Capítulo II – A Igreja de Jerusalém e a missão aos Gentios.
A Igreja de Jerusalém:
“… os que lhe aceitaram a
palavra foram batizados; havendo um acréscimo naquele dia de quase
três mil pessoas”. (Atos dos Apóstolos 2:41)
Introdução:
O inicio do livro de Atos dos Apóstolos narra a história do
nascedouro da chamada igreja de Jerusalém. Esta igreja ao longo da
história do Cristianismo vêm sendo chamada de igreja primitiva. Dr.
Lucas vai narrar o inicio vibrante e promissor desta primeira
comunidade cristã. Que logo no seu culto de inauguração, com a
explanação do sermão expositivo de seu primeiro pastor, Pedro o
apóstolo, teve quase três mil pessoas decididas.
Porém, observamos que passado os primeiros capítulos a igreja de
Jerusalém sai do foco do escritor. Depois deste primeiros capítulos
a narração do livro de Atos toma outro rumo e quase mais não nos
trará subsídios para a reconstrução da história desta
comunidade. Gosto da explicação que González nos dá a cerca desta
questão:
“Isto se entende, pois o
propósito do autor de Atos não é escrever toda uma história da
igreja, mas antes mostrar como, por obra do Espírito Santo, a nova
fé foi se estendendo até chegar à capital do Império”.
Se no livro de Atos não encontramos quase nenhuma pista para
reconstrução da história daquela igreja. No restante do Novo
Testamento encontramos muito menos. Haja vista que a maioria das
cartas escritas no Novo Testamento eram direcionadas especificamente
para alguma igreja espalhada pelas regiões do império.
Na tentativa de reconstruir a história desta igreja a maioria dos
pesquisadores procuram arcabouços na história para podemos entender
um pouco da história da primeira igreja após a assunção de Jesus
à destra de Deus Pai.
Unidade na Adversidade:
Muitas vezes construímos a utopia em nossos pensamentos a cerca da
igreja de Jerusalém como uma igreja perfeita, sem problemas, onde a
paz e o amor uns aos outros reinavam sempre. Essa ideia parasse ter
ganhado vida através de nossa imaginação que ao longo de nossos
anos de vida foi influenciada pelos contos de fadas onde sempre o
final, é um final feliz, e todos vivem felizes para sempre.
Isso é verdade somente em conto de fadas. Toda igreja tem
problemas! Afinal de contas as igrejas são compostas de pessoas. E
cada pessoa é fruto de uma criação, educação, classe social,
personalidade, etc. A verdade é que somos diferentes! Não existe a
possibilidade de não haver choques ou divergências entre nós. As
vezes nos parece que queremos ser semelhantes aos seres angelicais,
ou então pensamos que já estamos vivendo na Eternidade na Igreja
Triunfante. Problemas certamente virão. Porém, o problema se torna
problema. Devido ao fato de como encaramos e resolvemos o mesmo.
Podemos citar exemplos do que estamos falando olhando para os
seguintes fatores:
O eloquente Pedro que prega um sermão cheio do poder e quase três
mil pessoas se convertem. Em contra ponto ao vacilante Pedro que
fica indeciso sobre aceitar ou não os gentios sem a implicação de
cair sobre os mesmos o julgo da lei.
Ananias e Safira mentindo e sendo infiéis nos dízimos.
As reclamações que tiveram sua origem entre as viúvas dos judeus
mais ortodoxos e dos judeus helênios a cerca do auxílio recebido
pela igreja.
Acho que já foi o suficiente para entendermos que verdadeiramente é
um engodo pensar desta forma romântica a cerca da igreja primitiva e
os sobre os irmãos que congregaram na mesma. Na última pontuação
que fizemos acima no que tange as reclamações do auxílio que as
viúvas recebiam da igreja. Reflete um pouco da crise que apontamos
no capítulo anterior entre os judeus conservadores e os judeus
helênios. Visando resolver este problema os apóstolos que estavam
envolvidos com tantas coisas buscaram orientação em Deus e foram
direcionados a levantarem sete homens cheios do Espírito Santo para
estarem atuando em uma área mais prática e administrativa da vida
da igreja. É então que surge a instituição dos diáconos.
González aponta alguns detalhes interessantes que nos elucidam a
cerca do caminho que a igreja estava tomando.
“A
primeira delas é que, os sete eram representantes do grupo dos
“gregos” - todos eles tinham nomes gregos – e que o propósito
de sua eleição era então proporcionar uma certa representação
desse grupo. A segunda é que, desde muito cedo, pelo menos alguns
dos sete se dedicaram também a pregação e à tarefa missionária”
O
livro após a instituição dos diáconos parece tomar um outro rumo.
