“… os que lhe
aceitaram a palavra foram batizados; havendo um acréscimo naquele dia de quase
três mil pessoas”. (Atos dos Apóstolos 2:41)
O início do livro de Atos dos
Apóstolos narra a história do nascedouro da chamada igreja de Jerusalém. Esta
igreja ao longo da história do Cristianismo vem sendo chamada de igreja
primitiva. Dr. Lucas vai narrar o início vibrante e promissor desta primeira
comunidade cristã. Que logo no seu culto de inauguração, com a explanação do
sermão expositivo de seu primeiro pastor, Pedro o apóstolo, teve quase três mil
pessoas decididas.
Porém, observamos que passado os
primeiros capítulos a igreja de Jerusalém sai do foco do escritor. Depois
destes primeiros capítulos a narração do livro de Atos toma outro rumo e quase
mais não nos trará subsídios para a reconstrução da história desta comunidade.
Gosto da explicação que González nos dá a cerca desta questão:
“Isto se entende, pois o propósito do autor de Atos
não é escrever toda uma história da igreja, mas antes mostrar como, por obra do
Espírito Santo, a nova fé foi se estendendo até chegar à capital do Império”.[1]
Se no livro de Atos não
encontramos quase nenhuma pista para reconstrução da história daquela igreja.
No restante do Novo Testamento encontramos muito menos. Haja vista que a
maioria das cartas escritas no Novo Testamento eram direcionadas
especificamente para alguma igreja espalhada pelas regiões do império.
Na tentativa de
reconstruir a história desta igreja a maioria dos pesquisadores procuram
arcabouços na história para podemos entender um pouco da história da primeira
igreja após a assunção de Jesus à destra de Deus Pai.
Unidade na Adversidade:
Muitas vezes construímos
a utopia em nossos pensamentos acerca da igreja de Jerusalém como uma igreja
perfeita, sem problemas, onde a paz e o amor uns aos outros reinavam sempre.
Essa ideia parasse ter ganhado vida através de nossa imaginação que ao longo de
nossos anos de vida foi influenciada pelos contos de fadas onde sempre o final,
é um final feliz, e todos vivem felizes para sempre.
Isso é verdade somente
em conto de fadas. Toda igreja tem problemas! Afinal de contas as igrejas são
compostas de pessoas. E cada pessoa é fruto de uma criação, educação, classe
social, personalidade, etc. A verdade é que somos diferentes! Não existe a
possibilidade de não haver choques ou divergências entre nós. As vezes nos
parece que queremos ser semelhantes aos seres angelicais, ou então pensamos que
já estamos vivendo na Eternidade na Igreja Triunfante. Problemas certamente
virão. Porém, o problema se torna problema se não o encaramos e resolvermos.
Podemos citar exemplos
do que estamos falando olhando para os seguintes fatores:
Ø
O eloquente Pedro que prega um sermão cheio do
poder e quase três mil pessoas se convertem. Em contraponto ao vacilante Pedro
que fica indeciso sobre aceitar ou não os gentios sem a implicação de cair
sobre os mesmos o julgo da lei.
Ø
Ananias e Safira mentindo e sendo infiéis em seu
voto de contribuição financeira.
Ø
As reclamações que tiveram sua origem entre as
viúvas dos judeus mais ortodoxos e dos judeus helênicos acerca do auxílio
recebido pela igreja.
Acho que já foi o suficiente para
entendermos que verdadeiramente é um engodo pensar desta forma romântica acerca
da igreja primitiva e os sobre os irmãos que congregaram na mesma. Na última
pontuação que fizemos acima no que tange as reclamações do auxílio que as
viúvas recebiam da igreja. Reflete um pouco da crise que apontamos no capítulo
anterior entre os judeus conservadores e os judeus helênicos. Visando resolver
este problema os apóstolos que estavam envolvidos com tantas coisas buscaram
orientação em Deus e foram direcionados a levantarem sete homens cheios do
Espírito Santo para estarem atuando em uma área mais prática e administrativa
da vida da igreja. É então que surge a instituição dos diáconos. González
aponta alguns detalhes interessantes que nos elucidam acerca do caminho que a
igreja estava tomando.
