domingo, 7 de abril de 2024

18º Dia – Tendo uma vida em comum.

 


18º Dia – Tendo uma vida em comum.

“A paz de Cristo, para a qual também fostes chamados em um só corpo, domine em vossos corações, e sede agradecidos” (Colossenses 3.15)

“Como é bom e agradável os irmãos viverem em união!” (Salmos 133.1)

A vida foi feita para ser partilhada.

A Bíblia chama, esta experiência compartilhada, de comunhão. Hoje em dia a palavra perdeu grande parte do seu significado: Comunhão ou confraternização hoje se refere a uma conversa casual, uma atividade social, comida e diversão. Ficar para a confraternização, hoje normalmente, significa esperar pelo lanche. A real comunhão significa muito mais do que apenas aparecer nos cultos. É ter vida em comum. É amar altruisticamente: compartilhar com transparência, servir nas necessidades práticas.

Quando se trata de comunhão, o tamanho do grupo importa: quanto menor, melhor. Você pode adorar no meio da multidão, mas não pode ter comunhão com ela. Quando o grupo se torna maior do que 10 pessoas, alguém deixa de participar. Jesus ministrou no contexto de um pequeno grupo de discípulos. O corpo de Cristo, assim como seu próprio corpo, é na verdade um conjunto de muitas pequenas células. A vida do corpo de Cristo, tal como seu corpo, está contida no interior das células.

Por esta razão, todo cristão deve estar envolvido em um pequeno grupo dentro de sua Igreja. É ali que ocorre a verdadeira comunhão, e não nas grandes reuniões. Deus fez uma fantástica promessa a respeito de grupos pequenos de crentes. “Pois onde dois ou três se reúnem em meu nome, ali estou no meio deles”(Mateus 18.20) .

Qual a diferença entre a comunhão verdadeira e a falsa?

Na comunhão verdadeira, os crentes encontram autenticidade. A comunhão autêntica não é superficial. É genuína, de coração para coração, às vezes permitindo partilhar coisas íntimas. Autenticidade é exatamente o oposto do que você encontra por aí.

Em vez de uma atmosfera de honestidade e humildade, há uma conversação fingida, representada, politiqueira, frívola. É somente quando somos abertos sobre nossa vida que experimentamos a real comunhão. “Mas, se andarmos na luz, assim como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado algum, enganamos a nós mesmos, e a verdade não está em nós”(I João 1.7-8). O mundo pensa que a intimidade ocorre na escuridão; mas, Deus diz que ocorre na luz. Ser autêntico exige tanto coragem quanto humildade.

Nós só crescemos assumindo riscos. O mais difícil risco de todos é sermos honestos com nós mesmos e com os outros. Na comunhão verdadeira, as pessoas encontram reciprocidade. Reciprocidade é a arte de dar e receber. É depender um do outro. “Para que não haja divisão no corpo, mas para que os membros tenham igual cuidado uns pelos outros” (I Coríntios 12.25). Mutualidade é o coração da comunhão: edificar relacionamentos recíprocos, dividir responsabilidades e ajudar uns aos outros. Todos somos mais constantes em nossa fé, quando outras pessoas caminham conosco e nos incentivam (Leia: Rm. 12.10; 14.19). Você não é responsável por todos no corpo de Cristo; mas é responsável para com eles. Deus espera que você faça tudo o que puder para ajudá-los. Na comunhão verdadeira, as pessoas encontram compaixão. Compaixão não é dar um conselho ou oferecer uma ajuda rápida, superficial. Compaixão é penetrar e partilhar a dor dos outros.

Algumas pessoas chamam isto de empatia, mas a palavra bíblica é compaixão. “Então, como santos e amados eleitos de Deus, revesti-vos de um coração cheio de compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando e perdoando uns aos outros; se alguém tiver alguma queixa contra o outro, assim como o Senhor vos perdoou, também perdoai. E, acima de tudo, revesti-vos do amor, que é o vínculo da perfeição” (Colossenses 3.12). A compaixão alcança duas necessidades fundamentais do ser humano: A necessidade de ser compreendido. A necessidade de ter seus sentimentos confirmados. Toda vez que compreende e confirma o sentimento de alguém, você constrói comunhão. A auto piedade esgota completamente a compaixão pelas outras pessoas. Existem diferentes níveis de comunhão.

Os mais superficiais são: A comunhão de colaboração e a comunhão de estudo da Palavra de Deus em conjunto. Em nível mais profundo, está a comunhão de serviço. O nível mais profundo e intenso é a comunhão de sofrimento (Leia: Fp. 3.10; Hb. 10.33,34; Gl. 6.2). Quando as circunstâncias nos esmagam a ponto de nossa fé vacilar, é que mais precisamos de amigos crentes. Em um grupo pequeno, o corpo de Cristo é real e palpável, mesmo quando Deus parece distante.

Na comunhão verdadeira as pessoas encontram misericórdia. A comunhão é uma situação em que opera a graça; em que os erros não são lembrados, mas apagados. A comunhão acontece quando a misericórdia triunfa sobre a justiça. Precisamos oferecer misericórdia uns aos outros e estar dispostos a recebe-la uns dos outros. “Assim, pelo contrário, deveis perdoá-lo e consolá-lo, para que não seja consumido por tristeza excessiva.”(II Coríntios 2.7) Você não pode ter comunhão sem que haja perdão.

Como somos imperfeitos e pecadores, inevitavelmente magoamos uns aos outros, quando ficamos juntos por algum tempo. Às vezes magoamos intencionalmente e às vezes sem querer. De qualquer forma, são necessárias enormes quantidades de graça e misericórdia para manter a comunhão. A misericórdia de Deus para conosco é um estímulo para mostrarmos misericórdia com os outros.

Lembre-se: jamais lhe será pedido que perdoe a alguém mais do que Deus já lhe perdoou. Muitas pessoas relutam em mostrar misericórdia, porque não sabem a diferença entre confiar e perdoar. Perdoar é esquecer o passado. Confiar tem relação com comportamento futuro. O perdão deve ser imediato tenha ou não a pessoa pedido por ele. A confiança deve ser reconstruída com o transcurso do tempo. Se o magoam repetidamente, Deus lhe ordena que perdoe imediatamente. Não se espera que você volte a confiar imediatamente. As pessoas devem mostrar que mudaram com o tempo. Existem muitos outros benefícios que você irá experimentar, ao fazer parte de um grupo pequeno comprometido com a verdadeira comunhão. Por quase dois mil anos, os cristãos têm -se reunido regularmente em grupos pequenos para buscar comunhão. Espero que este capítulo o tenha deixado ansioso para experimentar a autenticidade, reciprocidade, a compaixão e a misericórdia da verdadeira comunhão. Você foi criado para viver em comunidade.

Pensando sobre o meu propósito:

Um tema para reflexão - Preciso de outras pessoas em minha vida.

Um versículo para memorizar – “Levai os fardos uns dos outros e assim estareis cumprindo a lei de Cristo” ( Gálatas 6.12).

Uma pergunta para meditar - Que passo posso dar hoje para me unir a outro crente de

forma mais íntima e verdadeira?

 

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