Quando olhamos para o capítulo 7 encontramos o testemunho de Estevão
diante da multidão. Estevão que era um dos sete. Este foi
apedrejado pelo concílio de judeus que se recusaram a ouviram-no e o
apedrejaram. Quando olhamos para outro momento que este mesmo
concílio está reunido perante aos apóstolos Pedro e João eles são
acoitados e depois são liberados. Parece existir dois pesos e duas
medidas no julgamento deles.
Isso fica muito claro quando inicia a perseguição em Jerusalém
este fato. Todos os cristãos são dispersos e fogem de Jerusalém. E
os apóstolos se mantém em Jerusalém, intactos tocando o barco sem
nenhuma preocupação. Quando o livro de Atos inicia a contar a
história do ainda Saulo de Tarso. Nós ainda encontramos os
apóstolos em Jerusalém sem enfrentar nenhum tipo de perseguição
ou problemas. E nos parece que Saulo não esboça nenhum tipo de
preocupação quanto aos mesmos.
Esses fatos nos levam a concluir que a princípio a preocupação do
concílio e do Sumo sacerdote eram apenas com os cristão “gregos”.
O que não invalidava o fato dos cristãos “judeus” serem vistos
como hereges por estes mesmos líderes. Mas a perseguição inicial
se voltou para os judeus “gregos” como fora explicado. O livro de
Atos só inicia o relato da perseguição aos apóstolos (que eram
representantes dos cristãos “judeus”) a partir do capítulo 12
do mesmo livro.
Após o martírio de Estevão o livro de Atos relata as atividades
missionárias de Filipe em Samaria. Filipe funda uma igreja ali, fora
da região da Judeia, e logo que esta notícia chega ao colegiado
apostólico ele enviam a Pedro e a João para constarem de fato se
este movimento que esta sendo deflagrado lá era o mesmo que havia se
iniciado em Jerusalém. Os apóstolos dão o seu relatório dizendo
que Deus estava agindo por lá da mesmo forma que estava agindo na
igreja mãe e que não havia nada de diferente entre eles.
Porém esta igreja não fora fundada por nenhum dos apóstolos. Mas
mesmo assim esta igreja segue debaixo da visão e da autoridade
apostólica dos doze. Após o capítulo 9 do livro a Bíblia começa
a narrar a expansão do evangelho fora da Palestina. Como dizemos no
capítulo anterior, os gentios foram a principal ponte para expansão
do evangelho do Reino de Deus. Rapidamente se tornou maior o número
de gentios convertidos do que judeus convertidos. Mudando o paradigma
da igreja de Jerusalém o foco principal dos relatos do livro de Atos
dos Apóstolos. Mas esta mudança de foco não traz desmerecimento a
esta igreja tão querida e amada que fora o primeiro movimento
deflagrado na história do cristianismo.
Vida Religiosa
Os apóstolos e os judeus convertidos do judaísmo. Não acreditavam
estarem iniciando uma nova religião ou um movimento diferente do
judaísmo. Mas eles acreditavam que estavam vivendo o cumprimento das
profecias messiânicas na pessoa de Jesus. O momento tão aguardado
pelo povo hebreu. Tão difundido através da boca dos profetas. Era
realizado naqueles dias.
A vida cotidiana deles é apresentada por González da seguinte
maneira:
“...
os cristãos da igreja de Jerusalém continuavam guardando o sábado
e assistindo o culto no Templo. Mas, uma vez que o primeiro dia da
semana era o dia da ressurreição do Senhor, reuniam-se nesse dia
para “partir o pão” em comemoração a essa ressurreição.”
Estes dados nos fazem entender sua prática de vida cristã naquele
momento da igreja. Era costume entre os judeus jejuarem duas vezes
pela semana. Eles também mantiveram este costume de jejuarem duas
vezes pela semana. Os judeus costumavam jejuar as segundas e as
quintas, os cristãos jejuavam as quartas e as sextas.
Como já falamos anteriormente a liderança desta igreja estava
sobre a responsabilidade dos 12 apóstolos. Mas especificamente sobre
as vidas de Pedro e João. O apóstolo Paulo vai descrever esta
afirmação em sua carta aos Gálatas no capítulo 2 versículo 9.
Vai se referir aos dois como “pilares”.
Além dos doze, também encontramos a pessoa de Tiago irmão do
Senhor. Ainda que Tiago não fosse parte do colegiado apostólico.
