Rio
de Janeiro, 01 de dezembro de 2013.
Queres ser curado?
Durante o decorrer desta semana
estive meditando sobre essa pergunta de Jesus feita ao homem enfermo há trinta
e oito anos: “Queres ser curado?” (João 5.6) Este homem ficava mendigando junto
ao tanque de Betesda, lugar que acreditavam ser visitado por anjos que tocavam
na água, deixando-a milagrosa para a cura de qualquer tipo de enfermidade.
Se olharmos de imediato a pergunta
de Jesus aquele homem sofredor, podemos pensar que Ele estava sendo incoerente.
Imaginemos. Um homem, que estava enfermo há trinta e oito anos, sem poder
trabalhar, sem poder estar próximo aos seus, de forma digna e sem poder exercer
sua espiritualidade. Um homem que por culpa de sua doença estava desprovido de
sua própria vida. Será que esse homem não queria ser curado? Se olharmos
somente por este prisma, nossa resposta imediata é: “É claro que ele quer ser
curado. Pergunta sem sentido, é óbvio!”
Destarte, nosso Mestre enxergava o
que nenhum de nós pode enxergar. Ele viu o que estava no mais profundo do
coração daquele homem enfermo. E, sendo sabedor do que estava em seu coração, perguntou-lhe
se realmente queria ser curado. Haja vista que a cura ia lhe trazer algumas
implicações imediatas.
O famoso teólogo William Barclay vai
salientar em seu comentário duas possibilidades pelas quais, Jesus possa ter
feito à pergunta. A primeira delas é que o homem ficou trinta e oito anos
esperando para ser curado. Isso é um tempo muito longo, o que poderia ter
ocasionado no coração daquele homem a falta de esperança em sua possível cura.
A
segunda delas é que o homem após ser curado, não mais poderia ter seu sustento
da forma que antes angariava. Ele agora teria que arregaçar as mangas e correr
atrás do pão de cada dia. Como o tempo que ficou enfermo era muito grande, fica
o questionamento sobre como e onde ele poderia obter o seu sustento diário; o
que bem provavelmente trouxe ao seu coração um possível medo de ser curado. E,
Jesus ao ler o seu coração encontrou por lá este pensamento.
O
nome do tanque em que Jesus encontrou o enfermo se chamava, Betesda. A melhor
tradução para este termo é “casa de misericórdia”. Na casa de misericórdia, o
Senhor das misericórdias, operou sua misericórdia, que misericordiosamente
trouxe cura a um homem desprovido de qualquer misericórdia alheia.
Mesmo
enxergando o que havia no coração daquele homem e sabendo das possíveis
implicações. Jesus perguntou-lhe: “Queres ser curado?” Você que está lendo esta
pastoral, fazendo parte ou não de uma “casa de misericórdia” (igreja), que à
semelhança daquele homem enfermo está sem esperança, com medo do futuro,
preocupado com dia de amanhã, etc. O mesmo Jesus que curou aquele homem chega
perto de você, e lhe pergunta: “Queres ser curado?” Os homens estavam com fé em
um mito de um anjo, que poderia proporcionar a cura. Todavia, a cura que Jesus
revelou ao homem foi realizada através da sua Palavra. Minha sincera oração é que
queiramos ser curados de nossas idiossincrasias. E, querendo que a Palavra
produza cura em nós, para a Glória de Deus, o nosso Pai.
Certo
de que em Cristo está a cura que precisamos:
Seu
pastor, Roberto Meireles.
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