“A primeira delas é que, os sete eram representantes
do grupo dos “gregos” - todos eles tinham nomes gregos – e que o propósito de
sua eleição era então proporcionar uma certa representação desse grupo. A
segunda é que, desde muito cedo, pelo menos alguns dos sete se dedicaram também
a pregação e à tarefa missionária”[2]
O
livro após a instituição dos diáconos parece tomar um outro rumo. Quando
olhamos para o capítulo 7 encontramos o testemunho de Estevão diante da
multidão. Estevão que era um dos sete.
Este foi apedrejado pelo concílio de judeus que se recusaram a
ouviram-no e o apedrejaram. Quando olhamos para outro momento que este mesmo
concílio está reunido perante os apóstolos Pedro e João eles são açoitados e
depois são liberados. Parece existir dois pesos e duas medidas no julgamento
deles.
Isso
fica muito claro quando inicia a perseguição em Jerusalém este fato. Todos os
cristãos são dispersos e fogem de Jerusalém. E os apóstolos se mantém em
Jerusalém, intactos tocando o barco sem nenhuma preocupação. Quando o livro de
Atos inicia a contar a história do ainda Saulo de Tarso. Nós ainda encontramos
os apóstolos em Jerusalém sem enfrentar nenhum tipo de perseguição ou
problemas. E nos parece que Saulo não esboça nenhum tipo de preocupação quanto
aos mesmos.
Esses
fatos nos levam a concluir que a princípio a preocupação do concílio e do Sumo
sacerdote eram apenas com os cristão “gregos”. O que não invalidava o fato dos
cristãos “judeus” serem vistos como hereges por estes mesmos líderes. Mas a
perseguição inicial se voltou para os judeus “gregos” como fora explicado. O
livro de Atos só inicia o relato da perseguição aos apóstolos (que eram
representantes dos cristãos “judeus”) a partir do capítulo 12 do mesmo livro.
Após
o martírio de Estevão o livro de Atos relata as atividades missionárias de
Filipe em Samaria. Filipe funda uma igreja ali, fora da região da Judeia, e
logo que esta notícia chega ao colegiado apostólico ele enviam a Pedro e a João
para constarem de fato se este movimento que esta sendo deflagrado lá era o
mesmo que havia se iniciado em Jerusalém. Os apóstolos dão o seu relatório
dizendo que Deus estava agindo por lá da mesmo forma que estava agindo na
igreja mãe e que não havia nada de diferente entre eles.
Porém
esta igreja não fora fundada por nenhum dos apóstolos. Mas mesmo assim esta
igreja segue debaixo da visão e da autoridade apostólica dos doze. Após o
capítulo 9 do livro a Bíblia começa a narrar à expansão do evangelho fora da
Palestina. Como dizemos no capítulo anterior, os gentios foram a principal
ponte para expansão do evangelho do Reino de Deus. Rapidamente se tornou maior
o número de gentios convertidos do que judeus convertidos. Mudando o paradigma
da igreja de Jerusalém o foco principal dos relatos do livro de Atos dos Apóstolos.
Mas esta mudança de foco não traz desmerecimento a esta igreja tão querida e
amada que fora o primeiro movimento deflagrado na história do cristianismo.
Vida Religiosa
Os
apóstolos e os judeus convertidos do judaísmo. Não acreditavam estarem iniciando
uma nova religião ou um movimento diferente do judaísmo. Mas eles acreditavam
que estavam vivendo o cumprimento das profecias messiânicas na pessoa de Jesus.
O momento tão aguardado pelo povo hebreu, tão anunciado pelos profetas estava
se concretizando naqueles dias.
