida. Porque a vida foi
manifesta, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna,
que estava com o Pai e nos foi manifestada” (I Jo 1:1-2).
Esta é a beleza da cruz: O Deus homem morto pelos pecados de uma humanidade morta em seus pecados! E a cruz ainda continua sendo loucura como diria o apóstolo dos gentios.
É neste fato que reside à beleza da cruz: “Deus escolhe as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele.”(I Co 1:28-29).
Esta é a beleza da cruz: O Deus homem morto pelos pecados de uma humanidade morta em seus pecados! E a cruz ainda continua sendo loucura como diria o apóstolo dos gentios.
É neste fato que reside à beleza da cruz: “Deus escolhe as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele.”(I Co 1:28-29).
Certo
de que a cruz só possui beleza pelo sacrifício de Jesus:
Seu
pastor, Roberto Meireles.
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