Rio de Janeiro, 14 de Novembro de 2012.
Local
- PIB em Rocha Miranda.
Estudo realizado na “Quarta com Deus”, por
ocasião da exposição da Epístola aos Gálatas.
Texto
– Gálatas 1.6-9.
“Voltemos
à sã doutrina”
- Introdução:
Conforme falamos na semana
passada. O objetivo de Paulo a escrever a epístola aos Gálatas era combater
heresias que estavam sendo disseminadas no povo. Essas maléficas doutrinas, estavam
afastando-os da sã doutrina do evangelho de Cristo Jesus.
Paulo querendo que os
mesmos não se corrompessem com tais doutrinas. Escreve a epístola aos Gálatas
visando os orientar acerca da sã doutrina dos apóstolos.
Nossos dias estão
recheados de falsos mestres como nos dias de Paulo. Homens corrompidos que por
não serem conhecedores da sã doutrina, ou se são conhecedores, são usados de
forma consciente pelo maligno. A semelhança como que ocorrera com os Gálatas, nosso
povo (o então conhecido movimento evangélico brasileiro) têm se desviado da sã
doutrina dos apóstolos e tem dado ouvido à doutrina de demônios como diz Paulo
escrevendo ao seu filho na fé Timóteo.
Vamos analisar hoje os
versos de 6 à 9 onde Paulo já deixa claro aos Gálatas sua indignação com tal
fato que estava acontecendo entre eles.
Verso
6 - “Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente
aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho”.
Paulo ao iniciar sua
repreensão ele o faz de forma branda. A expressão utilizada por ele nos denota
sua sabedoria: “Admiro-me”.
Paulo poderia inicia sua fala sendo um pouco mais incisivo. Mas, ele nos ensina
que até para repreender alguém nós devemos o fazer em amor.
Algumas pessoas às vezes
perdem sua razão ao afirmar convicções separando a mesma do amor. Não devemos
repreende alguém com o coração presunçoso em achar-nos senhores do saber, ou de
nos acharmos no direito de nos tornarmos déspotas.
Porém, não podemos
incorrer no erro de não realizar a repreensão em amor. Algumas pessoas possuem
dificuldade de repreender alguém que está cometendo algum erro devido a sua personalidade.
Mas, convém que nós não coloquemos sobre os nossos ombros o pecado da omissão.
A Bíblia diz em Tiago que: “Pensem nisto,
pois: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado”.(Tiago 4.17 –
Nova Versão Internacional)
A expressão “estejam abandonando” denota a
ideia do presente. Sendo assim, eles ainda possuíam a esperança em poder se
arrepender de seus equívocos teológicos e retornarem a sã doutrina.
O nosso Senhor Jesus
sempre nos da à chance de recomeçar n’Ele. Precisamos, no entanto, para
recomeçar nos arrepender de nossos pecados e pedir ao Eterno perdão pelos
mesmos. E após abandonarmos tal pratica trilhando uma nova direção em Cristo
Jesus.
Outra
expressão que Paulo usa no verso é “outro evangelho”. Paulo estava se referindo
a questão dos adendos que os falsos mestres estavam fazendo ao evangelho da
Graça, conforme ele mesmo denomina o evangelho de Jesus. Ao resultado destes
adendos heréticos ele chamou de “outro evangelho”.
Sua
conotação era denuncia a diferença dentre o verdadeiro evangelho e o evangelho
que estava sendo anunciado pelos falsos mestres. Ele queria deixar bem claro
que aquelas doutrinas pervertidas não possuíam nenhum vínculo com a sã doutrina
dos apóstolos.
Nossos
dias também possuem muitos outros evangelhos. Penso que Paulo vivesse em os
nossos dias também denotaria dessa forma muitas doutrinas que vem sendo
anunciadas em os nossos dias. Vejamos alguns exemplos: “O evangelho da Alice no
país das Maravilhas”, “O evangelho de Peter Pan”, “O evangelho de Gabriela”, “O
evangelho espírita”, “O evangelho da prosperidade”, etc.
Versos
7 e 8 – “que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que
algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo.
Mas ainda que nós ou um anjo do céu pregue um evangelho diferente
daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado!”
Ao
olhar de forma rápida e superficial para o texto. Parece-nos que Paulo ao
utiliza a expressão “não é o evangelho”
está entrando em contradição com o verso anterior. Porém, não a nenhum tipo de
contradição. Haja vista que, a intenção do apóstolo nunca for ao de afirmar
existe algum outro tipo de evangelho de Cristo.
Paulo
queria enfatizar os erros e equívocos doutrinários que os Gálatas estavam
cometendo ao se desviarem da sã doutrina. Mas, em nenhum momento ele disse
existir outro evangelho, ou seja: outro meio pelo qual o homem ache que deva
ser salvo. Ele afirma isso dizendo que eles (os falsos mestres) estavam “querendo perverter o evangelho de Cristo”.
Gosto
desta expressão utilizada pelo apóstolo quando ele diz: “ainda que nós ou um anjo do céu”. Paulo não se coloca como alguém
superior a sã doutrina. Ele se inclui, caso o mesmo venha a ministrar algo que
seja contra o evangelho da graça de Deus.
Nossos
dias estão sendo também marcados por homens que se colocam acima da Palavra de
Deus. Autodenominam-se apóstolos para essa geração. E sendo assim, se acham no
direito de serem pressupostos para decisões e doutrinas que regem suas
‘igrejas’.
Verso
9 - Como já dissemos, agora repito: Se alguém lhes anuncia um evangelho
diferente daquele que já receberam, que seja amaldiçoado!
Paulo
novamente reafirma que os Gálatas receberam o genuíno evangelho da Graça de
Deus. Na verdade, ao apóstolo estava dizendo para eles com outras palavras:
“não venham me dizer que vocês não sabem da verdade, porque é mentira. Eu
mesmo, Paulo, lhes transmiti o genuíno evangelho de Cristo Jesus”.
Todo
e qualquer líder cristão deve ter sua consciência tranquila sobre os ensinos a
quem ministram. Repousa sobre todo aquele que tem dom de mestre uma grande
responsabilidade no Reino de Deus. Talvez seja por este motivo que Tiago, o
irmão de Jesus, vai dizer:
Conclusão:
Que
o Senhor Jesus nos faça sempre perseverar na sã doutrina. Que Ele nos livre dos
falsos mestres e da maldição de seus heréticos ensinos. Minha sincera oração é
que nós sejamos retos diante de Deus em guardarmos os seus mandamentos.
Certos
que em Cristo experimentamos o evangelho da Graça de Deus:
Pr.
Roberto da Silva Meireles Rodrigues.
BIBLIOGRAFIA:
BRUCE,
F.F. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2009.
CARSON,
D.A.; MOO, J. Douglas;
MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1997.
HALE,
David Broadus. Introdução ao Novo Testamento. São
Paulo: Hagnos, 2001.
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