segunda-feira, 4 de junho de 2012

Para que outros possam viver!


Rio de Janeiro, 03 de Junho de 2012.
Para que outros possam viver!

Ênfase da CBB – “Desafiados a pratica da Bíblia para ser padrão de integridade”.
Tema – “Ser como Cristo praticando a Bíblia no lar”.
Tema da Reflexão – Para que outros possam viver!
Texto – João 12.24-25
Introdução:
            Nesse mês estaremos refletindo sobre o tema: serviço. Iremos iniciar uma série de mensagens intitulada: “Evangelho da cruz: um chamado ao serviço”. Nosso tema hoje é: “Para que outros possam viver!”
            O texto em que acabamos de ler. Nos mostra o Senhor Jesus falando sobre como é necessário que o grão de trigo, caia no solo e morra, para produzir muito fruto. Precisamos entender de fato essa colocação de Jesus em dentro do contexto em que a frase fora proferida.
            Se olharmos o início do capítulo 12. Iremos contemplar a entrada de Jesus em um jumentinho na cidade e Santa e como o mesmo fora ovacionado pela multidão. A semana em questão é a semana da Páscoa. Uma das festas mais importantes dentro do contexto religioso judaico. É provavelmente era ocasião em que a cidade ficava mais cheia no ano.
            Isso nos esclarece o fato do versículo 20 iniciar com o evangelista João descrevendo com detalhes os homens que vieram procurar por Jesus. Os chamados prosélitos. Gregos que haviam se convertido ao judaísmo. Estes homens se dirigem a Filipe e pedem ao mesmo para que ele, os apresentassem a Jesus. Felipe vai até André, e os dois juntos então vão falar com o Mestre.
            Mas o texto não descreve mais nada, não nos dá mais nenhuma pista acerca do conteúdo da conversa entre Jesus e os prosélitos. Porém, João, já dispara o versículo chave do texto de nossa reflexão: Digo-lhes verdadeiramente que, se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto”. (João 12.24)
            É verdade que nos permanece uma grande dúvida sobre de fato o que fora feito por Jesus em relação ao pedido que lhe fora encaminhando pelos seus discípulos. Podemos até mesmo confabular. Mas não podemos fazer uma afirmação categórica sobre o fato.
            Porém, o que sabemos é que, Jesus estava entrando em sua última semana de vida. E estava interessado em focar na essência de sua missão. E essa por sua vez era a Cruz. E a cruz era o instrumento pelo qual Cristo derramaria seu sangue para remissão dos pecados do mundo.
            Para compreendermos de fato a importância das Palavras de Jesus precisamos entender de fato um pouco mais sobre o que significa a cruz! Minha humilde concepção nos leva a um grande servo de Deus que nos legou um imenso ensinamento sobre a cruz. O nome deste servo era Lutero, ou melhor, Martinho Lutero. Sua construção teológica levou o nome de “teologia da cruz” onde o mesmo sistematizou de forma bíblia o ensinamento da cruz.
            A frase célebre de Lutero sobre a cruz: “Solus praedica Sapientum crucis”, ou seja: “Prega esta única coisa, a sabedoria da cruz”. Sem sombra de dúvida o ensino de Martinho Lutero acerca da teologia da cruz foi o maior legado teológico de Lutero. Sua construção teológica foi na contramão da teologia da Glória. Na mente de Lutero se realmente queremos conhecer ao Senhor, devemos olhar para a cruz.
            A cruz nos lembra morte, renuncia, dor, etc. Jesus quando proferiu o versículo 24 ele estava exatamente falando sobre sua morte. E como só através da mesma o ser humano pecador encontraria salvação.
            Quando estava pensando sobre este assunto. Eu assistindo um filme chamado: “Anjos da vida: mais bravos que o mar!” Quando o filme está no seu final uma frase me chamou atenção. Esta frase é “Para que outros possam viver”.
            Foi exatamente isso que Jesus expressou. Para que outros possam viver eu preciso morrer. Para que outros possam ter seus pecados perdoados eu preciso morrer. Para que outros tenham suas vidas totalmente transformadas é preciso que eu morra. Enfim para que outros possam viver.
            Pensando neste ensinamento gostaria de tirar três lições do texto:

1ª Lição – Para que outros possam viver eu preciso entender!
            Eu preciso entender que eu não fui chamado para fazer parte de um clube. Eu preciso entender que o evangelho é renúncia. Eu preciso entender que Jesus me salvou para que de fato eu pudesse salvar outros. Eu preciso entender que minha vida não circula ao redor de meu próprio ser.
            Para que de fato outros possam viver eu preciso entender o real sentido da Palavra evangelho em minha vida. De modo que, se o evangelho deixou de ser evangelho em minha vida, deixou de ser a boa nova. Eu não sei mais por que ou pelo que estou vivendo.
            Se eu estou colocando os meus esforços somente em ter. Se eu estou colocando meus esforços somente em meu status pessoal. Se seu estou colando o meu foco somente em viver para o meu trabalho, para minha realização pessoal. Eu não sei de fato o que é o evangelho.

2ª Lição – Para que outros possam viver eu preciso ser.
            O fato é que eu não posso apenas entender. Se eu apenas entender e não fizer nada isso ficará no campo do mundo das ideias. Se eu digo que entendo mais não sou, não pratico, não vivo. Não adianta de nada. E isso nos demonstra como de fato ainda não entendemos.
            O entender se aplica em ser! Não podemos de fato dizer que acreditamos em alguma coisa em que não investimos. Não investimos o nosso tempo, nosso dinheiro, nossa vida, melhor dizendo, o que de melhor há em nós.
            Em os nossos dias estamos vivendo a crise do ser. O ser tem sido substituído pelo ter. O consumismo desenfreado do capitalismo também está inserido em nossas igrejas. Por exemplo: Existem crentes que também viraram consumidores de sermão, estudos, teologia, visitas, telefonemas, etc.
            E detalhe se este consumo for interrompido seja lá por que motivo for. O cliente, ou melhor, o crente, procura outro mercado, ou melhor, igreja, que ofereça um produto melhor, com maior acessibilidade, e em alguns casos até com um melhor preço.
3ª Lição – Para que outros possam viver eu preciso morrer.
            A morte proposta por Jesus nem sempre tem uma conotação literal. Mas têm muito haver com a Renúncia, com negar-se a si mesmo. Tem haver em carregar uma cruz pesada, que aponta um compromisso com o Senhor da obra. Significa em nós sermos apenas servos daquele que é Senhor. E sabemos de fato qual é o nosso lugar. Ou Seja, servo não tem vontade!
            O que em nossas vidas precisa ser renunciado para que outros possam viver? O que de fato precisamos estar negando a nós mesmos para que outros possam se encontrar com Jesus? O precisamos morrer para este presente século para que possamos ser usados como ferramenta de vida nas mãos do Altíssimo.

Conclusão:
            Que possamos de fato cair no chão e morrer. Para que nossas vidas possam resultar em muitos frutos para o Reino de Deus. Amém.
            Roberto da Silva Meireles Rodrigues.

           
           
           

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