Mudando para ser mudado!
Em minha devocional, estava escutando um cântico que diz: “Não tenho medo de sair marcado, desde que me mudes”.
Então me veio ao coração o texto de Gênesis 32: 22-32. Um texto muito conhecido e pregado, porém como outras ênfases. E comecei a refletir sobre este texto tão rico e complexo. Descobri que me assemelho a Jacó em muitas coisas. Uma delas, diria eu, o medo de ser que eu fui designado a ser. Foi então que me veio a frase ao coração, “preciso mudar para ser mudado”. Em análise rápida da frase, chega-se a conclusão em um sentido redundante, porém é uma frase muito significativa dentro deste contexto de Jacó, e refleti neste texto aplicando-o em minha vida, partindo do pressuposto da vida de Jacó, e achei algumas coisas muito semelhantes dentro do aspecto de mudar para ser mudado:
Preciso mudar minhas concepções e conceitos sobre mim, pelas pessoas e pelo Senhor. E fiz a seguinte pergunta ao texto, e também a mim: ”Como me vejo partindo de meus princípios e ideais? E como Jacó se via partindo de seus princípios e ideais?”
Notei uma resposta em comum entre nós, tínhamos medo de mudar nosso caráter, creio que por um simples motivo. Porque para está mudança é necessário sentir dor. Esta mudança implica em atitudes diferenciadas, em sentimentos para com próximo. Porque essa mudança se dá de dentro para fora, e nós por nós mesmos (eu e Jacó) não podemos fazer nada, mas assim como Jacó, o próprio Deus é que fará esse processo de transição, para isso ele usará dos mais diversos recursos, no caso de Jacó foram seus medos, seus anseios. Em meu caso estou mudando meus resquícios de aprendizado familiar, resquícios de uma vida voltada para proveitos próprios, ou seja:meu ego, meu egoísmo, minha vaidade, estas áreas estão sendo tocadas por Deus, e confesso que tenho sentido muita dor, mas mesmo assim repito a frase do cântico que diz: Não tenho medo de sair marcado, desde que me mudes”.
Outro fato é o conceito de pessoas, assim como eu, Jacó se aproveitou muitas vezes de sua posição, de quem ele era para seu povo, de seu relacionamento familiar com sua mãe para se beneficiar. Quero confessar que eu também assim o fiz em muitas vezes de minha vida, mas durante a luta Jacó foi mudado. Já em quanto a mim, enquanto as dificuldades, em quanto as solidões, enquanto às más interpretações feita pelos meus sobre mim, enquanto a minha luta pela vida de meu irmão enquanto as diversas lutas com a vida.Eu senti um toque, não na coxa como Jacó, mas sim no coração.E por isso aquela frase ecoa tanto em meus ouvidos: Não tenho medo de sair marcado, desde que me mudes”.
E por último meu conceito sobre Deus, Jacó conhecia o Deus de Isaque, de Abrão mais ele por ele mesmo, ainda não tinha um encontro com Deus. Em meu caso sempre fui um cara muito racional, muitas vezes cético. Para se ter uma idéia em meus sete primeiros meses de nascido para Cristo, eu tive o privilégio de ler o Novo Testamento 7 vezes, li livros de teólogos como Israel Belo de Azevedo, John Stott, Hernandes Dias Lopes, com 1 ano comprei minha primeira teologia sistemática, a Teologia Sistemática de Louis Berkhof, o que me fez ter um pensamento teológico engessado por meus dogmas e conceitos, Infelizmente confesso que defini o Senhor e não o conceituei, o que me fez perder muito tempo de minha vida Cristã julgando e comparando a Bíblia todo e qualquer tipo de experiência que o próprio Deus queria ter comigo. E nunca havia experimentando uma teologia cotidiana, aplicada diretamente a vida. Engraçado que quantas vezes estudei que muitos conceitos sobre Deus se deram em Seu relacionamento com os seus, como por exemplo Abrão no Moriá com a provisão do cordeiro para o sacrifício, o que originou o nome Jeová Jiré. Mas assim como Jacó eu tive um encontro com Deus e experimentei o Seu sobrenatural, e o engraçado é que muitos dos meus conceitos teológicos sobre Deus, hoje não são apenas conceitos, hoje são vida e vida em abundância.
E o mais interessante é que assim como Jacó venceu eu também venci, o que gerou um grande paradoxo, entre a morte e a vitória, mesmo vencendo eu e Jacó tivemos que morrer. Isso no que diz respeito ao mundo, aos meus prazeres e também para minha vida e passando a viver para Cristo. Por mais que doa, por mais que seja agora algo aparentemente instransponível, Ele está me preparando para enfrentar o meu último inimigo a morte. E assim prossigo canto como Paulo o cântico da vitória:
“Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória.Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão. “
( I Co 15:50-55)
E assim continuo a cantar ao Senhor: “Não tenho medo de sair marcado, desde que me mudes”.
Nele, em que me marcou para eternidade.
Roberto Meireles
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