A
vida cotidiana deles é apresentada por González da seguinte maneira:
“... os cristãos da igreja de
Jerusalém continuavam guardando o sábado e assistindo o culto no Templo. Mas,
uma vez que o primeiro dia da semana era o dia da ressurreição do Senhor,
reuniam-se nesse dia para “partir o pão” em comemoração a essa ressurreição.”[3]
Estes dados
nos fazem entender sua prática de vida cristã naquele momento da igreja. Era
costume entre os judeus jejuarem duas vezes pela semana. Eles também mantiveram
este costume de jejuarem duas vezes pela semana. Os judeus costumavam jejuar as
segundas e as quintas, os cristãos jejuavam as quartas e as sextas.
Como já
falamos anteriormente a liderança desta igreja estava sobre a responsabilidade
dos 12 apóstolos. Mas especificamente sobre as vidas de Pedro e João. O
apóstolo Paulo vai descrever esta afirmação em Gálatas 2.9, se referindo aos
dois como “pilares”.
Além dos
doze, também encontramos a pessoa de Tiago irmão do Senhor. Ainda que Tiago não
fosse parte do colegiado apostólico. Segundo o apóstolo Paulo ele era o
terceiro “pilar” da estrutura da igreja de Jerusalém. Dentro de uma perspectiva
eclesiástica ele ocupou uma posição de maior destaque até mesmo do que os
outros apóstolos. Devido a este fato alguns anos após ao se pensar que a igreja
havia sido governada por bispos. Surgiu uma tradição de que Tiago havia sido o
primeiro bispo da igreja de Jerusalém. E segundo este que vos escreve e segundo
González parece que esta teoria está correta.
O caso da igreja judaica
Quando
chegamos no capítulo 12 do livro de Atos encontramos o episódio de Tiago irmão
de João e um dos doze apóstolos. Este foi morto a mando do rei Herodes Agripa,
que recebera o seu título do imperador Calígula.
Quando o
rei viu que agradou aos seus súditos o que fizera com Tiago mandou que
agarrassem a Pedro. Porém Deus foi misericordioso para com Pedro e o livrou de
forma milagrosa. Após isso parece que todos foram se esvaindo por todo o império.
Não somente pela perseguição mas também pelo fato de aumentar entre os judeus o
sentimento de nacionalismo. O que mais eclodiria na destruição de Jerusalém em
70 d.C.. O fato é que soava mal aos ouvidos do império um grupo de judeus que
tinham outro rei e que seguiam a lei do mesmo.
Após a
morte de Tiago irmão do Senhor. Outro descendente de Jesus assumiu a liderança
da igreja. Que mais tarde veio também a ser assinado por acusações de ter um
outro rei, seguir as suas leis e que esse rei houvera legado a este novo líder
a sua missão. Com todas estas coisas a igreja de origem judaica foi se
escondendo, se viu cada vez mais desolada até acabarem as notícias sobre a
mesma.
A missão aos gentios:
“... não me envergonho do evangelho, porque é o poder de
Deus para a sua salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do
grego”.(Romanos 1:16)
Os chamados
cristãos “gregos”, não necessariamente por serem gregos. Mas poderiam ser
cristão que se converteram do judaísmo, mas que eram simpatizantes da cultura
helenista, o que lhes favoreceu serem chamados desta forma. Foi exatamente
sobre estes cristãos que após Atos 7 se propagou a perseguição levando estes
irmãos aos povos de outras regiões. Que acarretou na expansão do evangelho.
O alcance da missão:
Os dois
primeiros lugares em que estes cristãos chegaram segundo o relato de Atos 8:1
foi em Judeia e Samaria. Vamos localizar os lugares de acordo com o texto
bíblico que nos respalda para tal descrição.
Ø
Judeia – Atos 9:32-42 – A visita de Pedro aos
cristãos de Lida, Jope e da região Sarona, terras que se encontravam entre a
Judeia e Samaria.
Ø
Samaria – Atos 8:4-25 – A obra de Filipe, a
conversão de Simão o mago, e a visita de Pedro e João.
Ø
Damasco – A conversão de Saulo em Atos 9, nos dá
entender que haviam cristãos em Damasco, cidade muito mais distante de
Jerusalém.
