sexta-feira, 30 de junho de 2017

O bagaço da laranja

Rio de janeiro, 02 de julho de 2017.

O bagaço da laranja:

            Quando era criança meu pai escrutava uma música do Zeca Pagodinho que dizia o seguinte: “Fui no pagode acabou a comida, acabou a bebida, acabou a canja. Sobrou para mim, o bagaço da laranja.” A ideia que o compositor transmite nesta música é que ele está fazendo uma queixa.
Ele está verbalizando sua indignação em não ter sobrado nada para que ele pudesse degustar. Ele parece estar indignado com aquela situação.
            Pois bem, nós estamos vivendo dias que parecem que podemos vociferar de igual forma: “sobrou para nós o bagaço da laranja!” Todavia, nós não estamos em um pagode. Aliás, o momento de nosso país socialmente, economicamente e politicamente é muito pior do que o “pagode” sem comida e bebida do cantor supracitado. Nosso povo está vivendo dias em que experimentamos às vezes nem ao menos o bagaço da laranja.
            Todavia, vale ressaltar, que nossa esperança reside em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Foi Ele mesmo que nos prometeu que nós venceríamos o mundo como Ele venceu. (Jo. 16.33)
            Como crentes n’Ele, cremos que Ele é capaz de suscitar vida até mesmo da morte. Ele é capaz do caroço residente em um bagaço de laranja, se transformar em uma linda laranjeira. Ele é capaz de Transformar o bagaço em uma árvore linda e frondosa. Ele é poderoso para transformar lugar de morte em lugar de vida. É exatamente nisso em que cremos!
            Enquanto esteve entre nós o Senhor trouxe esperança a inúmeras pessoas que já tinham toda sua esperança sugada pelo desânimo e pelo inimigo de nossas almas. Acredito que um bom exercício de memória é lembrar-nos de alguns momentos registrados nos evangelhos que nos retratam essa verdade.
            O evangelista Marcos no capítulo 5 narra dois episódios de pessoas que estavam vivendo um caos em suas vidas. O primeiro um senhor importante. Um religioso influente na sociedade. Membro importante do supremo conselho dos rabinos, a elite religiosa de Israel. Seu nome era Jairo.
Esse camarada estava vivendo um drama pessoal terrível. Sua filha estava enferma, e sua enfermidade era grave suficiente para ceifar a vida de sua filinha de 12 anos. Por sua posição social provavelmente ele já havia levado sua filha aos melhores médicos, nos “melhores” religiosos de seu povo para orarem, ele provavelmente esgotou todas as possibilidades que estavam ao seu alcance.
            De igual modo, a outra personagem que o texto apresenta é a mulher do fluxo de sangue. O texto diz que aquela mulher tinha uma hemorragia há 12 anos. Acredito piamente que ela deva ter procurado esgotar todas as possibilidades possíveis a seu alcance, a semelhança de Jairo. É lógico que resguardando as devidas proporções, até mesmo porque não temos muitas informações sobre a origem daquela mulher.
Mas o princípio apresentado pelo evangelista relatado na narrativa Bíblica serve para os dois casos. Eles esgotaram todas as possibilidades antes de chegarem até o Senhor como sua única esperança.
            Destarte, também lembro o caso da mulher viúva que perdera seu único filho. Narrativa bíblica esta que foi intitulada pelos estudiosos como a viúva de Naim. O evangelista Lucas regista o momento que uma viúva de Naim está indo enterrar seu único filho.
Às vezes tento imaginar o que poderia estar passando na mente daquela mulher naquele momento indesejado chego a chorar de tanta triste e medo do amanhã. Tento me colocar no lugar dela tentando vislumbrar o que eu poderia estar pensado caso estivesse no lugar dela.
            Talvez eu pensasse que não haveria mais esperança para mim; não saberia o que fazer. Teria meu chão tirado de mim. Existe uma grande probabilidade que esses pensamentos estivessem permeando o coração e a mente daquela mulher. Mas o seu pranto e choro foram transformados em alegria e festa pelo Senhor Jesus.
            Um dos atributos de Deus é a imutabilidade. Ou seja, Ele não pode mudar. Ele continua sendo o mesmo. Ele continua sendo especialista em transforma o sofrimento em alegria. Ele pode transformar os bagaços de laranjas que tem sobrado para nós em lindas árvores frondosas. Tão somente nos basta crer e descansar no seu poder. Experimente  descansar no Senhor e confiar que o mais Ele fará!
            Certo de que Cristo cuida de nós:
            Seu pastor, Roberto Meireles.
           

           

            

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