Rio
de Janeiro, 08 de Junho de 2012.
O ministério pastoral sobre a cosmovisão
de um jovem pastor.
Meu
nome é Roberto, sou pastor Batista, é verdade; um jovem pastor. Aos 21 anos de
idade, o Senhor me chamou ao santo ministério. Recém-casado, no início foi bem
difícil de acreditar que um cara, dos meus moldes, poderia ser chamado por Deus
para uma tão excelente obra.
Aos vinte e três anos de idade, o Eterno
me agraciou com uma linda dádiva chamada Leticia. Três meses depois, fui
encaminhado ao seminário teológico Betel, neste tempo, membro da PIB em Oswaldo
Cruz, pastoreado pelo querido Pr. Joel da Silva Siqueira. Entrei no seminário
no ano de 2007 e me graduei-me em 2010. Em 19/03/2011, passei pelo concílio
pastoral convocado por minha igreja, com vista à ordenação ao ministério. Em 26/03/2011,
fui ordenado ao ministério pastoral.
No dia de meu concílio, conheci um
cara que iria se tornar um grande amigo e paizão; Pr. Reginaldo Nunes Gregório.
Pastor Reginaldo me convidou para pregar em sua igreja, a Primeira Igreja
Batista em Rocha Miranda. Em 17/04/2011, entrava eu pela primeira na igreja
acima referida. Ao pisar naquela igreja, sabia que Deus estava querendo algo a
mais comigo e com minha família.
Logo após o culto, o Pr. Reginaldo
perguntou-me se poderia retornar na terça-feira para poder conversar com ele.
Retornei então no dia solicitado. E o nosso querido pastor nos fez o convite
para se tornar seu pastor auxiliar. Eu e minha esposa (Vivian) estávamos orando
pedindo a Deus direção em relação ao nosso ministério. Deus então nos
direcionou a Rocha Miranda.
Foi uma daquelas paixões
arrebatadoras. Daquelas que nos levam as nuvens. Daquelas que nos fazem
esquecer do tempo. De fato, me entreguei por inteiro a esse novo relacionamento
que se iniciava (minha família e igreja). Esmerei-me ao máximo para cumprir com
excelência o que Deus estava delegando a mim. É lógico, dentro das limitações
de minha fraca existência.
Coloquei-me a disposição de meu
pastor. Nós começamos a trabalhar duro na seara do Senhor. Todos os dias meus
joelhos se dobravam em oração e súplica ao nosso Deus por nossa comunidade
cristã. E desde então permanecemos nesta mesma veemência e dedicação.
Durante este primeiro ano de
ministério. Fiz o que todo pastor de um modo geral faz em suas atribuições. Celebrei
ceias, Realizei casamento, realizei batismos, realizei cultos fúnebres, preguei
durante toda semana, participei de apresentações de bebês, enfim, coisas que
são inerentes ao ministério pastoral.
Nesse tempo, descobri na prática as
palavras de Peterson sobre o que é ser um pastor. Ele diz isso em seu livro
memórias de um pastor: “É mais ou menos
como construir um galinheiro no meio de uma ventania muito forte. Você pega
qualquer tábua ou telha que passe voando por perto que esteja solta no chão e
prega tudo bem depressa”. [1]
Minhas teses e teorias sobre o
ministério muitas delas foram desbancadas pelo cotidiano eclesiástico. Descobri
que ser pastor é algo que está muito além da minha miserável pessoa. Comecei a
entender na pele o que muitas vezes, entendia na teoria. A teoria é boa. Mais a
prática requer Graça e Misericórdia da parte de Deus para o sustento.
Um mix de situações permeou este
primeiro ano: Fui amado, mas também fui rejeitado. Fui bem falado, mas também
fui caluniado. Fui honrado, mas também fui desonrado. Fui bem quisto, mas
também fui mal quisto. Fui lembrado, mas também fui esquecido. Porém, aprendi
com Jesus há em todas estas situações a exercer o dom que a em mim. Pois este
dom me foi entregue pela imposição de mãos dos profetas de Deus. Que o fizeram
pelo consentimento do Supremo Pastor.
Outra
novidade que os pastores hoje estão à mercê é o “facebook”. Que se tornou
púlpito para os Sambalates e para os Tobias para minarem seus líderes. Bem por
todas estas coisas passei. Mais, todas coloquei diante do altar do Senhor e
pedi perdão aqueles que não sabiam o que faziam e também para aqueles que
sabiam o que faziam.
Mas o fato é que, ainda não sei o
que é ser pastor. Acho que ser pastor, estar intimamente ligado em não saber
ser pastor. Pois o saber ser pastor, tem tornado para muito pastor, ser pastor
de si mesmo, ao invés de ser pastor de gente, que na verdade são pessoas tão quanto
à gente.
Minha sincera oração. É que Deus
continue a me fazer experimentar o que de fato é ser pastor. Pois o ser pastor,
está ligado em amar a vocação ao qual o Senhor nos delegou.
Certo em Cristo, de que todo pastor
é gente como a gente.
Roberto da Silva Meireles Rodrigues.
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