Ø
Fenícia, Chipre e Antioquia – Atos 11:19.
É mais uma vez plausível ressaltar
que mesmo este movimento está sendo levado pelos cristãos gregos. Eles contavam
a com a provação dos cristãos judeus (os apóstolos). Porém, este fato não
resolveu o problema entre eles. Ainda pairava a dúvida se era necessário os
gentios convertidos ao judaísmo guardarem a lei. Para resolver este problema
foi realizado o 1º Concílio na história da igreja. O nome desse concílio ficou
conhecido como: “Concílio de Jerusalém”.
Concílio
de Jerusalém:
O concílio de Jerusalém é
considerado por grandes estudiosos como o mais importante concílio da história
da igreja cristã. Isso pelo fato de que se chegou ao consenso de que a salvação
se dá pela fé mediante a pessoa de Jesus Cristo, Senhor nosso e esperança
nossa. John Macthur Jr. Vai realizar um comentário elucidativo na Bíblia
comentada que leva o seu nome. Diz ele:
“Ao longo da história da igreja, seus
líderes têm se reunido para discutir questões doutrinárias. Historiadores falam
de sete concílios ecumênicos ocorridos na história primitiva da igreja,
especialmente os concílios de Nicéia (325 d.C.) e de Calcedônia (451 d.C.).
Entretanto o concílio mais importante foi o primeiro – o Concílio de Jerusalém
– porque estabeleceu a resposta a questão doutrinária mais vital de todas: “O
que uma pessoa deve fazer para ser salva? ” Os apóstolos e presbíteros
contestaram tentativas de impor legalismo e ritualismo como pré-requisitos
necessários para a salvação. Afirmaram para sempre que a salvação é
exclusivamente pela graça, mediante a fé em Cristo”.[4]
O
concílio está registrado em Atos 15, onde os líderes da igreja primitiva
chegaram a um consenso acerca dos gentios que se convertiam ao cristianismo se
era necessário os mesmos guardarem a lei de Moisés. Porém, mesmo com todo este
debate e um possível consenso entre todos. Paulo em uma de suas epístolas vai
combater novamente este pensamento a cerca da lei e a salvação.
A Obra de Paulo:
Quando o
apóstolo Paulo entra na narrativa do livro de Atos dos apóstolos. Parece-nos
que todos os holofotes são voltados para o mesmo. Porém. Quando Paulo se
converteu o mesmo foi rejeitado pelo colegiado apostólico que teve medo de
Paulo estar fingindo-se um cristão para aproximar-se deles para a facilitação
da prisão. Mas, Barnabé foi buscar Saulo em Tarso e o discipulou levando ele
para a igreja de Antioquia. Quando chegam nesta igreja lá pela primeira vez
eles recebem o nome de cristãos, depois foram separados e enviados pela Igreja
de Antioquia para a realização da obra missionária.
Mesmo
Paulo sendo um dos maiores, se não o maior evangelista de todos os tempos. É
errado afirmar que o mesmo foi o primeiro cristão a levar o evangelho aos povos
distantes. Apesar da grande contribuição de Paulo pela obra missionária, seu
principal legado foram as cartas Neotestamentárias de sua autoria.
O apóstolo
Paulo continuou fiel ao seu povo. Mesmo tendo sido chamado para ser o apóstolo
dos gentios, ele sempre conseguia ter tempo para ministrar o evangelho da graça
para seus irmãos israelitas. Talvez seja por este motivo que ao chegar em toda
cidade essa era a primeira coisa que ele fazia, se dedicar a levar a mensagem
da salvação para seu povo. Ele se dirigia as sinagogas da cidade para pregar o
evangelho.
Os apóstolos: feitos e lendas.
