quinta-feira, 13 de junho de 2013

A síndrome da mesa principal

Rio de Janeiro, 16 de Junho de 2013.

A síndrome da mesa principal



            Estou lendo um livro de Gene Getz, com o título: “O último degrau da liderança”. Esse livro trata sobre o modelo de liderança de Jesus. Nosso Mestre escolheu ser um líder servo. E, ensinou seus discípulos a tomar a mesma postura dele.
            Certa vez Jesus ensinou sobre a questão de não procurarmos ocupar lugares de destaque, em detrimento a exaltação pessoal. Ele ilustrou este ensinamento falando sobre um banquete de casamento (Lc. 14.8-11).  Fazendo um paralelo com um convidado a um banquete de casamento, que procurou os primeiros lugares na festa. E acabou ficando sem jeito ao ser interpelado pelo noivo, pois o lugar não o pertencia. Porém, se o convidado estivesse no último lugar e fosse chamado pelo noivo a ocupar um lugar destaque, a honra seria dada de forma correta, sem a procura da mesma.
            O nosso Mestre nos deu vários outros exemplos sobre como ser um servo. No evangelho de João, no capítulo treze, nós encontramos o relato do lava pés. Jesus sendo o líder, sendo o Mestre, fez o papel de escravo, ao lavar e enxugar os pés dos discípulos.
            Jesus ensinou de forma prática, que os seus discípulos deviam ser servos. Todavia, os nossos dias estão permeados de valores que vão ao desencontro dos valores do Reino de Deus. Parece-me que as pessoas não estão dispostas a servir. Em seus corações, tem a tendência mundana de serem servidas.
            Nossos arraiais se tornaram recôndito de clientes ao invés de crentes. Esses clientes estão cada vez mais exigentes. E, se sua comunidade cristã para de atender a suas necessidades, eles rapidamente procuram outra que supram as mesmas.
As palavras de nosso Mestre ao dizer: “Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles”. (Lucas 6.31) Foram completamente esquecidas. As pessoas encontram as mais diversas desculpas para não servirem ao seu próximo. Uma das palavras que mais ouço é: “pastor não quero me envolver com nada, pois sou uma pessoa que quando pego algo para fazer, quero fazer o melhor”. Essa é uma das desculpas mais contraditórias. Pois Jesus disse: “que melhor coisa é dar do que receber” (At. 20.35). E, se sigo a Jesus. Sigo aos seus ensinamentos. E o seu ensinamento é que devemos ser servos.
A grande questão são as prioridades e os valores. Nossas vidas são guiadas por quais prioridades e quais valores? Jesus não coloca nenhuma exceção ao dizer: “buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça”. (Mt. 6.33) Ele não parece estar brincando quando diz: “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim”.
A minha oração é que a síndrome da mesa principal não nos contamine. Que sejamos servos uns dos outros, em amor. A semelhança do que o nosso Mestre nos ensinou. Afinal de contas, se ele disse que veio para servir e não para ser servido. Imagine eu e você! Não é verdade?
Certo de que em Cristo todos somos chamados para ser servos:
Seu servo, Roberto Meireles.

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