Rio de Janeiro,
10 de agosto de 2014.
Onde estão os trabalhadores?
Nossas comunidades cristãs estão
sofrendo cada vez mais para conseguir ter engajamento dos irmãos no serviço do
bom Rei. Uma cultura muito perniciosa tem tomado conta de nossos arraias: a
cultura da profissionalização do que antes era voluntariado. Estou querendo dizer que muitas comunidades
cristãs estão contratando (regime CLT) pessoas para realizarem serviços que
antes eram ocupados por irmãos voluntários. Isso, devido à da falta de pessoas
trabalhando no serviço do bom Rei.
É bem verdade que Jesus já havia nos
advertido dizendo que “a seara era grande, mas poucos são os trabalhadores”.
(Lucas 10:2) Todavia, em os nossos dias, parece que esses poucos trabalhadores,
foram reduzidos drasticamente a pouquíssimos trabalhadores.
Acredito que vale citar um exemplo
do que encontramos em nossos dias: muitas pessoas procuram uma comunidade
cristã que possa atender seus interesses pessoais. Vamos ilustrar o que estamos
tratando para melhor entendimento: pessoas que gostam de boa música procuram
uma igreja que possuem um bom ministério de louvor; casais com filhos pequenos
procuram uma igreja com um ministério infantil bem estruturado.
A concepção de nossos dias não é se
engajar em uma comunidade cristã para servir ao Senhor através dos dons e
talentos que recebi d’Ele, mas a concepção é: como e o que essa comunidade
cristã tem a oferecer para o meu conforto pessoal e o de minha família?
Esse fator tem ocasionado outra
situação. Membros de comunidades cristãs estão migrando para outras comunidades
com mais estruturas. Ou seja, igrejas que podem oferecer a estes irmãos maior
conforto e atendimento de suas necessidades pessoais e familiares, acabam
angariando novos adeptos a sua estrutura.
A percepção de servo faz com que
nossa atenção se volte para aquilo que podemos fazer de melhor para o nosso
Senhor e Salvador, através do serviço aos nossos irmãos. Em prol da edificação
do corpo de Cristo.
Nossa percepção não deve voltar para o que melhor me serve, mas deve ser o
oposto a esse pensamento. Talvez, se conseguíssemos pessoas que pensassem de
outra forma. Exemplo: Pastor, eu confeccionei um projeto para melhorar o
ministério (...) em nossa comunidade. Pastor, eu tive a percepção que estamos
em déficit no ministério (...) e quero me colocar a disposição para servir
nesta área de nossa comunidade. Frases como essas são músicas para o ouvido de
todo líder cristão.
Pense comigo, imagine se nossa
comunidade cristã dependesse de seu trabalho, no Reino, para o progresso do
evangelho. Como será que estaria esse desempenho? Imagine se você fosse alvo
das reclamações e fofocas que você faz, ou que outros fazem. Como você se
sentiria?
Devemos sempre nos lembrar de que a
igreja somos nós, e nós somos a igreja. Quando você ou alguém fala mal de sua
comunidade cristã, de seu pastor, de seu líder de ministério, ou de alguma outra
área da sua igreja, essa pessoa está simplesmente atingindo a si mesma. Haja
vista que somos um corpo, e quando um membro do corpo sofre, todo o corpo sofre
junto.
Esse mês nós iremos trabalhar o
tema: dons e ministérios. Queremos incentivar a todos a se engajarem em alguma
área da igreja e exercitarem o dom que Deus nos deu visando à edificação de seu
corpo. O Eterno ainda precisa de trabalhadores. E sua pergunta é: Onde estão os
trabalhadores da minha seara?
Que o Senhor nos ajude. Que o
Altíssimo sobre nós derrame sua graça e nos dê vigor, força e saúde para
arregaçarmos as mangas e trabalharmos arduamente em seu serviço.
Certo de que Cristo está edificando
sua igreja:
Seu pastor, Roberto Meireles.
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