Tiago
(irmão de João) – O livro de Atos narra o seu martírio a pedido do rei
Herodes. John Fox vai fazer um relato interessante acerca da pessoa de Tiago:
“Clemente de Alexandria. Conta-nos ele que, quando Tiago era conduzido ao lugar
de Martírio, seu acusador foi levado ao arrependimento e, caindo-lhes aos pés,
pediu perdão e confessou-se cristão, decidindo ainda que o apóstolo não
receberia sozinho a coroa do martírio. Juntos, foram decapitados. Assim, Tiago,
o primeiro mártir apostólico, recebeu, decidido e bem-disposto aquele cálice
que havia afirmado ele ao nosso Salvador, que estava pronto para beber. Timão e
Pármenas sofreram o martírio na mesma época; o primeiro em Filipos, e o segundo
em Macedônia. Estes acontecimentos ocorreram em 44 d.C..
Filipe
– Sofreu o martírio em Heliópolis, na Frígia. Foi açoitado, lançado no
cárcere, e depois crucificado em 54 d.C..
Mateus
- Foi assinado na Etiópia com uma
alabarda, na cidade de Nadaba, no ano 60 d.C.
Tiago
(irmão de Jesus) – Autor da epístola que leva o seu nome e também o líder
da igreja de Jerusalém. Aos 99 anos foi espancado e apedrejado pelos judeus
que, finalmente, abriram-lhe o crânio com um garrote.
Matias
– O apóstolo que ocupou o lugar de Judas o traidor. Pouco se sabe sobre o
mesmo. Foi apedrejado e em seguida decapitado em Jerusalém.
André
– O homem que levou seu irmão (Pedro) até Jesus. Pregou o evangelho por muitas
nações da Ásia. Foi preso em Edesa e crucificado. Foram fixados
transversalmente no solo. Daí a origem do nome Cruz de Santo André.
Marcos
– O autor do evangelho de Marcos. Discípulo do Apóstolo Pedro. Foi arrastado e
despedaçado pela população de Alexandria, na grande solenidade do ídolo
Serapis.
Pedro
– O relato do martírio do apóstolo Pedro é um dos fatos mais destacados pelo
historiador John Fox em seu livro a história dos mártires. Ele diz: “Hegespino
conta que o povo, ao perceber que Nero procurava razões contra Pedro para
matá-lo, rogou insistentemente ao apóstolo que fugisse da cidade. Persuadido
pela insistência deles, Pedro, dispôs-se a fugir. Ao chegar, porém, à porta,
viu o Senhor Jesus Cristo que lhe vinha ao encontro. Adorando-o, Pedro indagou:
“Senhor, para onde vais?” Ao que Ele respondeu: “Vou para ser de novo
crucificado”. Pedro ao dar-se conta de que era de seu sofrimento que o Senhor
falava, voltou à cidade. Jerônimo afirma que foi crucificado de cabeça para
baixo, por petição própria, por julgar-se indigno de ser crucificado da mesma
maneira que o seu Senhor.”[5]
Paulo
– Outra vítima de Nero foi o apóstolo Paulo. Foi morto decapitado. Estava em
Roma quando foi preso e encaminhado ao martírio a mando de Nero.
Judas
– Escritor da epístola que leva seu nome. Foi morto também em Edessa
crucificado, em 72 d.C.
Bartolomeu
– Este servo do Senhor chegou a traduzir o evangelho de Mateus para um dos
idiomas da Índia. Pregou em muitos países. Sofreu uma morte sangrenta, sendo
açoitado e depois crucificado pelos conturbados idólatras daquela região.
Tomé
– Pregou o evangelho em Patria e na Índia, onde, ao provocar a ira dos
sacerdotes pagãos foi morto com um ataque de lança que o atravessou.
Lucas
– Autor do evangelho que leva seu nome e do livro de Atos dos Apóstolos. O
médico amado, foi pendurado em uma oliveira por uns sacerdotes idólatras na
Grécia, após ser espancado.
Simão
– Este que era conhecido como integrante do partido político dos zelotes. Pregou
o evangelho na Mauritânia, África, e expandiu seu ministério até a
Grã-Bretanha, onde foi crucificado em 74 d.C.