Segundo o apóstolo Paulo ele era o terceiro “pilar” da estrutura
da igreja de Jerusalém. Dentro de uma perspectiva eclesiástica ele
ocupou uma posição de maior destaque até mesmo do que os outros
apóstolos. Devido a este fato alguns anos após ao se pensar que a
igreja havia sido governada por bispos. Surgiu uma tradição de que
Tiago havia sido o primeiro bispo da igreja de Jerusalém. E segundo
este que vos escreve e segundo González parece que esta teoria está
correta.
O caso da igreja judaica
Quando chegamos no capítulo 12 do livro de Atos encontramos o
episódio de Tiago irmão de João e um dos doze apóstolos. Este foi
morto a mando do rei Herodes Agripa, que recebera o seu título do
imperador Calígula.
Quando o rei viu que agradou aos seus súditos o que fizera com
Tiago mandou que agarrassem a Pedro. Porém Deus foi misericordioso
para com Pedro e o livrou de forma milagrosa. Após isso parece que
todos foram se esvaindo por todo o império. Não somente pela
perseguição mas também pelo fato de aumentar entre os judeus o
sentimento de nacionalismo. O que mais eclodiria na destruição de
Jerusalém em 70 d.C.. O fato é que soava mal aos ouvidos do império
um grupo de judeus que tinham outro rei e que seguiam a lei do mesmo.
Após a morte de Tiago irmão do Senhor. Outro descendente de Jesus
assumiu a liderança da igreja. Que mais tarde veio também a ser
assinado por acusações de ter um outro rei, seguir as suas leis e
que esse rei houvera legado a este novo líder a sua missão. Com
todas estas coisas a igreja de origem judaica foi se escondendo, se
viu cada vez mais desolada até acabarem as notícias sobre a mesma.
A missão aos gentios:
“... não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus
para a sua salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e
também do grego”.(Romanos 1:16)
Os chamados cristãos “gregos”,
não necessariamente por serem gregos. Mas poderiam ser cristão que
se converteram do judaísmo, mas que eram simpatizantes da cultura
helenista, o que lhes favoreceu serem chamados desta forma. Foi
exatamente sobre estes cristãos que após Atos 7 se propagou a
perseguição levando estes irmãos aos povos de outras regiões. Que
acarretou na expansão do evangelho.
O alcance da missão:
Os dois primeiros lugares em que estes cristãos chegaram segundo o
relato de Atos 8:1 foi em Judeia e Samaria. Vamos localizar os
lugares de acordo com o texto bíblico que nos respalda para tal
descrição.
Judeia
– Atos 9:32-42 – A visita de Pedro aos cristãos de Lida, Jope e
da região Sarona, terras que se encontravam entre a Judeia e
Samaria.
Samaria
– Atos 8:4-25 – A obra de Filipe, a conversão de Simão o mago,
e a visita de Pedro e João.
Damasco
– A conversão de Saulo em Atos 9, nos dá entender que haviam
cristãos em Damasco, cidade muito mais distante de Jerusalém.
Fenícia,
Chipre e Antioquia – Atos 11:19.
É
mais uma vez plausível ressaltar que mesmo este movimento está
sendo levado pelos cristãos gregos. Eles contavam a com a provação
dos cristãos judeus (os apóstolos). Porém, este fato não resolveu
o problema entre eles. Ainda pairava a dúvida se era necessário os
gentios convertidos ao judaísmo guardarem a lei. Para resolver este
problema foi realizado o 1º Concílio na história da igreja. O nome
desse concílio ficou conhecido como: “Concílio de Jerusalém”.
Concílio de Jerusalém:
O concílio de Jerusalém é
considerado por grandes estudiosos como o mais importante concílio
da história da igreja cristã. Isso pelo fato de que chegou-se ao
consenso de que a salvação se dá pela fé mediante a pessoa de
Jesus Cristo, Senhor nosso e esperança nossa. John Macthur Jr. Vai
realizar um comentário elucidativo na Bíblia comentada que leva o
seu nome. Diz ele:
“Ao longo da história da igreja, seus líderes têm se reunido
para discutir questões doutrinárias. Historiadores falam de sete
concílios ecumênicos ocorridos na história primitiva da igreja,
especialmente os concílios de Nicéia (325 d.C.) e de Calcedônia
(451 d.C.). Entretanto o concílio mais importante foi o primeiro –
o Concílio de Jerusalém – porque estabeleceu a resposta a questão
doutrinária mais vital de todas: “O que uma pessoa deve fazer para
ser salva?” Os apóstolos e presbíteros contestaram tentativas de
impor legalismo e ritualismo como pré-requisitos necessários para a
salvação. Afirmaram para sempre que a salvação é exclusivamente
pela graça, mediante a fé em Cristo”.
