Rio
de Janeiro, 02 de Novembro de 2014.
Adorar é reconhecer a razão de
nossa existência.
Existe uma grande confusão sobre a
real compreensão acerca do que é adoração. Nossas igrejas estão repletas de
pessoas que sentam em nossos bancos, e muitas vezes o ocupam já há longos anos,
todavia ainda não sabem o verdadeiro significado Bíblico para adoração.
Essa questão me fez lembrar a
ilustração usada pelo Dr. Russell P. Shedd em seu livro Adoração Bíblica: “Uma
criança, ao ver um grande anúncio à entrada de uma cidade, convidando as
pessoas a cultuarem na igreja de sua escolha, perguntou ao seu pai: - O que
significa cultuar? O pai respondeu-lhe: - Significa ir à igreja e escutar o
sermão do pregador. Provavelmente a maioria dos membros das nossas igrejas responderia
de modo semelhante.”[1]
Durante todo o mês de novembro
iremos vivenciar o mês da música em nossa comunidade cristã. E, partindo desse
pressuposto iremos refletir sobre o tema: “A adorar é...”
Nesse primeiro domingo iremos
refletir sobre o tema: “Adorar é reconhecer a razão da nossa existência”. Já
que estamos na semana em que celebramos ao Senhor pelo dia da reforma
protestante, dia trinta e um de outubro, vale muito a pena citar a primeira
pergunta do catecismo de Westminster. Literatura esta adotada pela igreja
Presbiteriana na Escócia em 1648, tempos após a reforma protestante. Texto esse
que até hoje é referencial para a igreja Presbiteriana. A pergunta é: “Qual é o
fim principal do homem? Resposta: O fim principal do homem é glorificar a Deus,
e gozá-lo para sempre. Referências Bíblicas: Rm. 11.36; I Co. 10.31; Sl.
73.25-26; Rm. 14.7-8; Ef. 1.5-6; Is. 60.21; 61.3.”
O Altíssimo criou o homem para que o
mesmo pudesse desenvolver um relacionamento com Ele a fim de adorá-lo, de
prestar-lhe culto: “E todos os do teu
povo serão justos, para sempre herdarão a terra; serão renovos por mim
plantados, obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado”. (Isaías 60.21)
Tendo como base nas Escrituras, e nos
registros teológicos patrísticos e reformados, podemos afirmar que adorar é
reconhecer a razão pela qual fomos criados por Deus. É descobrir a razão de
nossa existência. É entender que nós não fomos criados por Deus somente para ter
uma existência efêmera neste tempo presente. Mas, fomos criados por Deus para
eternamente desfrutarmos de sua bendita presença e adorá-lo com tudo o que
temos e somos neste tempo presente e durante toda eternidade.
Nosso desafio durante este mês de
novembro será quebrar alguns paradigmas que nós absorvemos, meio que por osmose
devido a nossa influência da teologia romana, como também por herança cultural
da colonização de nossa nação. Vamos nos aprofundar nos textos Bíblicos que falam
sobre conceitos de adoração. De modo que tentemos desmistificar algumas coisas
para construirmos um arcabouço teológico Bíblico coerente de acordo com as
Sagradas Escrituras.
Certo de que o Cordeiro que foi
morto é digno de ser adorado:
Seu pastor, Roberto Meireles.
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