domingo, 7 de abril de 2024

19º DIA – Cultivando a comunidade.

 


19º DIA – Cultivando a comunidade.

“O fruto da justiça semeia-se em paz para aqueles que promovem a paz”(Thiago 3.18).

“E eles perseveravam no ensino dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. (Atos 2.42)”.

Comunidade exige comprometimento.

Somente o Espírito Santo de Deus pode criar a verdadeira comunhão entre crentes. Ele processa isto através de escolhas e compromissos que fazemos. “Procurando cuidadosamente manter a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Efésios 4.3). É necessário tanto o poder de Deus quanto o nosso esforço para produzir uma comunidade cristã amorosa. Muitas pessoas crescem em famílias com relacionamentos perniciosos. Elas devem ser ensinadas a se relacionarem com pessoas da família de Deus.

O Novo Testamento é cheio de instruções sobre como partilhar uma vida. “Deve governar bem a própria casa, mantendo os filhos em sujeição, com todo o respeito. Pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?” (I Timóteo 3.4-5)

Se você gostaria de cultivar uma comunidade com uma comunhão verdadeira, terá que fazer algumas escolhas difíceis e assumir alguns riscos.

Formar uma comunidade exige sinceridade. Você deverá ter uma grande dedicação a falar a verdade de forma carinhosa. Muitas comunidades são sabotadas pelo medo: ninguém tem coragem de falar em meio ao grupo, enquanto a vida de um membro desmorona. A Bíblia nos manda falar a verdade em amor. (Leia: Ef. 4.15; Pv. 24.26; Gl. 6.1,2).

Muitas comunidades e grupos pequenos permanecem superficiais por terem receio de conflitos. O sr. “Panos quentes” intervém e tenta aplacar os ânimos. Todos sabem, mas ninguém fala. Isto cria o ambiente doentio de segredos, e floresce a fofoca. A verdadeira comunhão, seja no casamento, seja na amizade, seja na Igreja, depende da franqueza. Quando um conflito é tratado corretamente, crescemos em intimidade uns com os outros ao enfrentar e resolver nossas diferenças. “Quem repreende os outros terá mais aceitação do que o que bajula demais” (Provérbios 28.23). Franqueza não é uma licença para dizer o que se quer, onde quiser e quando quiser (Leia: Ec. 8.6; 1Tm. 5.1,2).

Franqueza não é grosseria. Milhares de comunidades foram destruídas por falta de honestidade (Leia: 1Co.5.3-12). Formar uma comunidade exige humildade. A presunção, o convencimento e o orgulho obstinado destroem a comunidade mais rápido que qualquer outra coisa. O orgulho ergue muros entre as pessoas; a humildade ergue pontes. “Do mesmo modo, vós, os mais jovens, sujeitai-vos aos presbíteros.* Tende todos uma disposição humilde uns para com os outros, porque Deus se opõe aos arrogantes, mas dá graça aos humildes” (I Pedro 5.5). Outra razão pela qual precisamos ser humildes: o orgulho obstrui a graça de Deus em nossa vida.

Recebemos a graça de Deus ao admitirmos que precisamos dela. No momento em que somos arrogantes, vivemos em oposição a Deus. Você pode desenvolver a humildade de várias maneiras práticas: Admitindo suas fraquezas, sendo paciente com as fraquezas dos outros. Estando aberto para admoestações e pondo os outros em evidência (Leia: Rm. 12.16; Fp. 2.3,4). Humildade não é pensar menos de si, mas pensar menos em si mesmo. Humildade é pensar mais nos outros. Formar uma comunidade exige cortesia. Somos corteses quando respeitamos nossas diferenças e somos cuidadosos com os sentimentos dos outros e pacientes com as pessoas que nos irritam (Leia: Rm. 15.2; Tt. 3.2). Em toda Igreja e em todo pequeno grupo, há sempre pelo menos uma pessoa “difícil”.

Estas pessoas podem ter carências emocionais, insegurança, maneirismos irritantes e escassas habilidades sociais. Você deve chamá-las de NTE (Necessária Tolerância Extra). Deus pôs estas pessoas em nosso meio, tanto para benefício delas, quanto nosso. Elas são uma oportunidade para crescermos e um teste para a comunhão. Será que conseguiremos amá-las como irmãos e irmãs, tratando as com dignidade? Em uma família, a aceitação não se baseia em quanto você é esperto, bonito ou talentoso.

Um membro da família pode ser um pouco pateta, mas ainda assim é um de nós. Da mesma forma a Bíblia diz: “Amai-vos de coração uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.” (Romanos 12.10). A verdade é que todos temos excentricidades e traços de temperamento irritante; mas comunidade não tem nada a ver com compatibilidade. Um segredo para a cortesia é saber de onde as pessoas estão vindo.

Descubra o histórico delas. Quando você souber por que coisas passaram, certamente será mais compreensivo. Outra parte da cortesia é não subestimar as dúvidas das pessoas. Formar uma comunidade exige sigilo. Somente em um ambiente seguro com sigilo confiável, as pessoas se abrirão e compartilharão as mágoas, necessidades e erros. Sigilo não significa ficar em silêncio, enquanto seu irmão ou irmã peca. Sigilo é saber que o que for comentado no grupo ficará restrito ao grupo. O grupo precisa conviver com isto e evitar a fofoca.

Deus detesta a fofoca, principalmente quando é maldosamente disfarçada como “pedido de oração”. “O perverso espalha contendas, e o difamador separa amigos íntimos” (Provérbios 16.28) A fofoca causa mágoa e discórdia; e destrói amizades. “Depois de exortar a primeira e a segunda vez alguém que causa divisões, passa a evitá-lo.” (Tito 3.10)

 Formar uma comunidade exige constância. Você deve manter um contato regular e constante com seu grupo. Relacionamentos exigem tempo. “Não abandonemos a prática de nos reunir, como é costume de alguns, mas, pelo contrário, animemo-nos uns aos outros, quanto mais vedes que o Dia se aproxima” (Hebreus 10.25) Devemos desenvolver o hábito de nos reunir. Hábito é algo que você faz com freqüência, e não uma vez ou outra. Você tem de passar tempo com as pessoas para estabelecer relacionamentos íntimos. É por isso que a comunhão é tão superficial em muitas Igrejas. Uma comunidade não é formada de acordo com nossa conveniência, mas na convicção de que ela é necessária para nossa saúde espiritual. Se você quer cultivar uma comunhão verdadeira, terá que reunir mesmo que não tenha vontade. Os primeiros cristãos se reuniam todos os dias.  Viver em comunhão requer investimento de tempo.

Se você é membro de um grupo pequeno ou de uma classe de EBD, recomendo que se faça um pacto entre todos, o qual inclua as nove características da comunhão bíblica:

Partilharemos nossos verdadeiros sentimentos – autenticidade. Incentivaremos uns aos outros – reciprocidade. Apoiaremos uns aos outros – compaixão. Perdoaremos uns aos outros – misericórdia. Falaremos a verdade com amor – sinceridade.  Admitiremos nossas fraquezas – humildade.  Respeitaremos nossas diferenças – cortesia. Não fofocaremos – sigilo. Faremos do grupo uma prioridade – constância.

Os benefícios de dividir a vida com os outros suplantam largamente os custos e nos preparam para o céu.

Pensando sobre o meu propósito:

Um tema para reflexão - Comunidade exige comprometimento.

Um versículo para memorizar - 1Jo. 3.16.

Uma pergunta para meditar - Como posso hoje ajudar a criar as características de uma comunidade verdadeira em meu grupo pequeno e em minha Igreja?

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