O concílio está registrado
em Atos 15, onde os líderes da igreja primitiva chegaram a um
consenso a cerca dos gentios que se convertiam ao cristianismo se era
necessário os mesmos guardarem a lei de Moisés. Porém, mesmo com
todo este debate e um possível consenso entre todos. Paulo em uma de
suas epístolas vai combater novamente este pensamento a cerca da lei
e a salvação.
A Obra de Paulo:
Quando o apóstolo Paulo entra na
narrativa do livro de Atos dos apóstolos. Parece-nos que todos os
holofotes são voltados para o mesmo. Porém. Quando Paulo se
converteu o mesmo foi rejeitado pelo colegiado apostólico que teve
medo de Paulo estar fingindo-se um cristão para aproximar-se deles
para a facilitação da prisão. Mas, Barnabé foi buscar Saulo em
Tarso e o discipulou levando ele para a igreja de Antioquia. Quando
chegam nesta igreja lá pela primeira vez eles recebem o nome de
cristãos, depois foram separados e enviados pela Igreja de Antioquia
para a realização da obra missionária.
Mesmo Paulo sendo um dos maiores,
se não o maior evangelistas de todos os tempos. É errado afirmar
que o mesmo foi o primeiro cristão a levar o evangelho aos povos
distantes. Apesar da grande contribuição de Paulo pela obra
missionária, seu principal legado foram as cartas Neotestamentárias
de sua autoria.
O apóstolo Paulo continuou fiel ao
seu povo. Mesmo tendo sido chamado a ser o apóstolo dos gentios. Ele
conseguiu conjugar de forma muito graciosa seu ministério. Por este
motivo em toda cidade que ele chegava a primeira coisa que ele fazia
era se dedica ao seu povo. Ele se dirigia as sinagogas da cidade para
pregar o evangelho da salvação.
Os apóstolos: feitos e
lendas.
Tiago (irmão de João)
– O livro de Atos narra o seu martírio a pedido do rei Herodes.
John Fox vai fazer um relato interessante a cerca da pessoa de Tiago:
“Clemente de Alexandria. Conta-nos ele que, quando Tiago era
conduzido ao lugar de Martírio, seu acusador foi levado ao
arrependimento e, caindo-lhes aos pés, pediu perdão e confessou-se
cristão, decidindo ainda que o apóstolo não receberia sozinho a
coroa do martírio. Juntos, foram decapitados. Assim, Tiago, o
primeiro mártir apostólico, recebeu, decidido e de bem disposto,
aquele cálice que, afirma ela ao nosso Salvador, estava pronto para
beber. Timão e Pármenas sofreram o martírio na mesma época; o
primeiro em Filipos, e o segundo em Macedônia. Estes acontecimentos
ocorreram em 44 d.C..
Filipe – Sofreu
o martírio em Heliópolis, na Frígia. Foi açoitado, lançado no
cárcere, e depois crucificado em 54 d.C..
Mateus
- Foi assinado na Etiópia com uma alabarda, na cidade de Nadaba, no
ano 60 d.C..
Tiago (irmão de Jesus)
– Autor da epístola que leva o seu nome e também o líder da
igreja de Jerusalém. Aos 99 anos foi espancado e apedrejado pelos
judeus que, finalmente, abriram-lhe o crânio com um garrote.
Matias
– O apóstolo que ocupou o lugar de Judas o traidor. Pouco se sabe
sobre o mesmo. Foi apedrejado e em seguida decapitado em Jerusalém.
André
– O homem que levou seu irmão (Pedro) até Jesus. Pregou o
evangelho por mutas nações da Ásia. Foi preso em Edesa e
crucificado. Foram fixados transversalmente no solo. Daí a origem do
nome Cruz de Santo André.
Marcos
– O autor do evangelho de Marcos. Discípulo do Apóstolo Pedro.
Foi arrastado e despedaçado pela população de Alexandria, na
grande solenidade do ídolo Serapis.
