Rio
de Janeiro, 09 de novembro de 2014.
Adorar é render-se integralmente ao
que É digno!
Como disse em minha pastoral da
semana passada. Adorar é muito mais que simplesmente atos de externalizações de
nossa fé. Adoração tem haver com entender o real sentido de nossa existência.
Afinal de contas, as Escrituras Sagradas nos ensinam que fomos criados para o
louvor e glória do nosso Deus.
Tendo lançado esse pressuposto
inicial. Uma vez descoberto o real sentido de nossa existência. Devemos agora
render tudo o que temos e somos para adorar ao único que é digno de receber de
nós todo louvor, glória e honra que lhes são devidos. E mais uma vez repito,
esse tipo de adoração não tem nada a haver com atos religiosos ou cumprimento,
mas tem tudo haver com um coração quebrantado e contrito ao qual jamais Deus rejeitará segundo a sua Palavra. (Sl. 51.17)
No Antigo Testamento era necessário
todo um preparo no altar para que o sacrifício fosse oferecido ao Senhor. O
altar não podia conter impurezas, não podia ser profanado, o mesmo deveria
estar de acordo com as instruções que dera ao seu servo Moisés. Somente depois
de o altar estar pronto, totalmente pronto, o holocausto era oferecido em
sacrifício ao nome do Senhor.
Algumas pessoas querem adorar a Deus
com uma vida totalmente corrompida pelo pecado, vivendo a sua vontade e não a
vontade de Deus. O apóstolo Paulo ao escrever aos Romanos no capítulo doze
compara nossas vidas ao altar onde era oferecido o sacrífico na Antiga Aliança.
Paulo vai nos dizer que nossa vida deve estar preparada para ser um sacrifício
de louvor ao nome do nosso Deus.
Esse princípio fez-me lembrar da
história do profeta Elias e dos quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e
quatrocentos e cinquenta de Assera no monte Carmelo. Elias antes de oferecer o
sacrifício ao Senhor ele teve que restaurar o altar de Israel que estava
totalmente desonrado e profanado pelos israelitas. O profeta só viu descer fogo
do céu quando o mesmo restaurou o altar.
Gostaria de fazê-lo pensar sobre
isso neste dia. Como está o seu altar de adoração? Ou traduzindo esta pergunta
para uma linguagem mais objetiva: como está a sua vida de santidade diante de
Deus e dos homens?
É impossível render-se integralmente
ao que É digno sem possuir um altar restaurado por Ele e para Ele. O apóstolo
João relata em sua narrativa, que Jesus em seu diálogo com a mulher de Samaria
disse: “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e
em verdade”. (Jo. 4.4) Ou seja: que tenham uma vida digna diante d’Ele.
Vamos analisar as atitudes que Elias
teve ao restaurar o altar de Israel e vamos extrair ensinamento para nossas
vidas. Convido você para se juntar a mim na expectativa de nos encontrarmos com
um altar pronto, para oferecer a Deus um sacrifício de louvor e adoração.
Ao pensar sobre esta questão
lembrei-me de uma ilustração: Marie
Curie, que nasceu neste dia em 1867, descobriu o rádium, um metal
branco-prateado. Há muito pouca quantidade desse metal no mundo todo.
O rádium aparece muitas
vezes misturado com outras substâncias, e tem a aparência de sal de cozinha.
Todavia, eu aconselharia você não temperar a comida com ele! O rádium desprende
intensa radiação capaz de produzir queimaduras difíceis de sarar.
A queimadura pelo
rádium não aparece imediatamente após a exposição. Muitas vezes decorrem vários
dias antes que a pele se mostre vermelha e dolorida. A mortífera irradiação
pode também destruir os glóbulos vermelhos do sangue.
Marie Curie recebeu o
Prêmio Nobel duas vezes por seus trabalhos com o rádium. Ela trabalhou
incansavelmente com material radioativo para conseguir extrair uns poucos
miligramas desse metal. A constante exposição queimou-lhe a pele muitas vezes,
deixando cicatrizes. Ela não sabia que os raios do metal lhe estavam destruindo
as células vermelhas do sangue. Seu corpo não conseguia produzir novos glóbulos
vermelhos depressa o bastante para repor a perda, e ela morreu como resultado
de suas experiências.
De algum modo o pecado
é como o rádium. Sua aparência inofensiva é um engano. Podemos não perceber os
resultados imediatamente, mas no fim o resultado será a morte. Às vezes os
efeitos do rádiüm podem ser vistos nas cicatrizes que ele deixa. O pecado
também deixa cicatrizes visíveis. Podemos ver tais cicatrizes na vida dos
ébrios, dos viciados em tóxicos, e dos ladrões comuns. Podemos ver as
cicatrizes do pecado em enfermidades da mente e do corpo. Nós as podemos ver no
rosto de infelizes homens e mulheres egoístas.
Entretanto, grande
parte da atuação do rádium se dá no interior do corpo, onde destrói as células
vermelhas do sangue. O pecado também opera no íntimo, destruindo a vida
silenciosamente. Embora não possamos ver as marcas do pecado imediatamente em
nossa vida, acabamos morrendo em virtude da sua irradiação, assim como Marie
Curie morreu pela exposição aos raios radiativos. Nossa única esperança é
proferir a oração de Davi que é o nosso versículo desta manhã: "Lava-me
completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado."[1]
Não deixe que o pecado destrua seu
altar, seu corpo, sua vida, seus sonhos, sua relação com Deus, não se entregue,
lute! Deus é contigo! É tempo de reconstruir o altar!
Certo de que em Cristo nossas vidas
podem oferecer sacrifícios que agradem a Deus:
Seu pastor, Roberto Meireles.
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