Rio de Janeiro, 22 de Agosto de 2012.
Local - PIB em Rocha Miranda.
Estudo realizado na “Quarta com Deus”, por
ocasião da série de mensagens: “Seguindo os passos”.
“Seguindo os passos de Jesus em fazer
discípulos”.
Texto Bíblico:
(João
6.63)
Introdução:
Conforme a explicamos na primeira
exposição do texto que fizemos na primeira mensagem. Nosso alvo como cristãos é
sermos semelhantes a Jesus. E, ser semelhante a Jesus, perpassa em nós
seguirmos os ensinamentos que Jesus nos deu através de sua vida.
Gosto de um provérbio judaico que
diz o seguinte: “Cubra-se com a poeira dos pés do seu Rabino”. Esse sapiencial evoca
a importância da convivência entre um mestre e o seu aprendiz. Na época de
Jesus, a Palestina era um lugar extremamente árido. Se de fato um discípulo
andasse atrás de seu mestre durante um dia, no final do mesmo ele estaria
completamente coberto por esta poeira.
Penso eu, que a igreja durante
muitos anos encastelou a formação de um discípulo a uma classe. Ao olharmos
para o Senhor Jesus, encontramos um homem que fazia discípulos em seu
cotidiano. Seus ensinamentos não eram simplesmente letras frias, meras
repetições de catequeses decoradas e propagadas por seus antecessores de fé.
Pelo contrário, seus ensinamentos eram “espírito e vida” (Jo 6.64).
Quando falamos em cumprir a ordem
que nos fora delegada por Jesus de fazer discípulos de todas as nações. Temos
antes de tentar realizar alguma coisa com tal intuito. Devemos olhar para Jesus
e entender como era o processo utilizado por Jesus de discipulado. Devemos
olhar para o texto Bíblico e nos perguntar: Como Jesus discipulava seus pupilos? Quantas vezes por
semana? Em que
momentos do dia?
Quais eram seus ensinamentos?
Ao respondermos de modo sincero e
Bíblico estas indagações. Podemos encontrar o modelo Bíblico de discipulado de
Jesus. Podemos exaurir da pessoa de Jesus o modelo para o alicerce da nossa
forma de fazer discípulos de todas as nações.
Juan Carlos Ortiz em seu livro, “O
discípulo”, sintetiza de forma conceitual o que de fato Jesus pensava ser o
discipulado. Diz Ortiz:
“Ser discipulado não é
apenas aprender o que mestre sabe – é chegar a ser como ele é. É por isso que a
Bíblia diz que temos fazer discípulos. Isto implica em algo mais do que apenas
falar com eles, ou ganha-los ou instruí-los. Fazer um discípulo dignifica
formar uma duplicata de outrem.
Obviamente, então, o
mestre tem que ser, ele também, um discípulo. A visão atual do significado de
discipular permite brigar com a esposa à mesa do café, e depois ir para igreja
e pregar a respeito do amor no lar. Mas no método de fazer discípulos, não
podemos agir assim. Os discípulos ficam mais tempo conosco; eles entram em
nossa casa, veem como é que nós vivemos e é deste modo que passam a imitar-nos.
Suponhamos que uma pessoa
viajasse comigo durante uma semana e depois dissesse: “Olhe aqui, Juan Carlos, você
é um mestre. Por favor, marque comigo uma hora para ensinar-me algumas coisas”.
Eu responderia: “Se você não aprendeu nada estando em minha companhia estes
sete dias, não tenho nada para ensinar-lhe”. Discipular é não tanto falar; é
mais viver.”[1]
Quando deparei-me com esta verdade
Bíblica expressada por Ortiz, pensei como de fato estou gerando discípulos.
Será que eles são saudáveis?
Será que posso gerar discípulos, pois eu sou um discípulo de Jesus? Será que minha vida
condiz com o que ensino e creio?
Deste prisma, a nossa cosmovisão do
que é fazer discípulos muda completamente. Nossa mente se abre, temos um
esclarecimento sobre a vida cristã prática e a relação de discipulado diário,
em todo momento, em tudo o que fazemos.
Gostaria de ressaltar nesta noite dois ensinamentos que retiro do texto
que acabamos de ler.
1º Ensinamento sobre discipulado – Demanda
pratica e não teoria. (verso 60)
Jesus aquela altura do campeonato
tinha adquirido alguns discípulos. Aqueles camaradas estavam caminhando com
Jesus, vendo e ouvindo seu Mestre o tempo todo e em todo momento lhes
transmitindo de forma prática os valores essenciais para vida cristã.
O que me vislumbra em Jesus é que
Ele não está preocupado com o preparo acadêmico de seus discípulos. Ele não
passa para seus discípulos tarefas de leitura, exegese de um texto, ou outra
coisa semelhante em nossa forma pedagógica de ensinar. Pelo contrário, Jesus
sempre dava tarefas práticas para seus discípulos.
E a verdade é que em hodiernos não
queremos ter trabalho. Sair da pratica para teoria nos gera uma tremenda
indisposição de abrir mão dos meus santos desejos e de minhas santas vontades.
Ser ao invés de ter em nossos dias é uma coisa que está fora de moda. Explico
melhor isso: ser; significa que nós devemos experimentar a vida cristã de forma
vivencial, dia a dia. E, ter, significa nós termos o conhecimento sobre o
determinado tema. Porém, não necessariamente, praticá-lo.
Infelizmente hoje nossas igrejas
estão cheias de frequentadores de culto. Homens e mulheres que conhecem muito
sobre Bíblia, teologia, etc. Mas, sua vida cristã transmite pouca pratica de
seus conhecimentos.
O desejo do coração de Deus é que
sigamos os passos de Jesus. Mas pastor, eu sempre aprendi assim e sempre fiz
assim. Minha pergunta para ti é simples e objetiva: “Você quer se identificar
com preceitos humanos ou com os preceitos divinos”? Você responde esta indagação simples!
2º Ensinamento sobre discipulado – O discipulado
é guiado pela atuação do Espírito Santo. (Verso 63 e 64).
Geralmente quando estamos envolvidos
com transmitir informações, confiamos muito mais em nosso cabedal de
conhecimento do que na presença Santa do Espírito orientado de nossas vidas a
toda verdade, que são as Escrituras Sagradas.
O engodo do diabo sobre a igreja de
nossa geração é que transformemos a vida cristã em ensinos doutrinários. Um
cristão deve conjugar estes dois elementos em sua vida. Ele deve ser um cara
que pratica os ensinos de Jesus e não que apenas o sabe. E que, mesmo sabendo,
não o faz, por achar difícil demais para ser praticado.
Quando somos guiados pelo Espírito
Santo, nossa vida é repleta de vida d’Ele em nós. E se, a vida d’Ele está em
nós, as Escrituras Santas se cumprirão em nossas vidas. Pois Jesus nos disse
que Ele (Espírito Santo) nos guiaria em toda verdade. (Jo.16.13)
Conclusão:
Que ao término deste ensinamento
Bíblico sobre discipulado, possamos entender e praticar os ensinamentos de
Jesus. Que amanhã à noite possamos ser encontrados encoberto de poeira expelida
pelos pés de Jesus nosso Mestre.
Certo que em Cristo, que
conseguiremos seguir os seus próprios passos:
Pr. Roberto da Silva Meireles
Rodrigues.
Nenhum comentário:
Postar um comentário