O QUE VERDADEIRAMENTE É DISCIPULADO?
Ao
longo das últimas três décadas se falou muito sobre discipulado. É bem verdade
que nunca se houve um conceito acerca do tema e, principalmente, balizando-o
com o modelo de Jesus e os apóstolos no Novo Testamento.
No
primeiro momento precisamos ratificar o imperativo de Jesus antes de ser levado
aos céus após sua ressurreição. O Senhor deu uma ordem aos discípulos que
também é uma ordem que se aplica a nós e não somente a nós, mas a todo e
qualquer discípulo no espaço e tempo até seu retorno: “E, aproximando-se
Jesus, falou-lhes: Toda autoridade me foi concedida no céu e na terra.
Portanto, ide, fazei discípulos de todas nações, batizando-os em nome do Pai,
do Filho e do Espírito Santo; ensinando-lhes a obedecer a todas as coisas que
vos ordenei; e eu estou convosco todos os dias, até o final dos tempos.”
(Mateus 28:18-20)
Dissecando
o texto que ficou conhecido como “Grande Comissão” ao longo dos séculos pela
igreja podemos extrair princípios e tentar sistematizar essa ordem do Senhor na
tentativa de sermos mais assertivos no que tange a questão do cumprimento da
missão.
1) O discipulado é um processo – Esse processo
envolve sempre um “discipulador” alguém mais experiente e maduro na fé que
dedica sua vida ensinando a um “discípulo” menos experiente que precisa ser
doutrinado e orientado em sua nova vida. Todavia, após o “discipulador”
entender que o “discípulo” está mais experimentado na fé, que ele está mais
maduro. O até então “discípulo” torna-se “discipulador” e agora ele que irá
repetir o processo com alguém inexperiente que precisa ser acompanhado e
ensinado nos caminhos do Senhor. O discipulado deve acontecer dessa forma, caso
contrário ele não obteve êxito.
2) O discipulado demanda educação cristã – No processo da caminhada que envolve “discipulador”
e “discípulo” precisará que aquele que é mais experiente esteja apto para poder
ensinar ao menos experiente. Sendo assim, é necessário que o discipulador seja
alguém que seja dedicado em conhecer ao Senhor e também a estudar sua Bendita
Palavra. Pois, ninguém pode dar aquilo que não possui. O discipulador deve ser
alguém dedicado a educação cristã e o discípulo deve ser alguém disposto a
aprender, guardar e praticar os ensinamentos que recebeu.
3) O discipulado envolve relacionamento saudável – Dentro do processo do discipulado não podemos
esquecer que a relação entre “discipulador” e “discípulo” deve ser de extrema
confiança para que haja o partilhar da vida, prestação de contas um para com o
outro. Todavia, não podemos incorrer no erro de pensar que o discipulador deve
ser um “guru” de seu discípulo, causando no mesmo uma dependência. O
discipulador jamais, em hipótese alguma deve esquecer que o discípulo a quem
ele guia não é dele, mas sim do Mestre. O papel do discipulador é levar seu
discípulo a ser imitador dele, e ele por sua vez é um imitador de Jesus. Sendo
assim, seu discípulo é um imitador no final das contas de Jesus. Todavia, o
papel do discipulador é tornar os ensinamentos de Jesus mais palpável e vívido
para melhor compreensão a seu discípulo.
Continua...
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