STOTT, John. Crer é também pensar. São Paulo: ABU,
2001.
“"A mente cristã
tem-se deixado secularizar num grau de debilidade e de forma tão despreocupada
sem paralelos na história cristã. Não é fácil achar as palavras certas para
exprimir a completa perda de moral intelectual na Igreja do século vinte. Não
se pode caracterizar este fato sem recorrer a uma linguagem que parecerá ser
histérica e melodramática. Não existe mais uma mente cristã. Ainda há,
certamente, uma ética cristã, uma prática cristã e uma espiritualidade
cristã... Mas na condição de ser que pensa, o cristão moderno já sucumbiu a
secularização." Pg. 22
“Subestimar a mente é
soterrar doutrinas cristãs fundamentais. Deus nos criou seres relacionais; será
justo negarmos a humanidade que Ele nos deu? Deus conosco se comunicou; não
procuraremos entender suas palavras? Deus renovou nossa mente por intermédio
por sua Palavra; não seremos prudentes, construindo nossa casa sobre esta
rocha?” Pg. 26
“A repetição dos termos
conhecimento, sabedoria, percepção e entendimento é mesmo impressionante. Não
resta dúvida que o apóstolo considerava tais pontos a própria base da vida
cristã.” (comentário sobre os seguintes textos: II Pe. 1.5; I Co. 2.6; 3.1-2;
Hb. 5.11; 6.3; Ef. 1.17-19; 3.14-19; Fp. 1.9-11; Cl. 1.9-10) Pg. 28.
“Bastam estes exemplos*
para mostrar que Israel não cultuava a Deus na forma de uma divindade distante
ou abstrata, mas como o Senhor da natureza e das nações, como alguém que se
revelara através de atos concretos, criando e mantendo o seu mundo, e redimindo
e preservando o seu povo. Israel tinha bons motivos para adorá-lo pela sua
bondade, por suas obras e por “todos os seus benefícios”. (Sl. 103.2)
*(Salmos: 104, 105,
107, 136)
“Noutras palavras,
Paulo não podia admitir nenhuma oração, nenhum culto, em que a mente
permanecesse estéril ou inativa. Ele insistiu que em todo culto verdadeiro a
mente tem de ser completamente empenhada, de modo a dar frutos. O prazer dos
coríntios para com o culto ininteligível era algo infantil. Quanto ao mal, disse-lhes
para serem como crianças e inocentes o quanto fosse possível, mas acrescentou:
“no modo de pensar, sejam adultos”. Pg. 33
“Fé não é credulidade.
Ser crédulo é ser ingênuo, completamente desprovido de qualquer critica, sem
discernimento, até mesmo irracional, no que crê. Porém é um grande erro supor
que a fé e a razão são incompatíveis. A fé e a visão são postas em oposição,
uma à outra, nas Escrituras. Pelo contrário, a fé verdadeira é essencialmente
racional, porque se baseia no caráter e nas promessas de Deus. O crente em
Cristo é alguém cuja mente medita e se firma nessas certezas.” Pg. 33.
“Para começarmos,
precisamos ter um quadro bem claro do tipo de pessoa que Deus pretende que
sejamos. Temos de conhecer a lei moral de Deus e os mandamentos. Como expressou
John Owen: “o bem que a mente não é capaz de descobrir, a vontade não pode
escolher, nem as afeições podem se apegar”. Portanto, “na Escritura o engano da
mente comumente se apresenta como o princípio de todo o pecado”.
“O melhor exemplo disso
pode-se encontrar na vida terrena do nosso Salvador. Por três vezes o diabo
aproximou-se dele e o tentou no deserto da Judéia. Nas três vezes Ele
reconheceu ser má a sugestão que lhe fizera Satanás e contrária à vontade de
Deus. Três vezes Ele se opôs à tentação com a palavra gegraptai: “está escrito”.
Jesus não deu margem a qualquer discussão ou argumentação. A questão já estava
decidida, logo de partida, em sua mente. Pois a Escritura estabelecera o que é certo.
Este claro conhecimento bíblico da vontade de Deus é o segredo básico de uma
vida reta.” Pg. 39
“E o tipo de comida que
nossas mentes receberem determinará que tipo de pessoa seremos. Mentes sadias
têm um apetite sadio. Temos de satisfazê-las com alimento saudável, e não com
drogas e venenos intelectuais perigosos”. Pg. 40
“A intenção do apóstolo
nesta enxurrada de perguntas não é apenas fazer-nos sentir envergonhados por
nossa ignorância. É antes fazer com que nos recordemos dessas grandes verdades
que nos dizem respeito, as quais de fato nos são bem conhecidas; e que falemos
entre nós sobre elas até o ponto em que se apoderem de nossas mentes e moldem o
nosso caráter. Não se trata de ótimos e autoconfiança de Norman Vicent Peale,
cujo método procura conseguir que façamos de conta que somos algo que não
somos. O método de é nos lembrar do que realmente somos, porque assim nos fez
Deus em Cristo”. Pg. 42
“No seu argumento está
implícito que a nossa proclamação do Evangelho tem de ter um conteúdo sólido. É
nossa responsabilidade apresentar de forma completa a pessoa divina e humana de
Jesus Cristo, e sua obra de salvação, de modo que por meio desta “pregação de
Cristo” Deus desperte a fé no ouvinte. Tal pregação evangelística está longe de
sua trágica caricatura, tão comum hoje em dia, a saber: um apelo emocional e
anti-intelectual por “decisões”, quando os ouvintes têm apenas uma confusa
noção sobre o que devam decidir e por quê.” Pg. 45.
“Sempre que nosso
conhecimento se torna árido ou acaba com o nosso entusiasmo e nos deixa frios,
alguma coisa de errado aconteceu. Pois toda vez que Cristo nos expõe as
Escrituras e d’Ele recebemos algum ensinamento, nos deve arder o coração.
Quanto mais conhecemos a Deus, mais devemos amá-lo. Creio ter sido o bispo de
Handley Moule quem disse que deveríamos nos precaver tanto com uma teologia sem
devoção com também contra uma devoção sem teologia”. Pg. 56.
“O ministro puritano
Thomas Manton, que outrora foi o capelão de Oliver Cromwell, comparou o cristão
desobediente a uma criança que sofre de raquitismo: “O raquitismo torna as
cabeças grandes e os pés fracos. Não apenas devemos discutir quanto à palavra e
falar a respeito dela, mas também guardá-la. Não sejamos nem só ouvidos, nem só
cabeça, nem só língua, mas os pés têm de se exercitar”.” Pg.57
Esse é um tema que me deixa um pouco triste, pois a maioria das pessoas não Convertidas acham que nós somos bitolados e alienados. E alguns Cristãos(invlusive eu) não tem buscado raciocinar e usar essa ferramenta maravilhosa que Deus nos deu.
ResponderExcluirEu Creiooooo.
Agora preciso pensar mais.:)
Obrigado pastorrr.
“Sempre que nosso conhecimento se torna árido ou
acaba com o nosso entusiasmo e nos deixa frios,
alguma coisa de errado aconteceu. Pois toda vez
que Cristo nos expõe as Escrituras e d’Ele
recebemos algum ensinamento, nos deve arder o
coração. Quanto mais conhecemos a Deus, mais
devemos amá-lo. Creio ter sido o bispo de Handley
Moule quem disse que deveríamos nos precaver
tanto com uma teologia sem devoção com também
contra uma devoção sem teologia”. Pg. 56.
Olá Rodrigo!
ResponderExcluirQue bom que esse espaço tem sido benção em sua vida. Fico feliz. Que o Senhor continue te abençoando!