quarta-feira, 21 de novembro de 2012

“Separado para uma grande obra”


Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2012.

Local - PIB em Rocha Miranda.
 Estudo realizado na “Quarta com Deus”, por ocasião da exposição da Epístola aos Gálatas.
Texto – Gálatas 1.10-17

“Separado para uma grande obra”



  1. Introdução:

Nossa reflexão de hoje será baseada no argumento Paulino acerca da validade de sua mensagem. Nesta narrativa Bíblica o apóstolo aos gentios descreve que sua autoridade como ministro de Cristo não provinha de algum interesse pessoal.
E, para balizar a sua autoridade, ele, se utiliza de dois fortes argumentos à seu favor. São eles: sua motivação em anunciar o evangelho não provinha de receber bajulação ou aplausos humanos. E, também, que ele, Paulo, não era o autor do evangelho a quem pregava. E sim, Cristo Jesus seu Senhor e Mestre.
Paulo sabia que cabia apenas a ele ser um boy da Graça de Deus. Ele era apenas um despenseiro; um mensageiro; alguém incumbido por Deus para anunciar a mensagem da salvação em Cristo Jesus.
E, essa incumbência não fora lhe dado por homem algum. E, sim pelo próprio Cristo. Paulo sabia que ele fora recrutado para uma grande obra. Uma obra de tal proporção que excedia e muito as limitações humanas de Paulo. E, a semelhança de Paulo, todo aquele que é chamado por Cristo para ser ministro e cooperador desse tão maravilhoso evangelho. Deve ter exatamente isso em sua mente. Que não somos nada, apenas somos, pela graça de Deus, mensageiros a seu dispor.
O verso 10 é a chave para o pensamento que Paulo vai discorrer no decorrer nos versículos restantes. Ele faz duas perguntas e uma afirmação: “Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo”. (Gálatas 1:10)
Perguntas – “Acaso busco eu agora a aprovação de homens ou a de Deus”?  Ou estou tentando agradar a homens?

1º Argumento – Essa mensagem não é minha.

“Irmãos, quero que saibam que o evangelho por mim anunciado não é de origem humana. Não o recebi de pessoa alguma nem me foi ele ensinado; pelo contrário, eu o recebi de Jesus Cristo por revelação”. (Gálatas 1:11-12)
            Paulo responde sua indagação no verso de número dez dizendo que ele não transmitia algo que provinha de sua mente, ou de seu interesse. Sua mensagem provinha de outra pessoa. Sendo assim, como ele poderia pleitear algo a seu próprio favor. Se utilizando de algo que não provinha de seu interesse pessoal.
            Geralmente quando queremos agradar alguém para nos favorecer. Fazemos baseados em nossos próprios pressupostos. Dificilmente iremos querer agradar outras pessoas pensando no interesse delas mesmas ou de outrem.
           
2º Argumento – Porque eu não recebi, nem o aprendi de homem algum.

Uma das argumentações que os falsos mestres utilizavam contra Paulo era que ele havia sido instruído por terceiros e não havia convivido com o próprio Cristo. Eles sabiam que se conseguissem convencer as pessoas com este argumento a mensagem de Paulo teria descrédito e ele ficaria com sérios problemas em reverter à situação.
Os estudiosos acreditam que esta referência de que Paulo recebera o evangelho de homens, vem de sua ligação com Ananias após sua conversão. Porém, o fato de seu reconhecimento como apóstolo ter sido feita por intermédio de homens, o chamado fora feito pelo Senhor. Sendo assim, sua autoridade brotava do próprio Deus.




Afirmação - Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo”. (Gálatas 1:10)     
            O que Paulo quer dizer é que para ele era muito mais fácil continuar a exercer sua antiga religião. Haja vista que ele mesmo vai dizer nos versos 13 e 14: “Vocês ouviram qual foi o meu procedimento no judaísmo, como perseguia com violência a igreja de Deus, procurando destruí-la. No judaísmo, eu superava a maioria dos judeus da minha idade, e era extremamente zeloso das tradições dos meus antepassados”. (Gálatas 1:13-14)
            Paulo leva aos seus leitores a pensa de forma lógica e inteligente. De certa forma, se ele, tivesse querendo tirar algum proveito pessoal. E, por este motivo estaria bajulando homens. Não seria bem mais fácil para ele continuar no judaísmo. Onde ele já havia ganhado fama e status, se é que assim podemos dizer.
            Todavia, os interesses do apóstolo não eram de cunho pervertido e mesquinho. O desejo do seu coração era ser fiel ao Senhor através do chamado que receberá do mesmo. Ele não queria agradar a homens, importava a ele agradar a Deus. Mesmo que isso significasse desagradar aos homens.

Conclusão:
            Paulo termina nos versos 15 à 17 reafirmando quem o chamou. Todo aquele que é vocacionado pelo Senhor deve ter a convicção plena que seu chamado não proveio de nenhum interesse pessoal ou da parte de algum homem.
            Porém, a convicção do vocacionado deve sempre emanar do Deus criador. Caso contrário, a vocação perde o seu sentido e autoridade se torna questionável.
            Certo que Cristo é fiel aos seus vocacionados:
            Pr. Roberto da Silva Meireles Rodrigues.





BIBLIOGRAFIA:

BRUCE, F.F. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2009.

CARSON, D.A.; MOO, J. Douglas; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1997.

HALE, David Broadus. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Hagnos, 2001.

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