João
– O discípulo amado, foi pastor em Esmirna, Pérgamo, Sardes, Filadélfia,
Laodicéia e Tiatira, que foram fundadas pelo mesmo João. Enviado de Éfeso a
Roma, conta-se que foi jogadão em um caldeirão de óleo fervente, de onde
escapou milagrosamente, sem dano algum. Domiciliano o exilou na ilha de Patmos,
onde escreveu o Apocalipse. Depois foi solto e morreu de forma natural. Sendo o
único entre os apóstolos que teve uma morte assim.
Credo
Apostólico
(texto
retirado do site www.monergismo.com – acessado em 19/03/2012 às 16:43h.)
ORIGEM
O Credo Apostólico, o mais conhecido
dos credos, é atribuído pela tradição aos doze apóstolos.[1] Mas os estudiosos
acreditam que ele se desenvolveu a partir de pequenas confissões batismais
empregadas nas igrejas dos primeiros séculos. Embora os seus artigos sejam de
origem bem antiga, acredita-se atualmente que o credo apostólico só alcançou
sua forma definitiva por volta do sexto século,[2] quando são encontrados
registros do seu emprego na liturgia oficial da igreja ocidental. De um modo ou
de outro, parece evidente sua conexão com outros credos antigos menores; como
os seguintes:
Creio em Deus Pai Todo-poderoso, e
em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor. E no Espírito Santo, na santa
Igreja, na ressurreição da carne.
Creio em Deus Pai Todo-poderoso. E
em Jesus Cristo seu único Filho nosso Senhor, que nasceu do Espírito Santo e da
virgem Maria; concebido sob o poder de Pôncio Pilatos e sepultado; ressuscitou
ao terceiro dia; subiu ao céu e está sentado à mão direita do Pai, de onde há
de vir julgar os vivos e os mortos. E no Espírito Santo; na santa Igreja; na
remissão dos pecados; na ressurreição do corpo.[3]
O Credo Apostólico, assim como os
Dez Mandamentos e a Oração Dominical, foi anexado, pela Assembléia de
Westminster, ao Catecismo. “Não como se houvesse sido composto pelos apóstolos,
ou porque deva ser considerado Escritura canônica, mas por ser um breve resumo
da fé cristã, por estar de acordo com a palavra de Deus, e por ser aceito desde
a antigüidade pelas igrejas de Cristo.”[4]
TEXTO
EM PORTUGUÊS
Creio em Deus Pai, Todo-poderoso,
Criador do Céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso
Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem
Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado;
ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à direita de
Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos. Creio
no Espírito Santo; na Santa Igreja Universal; na comunhão dos santos; na
remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém.
Bibliografia:
______________. Bíblia de Estudo MacArthur, Barueri, SP. Sociedade
Bíblica do Brasil, 2010.
FOX, John. A história dos mártires: a
história dos sofrimentos dos cristãos primitivos e dos mártires protestantes.
Rio de Janeiro, 8ª Ed. 2005. Editora CPAD. Pág. 4.
GONZALEZ, Justo L. A Era dos Mártiries: Uma história
ilustrada do Cristianismo – Volume 1. São Paulo: 1995. Vida Nova. Pág. 34.
[1] GONZALEZ, Justo L. A Era dos
Mártiries: Uma história ilustrada do Cristianismo – Volume 1. São Paulo:
1995. Vida Nova. Pág. 31.
[2] GONZALEZ, Justo L. A Era dos
Mártiries: Uma história ilustrada do Cristianismo – Volume 1. São Paulo:
1995. Vida Nova. Pág. 33.
[3] GONZALEZ, Justo L. A Era
dos Mártires: Uma história ilustrada do Cristianismo – Volume 1. São Paulo:
1995. Vida Nova. Pág. 34.
[4] ______________. Bíblia de Estudo
MacArthur, Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil, 2010. Pág.1461.
[5] FOX, John. A história dos mártires:
a história dos sofrimentos dos cristãos primitivos e dos mártires protestantes.
Rio de Janeiro, 8ª Ed. 2005. Editora CPAD. Pág. 4.
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