Pedro
– O relato do martírio do apóstolo Pedro é um dos fatos mais
destacados pelo historiador John Fox em seu livro a história dos
mártires. Ele diz: “Hegespino conta que o povo, ao
perceber que Nero procurava razões contra Pedro para matá-lo, rogou
insistentemente ao apóstolo que fugisse da cidade. Persuadido pela
insistência deles, Pedro, dispôs-se a fugir. Ao chegar, porém, à
porta, viu o Senhor Jesus Cristo que lhe vinha ao encontro.
Adorando-o, Pedro indagou: “Senhor, para onde vais?” Ao que Ele
respondeu: “Vou para ser de novo crucificado”. Pedro ao dar-se
conta de que era de seu sofrimento que o Senhor falava, voltou à
cidade. Jerônimo afirma que foi crucificado de cabeça para baixo,
por petição própria, por julgar-se indigno de ser crucificado da
mesma maneira que o seu Senhor.”
Paulo – Outra vítima de Nero foi o apóstolo Paulo. Foi
morto decapitado. Estava em Roma quando foi preso e encaminhado ao
martírio a mando de Nero.
Judas
– Escritor da epístola que leva seu nome. Foi morto também em
Edessa crucificado, em 72 d.C.
Bartolomeu
– Este servo do Senhor chegou a traduzir o evangelho de Mateus para
um dos idiomas da Índia. Pregou em muitos países. Sofreu uma morte
sangrenta, sendo açoitado e depois crucificado pelos conturbados
idólatras daquela região.
Tomé
– Pregou o evangelho em Patria e na Índia, onde, ao provocar a ira
dos sacerdotes pagãos foi morto com um ataque de lança que o
atravessou.
Lucas
– Autor do evangelho que leva seu nome e do livro de Atos dos
Apóstolos. O médico amado, foi pendurado em uma oliveira por uns
sacerdotes idólatras na Grécia, após ser espancado.
Simão
– Este quera conhecido como integrante do partido político dos
zelotes. Prregou o evangelho na Mauritânia, África, e expandiu seu
ministério até a Grã-Bretanha, onde foi crucificado em 74 d.C..
João
– O discípulo amado, foi pastor em Esmirna, Pérgamo, Sardes,
Filadélfia, Laodicéia e Tiatira, que foram fundadas pelo mesmo
João. Enviado de Éfeso a Roma, conta-se que foi jogadão em um
caldeirão de óleo fervente, de onde escapou milagrosamente, sem
dano algum. Domiciliano o exilou na ilha de Patmos, onde escreveu o
Apocalipse. Depois foi solto e morreu de forma natural. Sendo o único
entre os apóstolos que teve uma morte assim.
Credo Apostólico
(texto
retirado do site www.monergismo.com – acessado em 19/03/2012 às
16:43h.)
ORIGEM
O Credo Apostólico, o mais conhecido dos credos, é atribuído pela
tradição aos doze apóstolos.[1] Mas os estudiosos acreditam que
ele se desenvolveu a partir de pequenas confissões batismais
empregadas nas igrejas dos primeiros séculos. Embora os seus artigos
sejam de origem bem antiga, acredita-se atualmente que o credo
apostólico só alcançou sua forma definitiva por volta do sexto
século,[2] quando são encontrados registros do seu emprego na
liturgia oficial da igreja ocidental. De um modo ou de outro, parece
evidente sua conexão com outros credos antigos menores; como os
seguintes:
Creio em Deus Pai Todo-poderoso, e em Jesus Cristo, seu único
Filho, nosso Senhor. E no Espírito Santo, na santa Igreja, na
ressurreição da carne.
Creio em Deus Pai Todo-poderoso. E em Jesus Cristo seu único Filho
nosso Senhor, que nasceu do Espírito Santo e da virgem Maria;
concebido sob o poder de Pôncio Pilatos e sepultado; ressuscitou ao
terceiro dia; subiu ao céu e está sentado à mão direita do Pai,
de onde há de vir julgar os vivos e os mortos. E no Espírito Santo;
na santa Igreja; na remissão dos pecados; na ressurreição do
corpo.[3]
O Credo Apostólico, assim como os Dez Mandamentos e a Oração
Dominical, foi anexado, pela Assembléia de Westminster, ao
Catecismo. “Não como se houvesse sido composto pelos apóstolos,
ou porque deva ser considerado Escritura canônica, mas por ser um
breve resumo da fé cristã, por estar de acordo com a palavra de
Deus, e por ser aceito desde a antigüidade pelas igrejas de
Cristo.”[4]
TEXTO
EM PORTUGUÊS
Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do Céu e da terra. Creio
em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido
por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob o
poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado;
ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à
direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os
vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja
Universal; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na
ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém.
Bibliografia: