domingo, 9 de março de 2025

Uma maravilhosa salvação - 1 Pedro 1:10-12

 


Rio de Janeiro, 09 de maço de 2025.

Série de Sermões – Peregrinos

Tema da Mensagem – Uma maravilhosa salvação.

Texto Base - 1 Pedro 1:10-12

 “Foi essa salvação que os profetas examinaram e dela procuraram saber com cuidado, profetizando sobre a graça destinada a vós, indagando qual o tempo ou ocasião que o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava ao predizer os sofrimentos que sobreviriam a Cristo e a glória que viria depois desses sofrimentos. A eles foi revelado que era para vós, e não para si mesmos, que eles ministravam essas coisas, que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho. Até mesmo os anjos desejam examinar* tais coisas”. (1 Pedro 1:10-12)

 

            O apóstolo Pedro continua desenvolvendo sua linha de pensamento acerca da salvação ao qual ele expressa sua preciosidade e grandeza. Wayne Grudem destaca que precisamos analisar estes versos associados ao verso nove. Diz Grudem que a melhor tradução seria “Com relação a tal salvação”. Na linguagem que usamos aqui em nossa igreja se encontra “Foi essa salvação...”

Pedro continua a discorrer sobre essa maravilhosa salvação proporcionada pelo Senhor através da sua vida, morte e ressurreição. Ele aproveita para evidenciar que a salvação já foi anunciada há séculos atrás pelos profetas. Todavia, eles não tiveram o privilégio de presenciar.

Alguns estudiosos vão salientar que essa menção realizada por Pedro é uma prova da ligação existente entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento. Vale ressaltar o fato de que a salvação sempre esteve presente na história.

Simom Kistemaker destaca quatro atitudes descritas pelo apóstolo Pedro em relação aos profetas: 1) profetizaram; 2) examinaram; 3) investigaram; 4) Previsão.

 

1) Profetizaram - O Pedro fala que os profetas anunciaram essa salvação. Os profetas ditos por eles são os homens que anunciaram o que o apóstolo chamou de "graça", traduzido como salvação, mas podendo haver uma ideia mais profunda de um reino cheio de graça, um lugar de vida plena. Kistemaker chega a citar dois textos que possibilitam essa percepção:

 

"O cetro não se afastará de Judá, nem o bastão de autoridade, de entre seus pés, até que venha aquele a quem pertence; e os povos obedecerão a ele." (Gênesis 49.10)

 

"Mas, durante o reinado desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído. A soberania desse reino não passará a outro povo, mas ele destruirá e consumirá todos esses reinos, e subsistirá para sempre." (Daniel 2.44)

 

2) Examinaram - Os profetas levavam muito a sério seu ofício. Eles não somente profetizavam, mas também procuravam entender do que se tratava a profecia que estavam recebendo do Senhor. Do que a mesma se tratava, quais eram suas implicações. Enfim, eles desejavam entender a vontade de Deus para poderem orientar ao povo de Deus.

 

3) Investigaram - Os profetas sabiam acerca do Messias. Todavia, eles desejavam obter mais detalhes; desejavam ter mais detalhes. Eles tinham algumas informações tais como: seu nascimento (Is 7.14; 9.6; 11.1); seu ministério (Is 11.2-5; 35:4-6; 61:1-2); seu sofrimento e morte (Is 52.13; 53.12). Além de Isaías, o profeta Miquéias previu o lugar de seu nascimento (Mq 5.2)

 

4) Previsão - Na verdade quem profetizava, anunciava a vontade de Deus não eram os profetas, mas sim o Espírito Santo. Era o Espírito que os direcionava, os guiavam a vontade de Deus. O texto nos faz ter esse entendimento que os profetas eram desejosos de entender mais acerca da salvação, da vontade de Deus e assim o Espírito os ia esclarecendo.

 

"O parágrafo inteiro tem um sabor acentuado da novidade e da excelência da era da igreja. Pedro diz a seus leitores: os profetas do passado predisseram a graça que seria destinada "a vós" (v.10); vocês vivem em um maravilhoso "tempo" de "glórias" (v.11) há muito profetizado; os profetas na verdade ministravam "para vos" (v.12b); e eventos que transformam o mundo agora vos foram" proclamados por meio da atuação do Espírito Santo "enviado" do céu como um novo poder que transforma as épocas (v.12b). Embora o mundo pudesse pensar que tais cristãos eram insignificantes e dignos de pena ou desprezo (veja 3.14-16; 4.4), os anjos, que enxergaram a realidade suprema da perspectiva de Deus, consideram-nos objeto de profundo interesse (v.12c), pois sabem que, na realidade, esses crentes que estão na luta são os beneficiários das maiores bençãos de Deus e ilustres participantes em um grande drama no ponto crítico da história universal. Nós também podemos considerar a nossa vida cristã igualmente privilegiada e interessante para os santos anjos tanto quanto a vida dos leitores de Pedro."[1]



[1] GRUDEM, Wayne. Introdução e comentário 1 Pedro. São Paulo: Editora Vida Nova, 2016, pg. 75.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

2º Capítulo – A Igreja de Jerusalém e a missão aos Gentios.

2º Capítulo   – A Igreja de Jerusalém e a missão aos Gentios.   A Igreja de Jerusalém: “… os que lhe aceitaram a palavra foram batizados...