sábado, 11 de abril de 2020

7º Devocional da Semana da Paixão - O silêncio de Deus.

Rio de janeiro, 11 de abril de 2020.  

Devocionais da Semana da Paixão 

7º Devocional da Semana da Paixão - O silêncio de Deus. 

Texto Base - Marcos 6.45-56.
A semana da paixão é marcada por inúmeros momentos, uma gama de ações realizados e sofridas pelo Senhor Jesus e seus discípulos. A sexta-feira é o dia em que o Senhor é condenado e crucificado. Após sua morte seu corpo é retirado por José de Arimatéia que havia pedido autorização a Pilatos. O corpo do Senhor é enterrado em um túmulo que lhe é conferido por José.  
Após esse momento seus discípulos e todos os seus seguidores acreditaram que tudo havia acabado. Os relatos bíblicos nos dão a entender que nenhum deles ainda havia entendido que ele iria ressuscitar ao terceiro dia. Eles estavam acuados, temerosos e trancados. Todos estavam tomados de um sentimento de total falta de esperança.  
O sábado amanhece e traz consigo durante todo o dia um silêncio sepulcral. Não há nenhuma movimentação, não há nenhuma pista de que Jesus poderia voltar (obviamente não havia pista pois nenhum deles havia entendido os ensinamentos sobre a ressurreição). Pelo que percebemos é que os discípulos estão se sentindo abandonados pelo Senhor. O silêncio de Deus naquele sábado lhes deu uma falsa sensação de que tudo realmente estava acabado e que fora apenas um sonho! 
Eles já haviam sido treinados por Jesus para este momento, mas não se lembravam. Vamos trazer a memória alguns destes treinamentos. O evangelho de Marcos nos relata que certa vez Jesus convidou os discípulos para atravessarem o mar, encontramos na Bíblia que Jesus está dormindo quando sobrevêm sobre eles uma tempestade e que os discípulos que estavam acostumados a estarem no mar em momentos como estes, estão tomados pelo medo. Eles então acordam Jesus que estava dormindo e o Senhor faz cessar a tempestade e lhes repreende dizendo que a sua fé era muito pequena. Parecia que eles estavam abandonados, porém eles tinham ao seu lado em todo o tempo, o Senhor.  
Outro momento também na travessia do mar, Jesus pede que eles atravessem o mar que depois os alcançaria do outro lado, Ele então, se despede da multidão e passa um tempo em oração. Se dirige ao mar e percebe que seus discípulos estão em apuros. O vento sopra forte contra eles, e o Senhor vai ao encontro deles andando sobre às águas. O texto diz que eles pensam que é um fantasma, até o momento que o Senhor diz: “Coragem, sou eu! Não tenham medo!” (Mc. 6.50) E diz o texto que imediatamente ao subir ao barco os ventos cessam e, os discípulos, ficam aterrorizados.  
Nestes dois casos parece que eles estavam sós, que eles iriam perecer; parecia que não havia mais esperança; talvez também estivesse parecendo que Jesus os havia abandonado. Todavia, Jesus em nenhum momento havia os abandonados ou deixados à mercê de sua própria sorte. Muito pelo contrário, mesmo em meio ao silêncio Ele estava lá, Ele continuava soberano cuidando de todas as coisas, esperando o momento certo. 
O Sábado após a crucificação trouxe o silêncio e a falsa percepção de que não havia esperança, mas acredite no que digo: nada saiu de seu controle! No momento certo, no raiar do amanhecer de domingo, o brilho da glória do Ressurreto trará novamente a paz e a voz do Senhor dizendo para cada um de nós: “A paz seja convosco!” Da mesma forma que Ele saudou os discípulos quando estavam trancados com medo de serem pegos e acusados como seu Mestre.  
Em nome de Jesus creia que o domingo está chegando; creia que o silêncio será rompido pelo rugido do Leão da tribo de Judá que quebrará toda e qualquer barreiras e, trará para este tempo presente as qualidades que são derivados de seu sacrifício e ressurreição: a “zoe aionos”, a vida eterna.  
Talvez você esteja como os discípulos com a sensação de que foi abandonado, sem esperança, estando com a sensação de que Deus está em silêncio e distante. Quero lhe dizer que em breve o domingo irá chegar e trazer a doce voz do ressurreto nos comissionando para o cumprimento da nossa missão.  
Certo de que no Cristo Ressurreto sempre chegará o domingo: 
Seu pastor e amigo, Roberto da Silva Meireles Rodrigues. 

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