quinta-feira, 29 de maio de 2025

Ao anjo escreve...

 


Ao anjo escreve...

            A expressão “Ao anjo escreve...” é extraída dos textos de Ap 1.20 e também em Ap 2.1; 2.8; 2.12; 2.18; 3.1; 3.7; 3.14. Existem muitas especulações sobre o significado da palavra “anjo” usada pelo apóstolo João nos textos acima citado.

            A palavra grega “aggelos” que é traduzida por anjo em nossas versões bíblicas podem possuir pelo menos dois significados. O primeiro pode ser literalmente anjo, ou seja, um ser celestial que é conceituado pela Bíblia como espíritos ministradores que estão sobre as ordens de Deus para servirem a seus propósitos (Hb 1.14). O segundo pode significar um mensageiro, neste caso, um ser humano que está incumbido de transmitir uma mensagem.

            Os estudiosos não são unânimes quanto a interpretação para utilização da palavra usada por João. Para ser muito sincero com os irmãos a percepção que tenho ao ler os comentários destes irmãos é que eles explanam as possíveis interpretações emanadas ao longo da história da igreja, mas que não emitem sua opinião pessoal acerca da interpretação da palavra.

            Porém, alguns conceituados estudiosos tais como: John MacArthur Jr., Hernandes Dias Lopes, Augustus Nicodemos são categóricos em afirmar que a palavra se refere ao pastor de cada uma das igrejas locais aos quais Jesus estava direcionando as cartas.

            As cartas que Jesus direciona as sete igrejas da Ásia Menor possuem aspectos específicos de cada uma daquelas igrejas. As cartas também servem como orientação a igreja de Cristo de todos os tempos.

Essas cartas são direcionadas aos pastores devido eles serem os responsáveis diante de Deus por cada um daqueles rebanhos. O texto bíblico de Hebreus nos revela esse ensinamento: "Obedecei a vossos líderes, sendo-lhes submissos, pois eles estão cuidando de vós, como quem há de prestar contas; para que o façam com alegria e não gemendo, pois isso não vos seria útil." (Hebreus 13.17)

            Partindo desse pressuposto de autoridade estabelecido por Deus muitos pastores manejando versos como o citado tornam-se verdadeiros déspotas e acabam oprimindo o rebanho do Senhor contrariando uma orientação bíblica expressa dada pelo apóstolo Pedro: “Portanto, suplico aos presbíteros que há entre vós, eu que sou presbítero com eles, testemunha dos sofrimentos de Cristo e participante da glória que será revelada: "pastoreai o rebanho de Deus que está entre vós, cuidando dele não por obrigação, mas espontaneamente, segundo a vontade de Deus; nem por interesse em ganho ilícito, mas de boa vontade;" nem como dominadores dos que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho. Quando o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imperecível coroa da glória”. (1 Pedro 5:1-4)

            Por outro lado, muitos irmãos esquecem que quem constitui um pastor sobre a liderança de uma igreja é o Senhor da igreja, ou seja, o próprio Senhor Jesus. Muitos irmãos acabam confundindo o procedimento amoroso, educado, bondoso com fraqueza. Acabam trazendo um peso a vida do pastor e de sua família levando-os a pastorear o rebanho não por prazer, mas por obediência ao Senhor que ali os colocou.

            A sabedoria bíblica é bem clara enquanto a vontade de Deus para a direção de sua igreja. Jesus é o verdadeiro Pastor da igreja, porém suas ordens e orientações para sua noiva é direcionada aquele a quem Ele constituiu bispo sobre o rebanho d’Ele, ou seja, o pastor local, que aos olhos de Deus é um auxiliar de Jesus, o verdadeiro pastor da igreja.

A função do pastor é transmitir a igreja a orientação de Jesus para o seu rebanho. Vale destacar que tanto o pastor, tanto o rebanho, precisam ser submissos a vontade de Jesus. Sendo assim alguns desafios são estabelecidos.

O desafio do pastor é buscar intensamente a presença de Deus afim de que em Deus ele consiga ouvir e discernir a vontade de Deus para o seu povo, guia-lo dentro da Palavra de Deus, da sã doutrina que foi transmitido pelos apóstolos de Jesus. Essa é a orientação paulina: “O que ouviste de mim, diante de muitas testemunhas, transmite a homens fiéis e aptos para também ensinarem a outros” (2 Timóteo 2.2) Um verdadeiro pastor tem a difícil (se encarada de forma carnal impossível) de ser um sucessor dos apóstolos e ser um guardião da sã doutrina afim de que o rebanho não se desvie da Palavra de verdade.  

O desafio do rebanho é se unir ao pastor e ser obediente a este a quem o Senhor deu autoridade para pastorear o rebanho. Isto é, quando este pastor é alguém que dá testemunho com sua vida de que é digno de confiança e cumpre os requisitos descritos pela Palavra de Deus das qualidades exigidas de um ministro do evangelho de Jesus. Qual é a dificuldade em se permitir ser pastoreado, conduzido a vontade de Deus através da vida deste pastor?

Quando pastor e rebanho se submetem ao Supremo Pastor a vontade de Deus é estabelecida e o fardo se torna leve e o jugo se torna suave (Mateus 11.28). Minha sincera oração é que nosso rebanho continue submisso a vontade de seu Supremo Pastor!

Certo de que precisamos ser submissos ao nosso Supremo Pastor:

Seu amigo e pastor, Roberto Meireles.

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