Rio de Janeiro, 12 de Dezembro de 2012.
Local
- PIB em Rocha Miranda.
Estudo realizado na “Quarta com Deus”, por
ocasião da exposição da Epístola aos Gálatas.
Texto
– Gálatas 2.11-21
“Se
Cristo vive em mim: eu...”
- Introdução:
O texto inicia com uma dura
repreensão de Paulo para com Pedro. Paulo chega a chamar Pedro de
"dissimulado". E, estendo o "elogio" aos outros judeus e a
Barnabé. Haja vista que ele diz que tantos os outros judeus como Barnabé
estavam tendo a mesma atitude que Pedro estava tendo para com os gentios.
O que estava acontecendo era que
Pedro estava se comportando de uma forma com gentios quando não havia ninguém
das autoridades para enxergá-lo de forma negativa. E, se comportava de outra
forma quando havia alguém por perto. Sendo assim, o "elogio" tem toda
razão de ter sido feito.
Na verdade, Pedro e os demais
judeus convertidos ao Cristianismo não conseguiam enxergar que tudo se tratava
de uma questão cultural, e não teológica. Os judeus tinham o seu custume oriundo
das leis de Móises. Porém, os gentios tinham seus costumes oriundos de suas
culturas. As diversas maneiras de modo vivendis entre as culturas é natural.
A chave para o texto em questão é
a percepção que Paulo tem acerca da verdadeira justificação. Paulo deixa claro
no texto que sua concepção de justificação não se dava através de méritos de
cumprimentos da Lei de Móises. Mas, sim provinda da Graça de Jesus, que a si
mesmo entregou para remissão dos pecados de todo aquele que n'Ele crer.
Paulo nos dá entender que mesmo
nós tendo sido justificados em Cristo. Isso não nos dá o direito de vivermos
uma visa dissoluta, muito pelo contrário. Quando estamos em Cristo Jesus
devemos todos os dias nos esforçarmos em ser mais parecidos com Ele. E, é
extamente por este motivo que o apóstolo vai expressar no verso de nº20:
"vivo não mais eu, mais Cristo vive em mim". Se de fato, Cristo vive
em nós: eu...
1º Se
Cristo vive em mim: eu... – Sou a mesma pessoa em todo lugar.
Paulo
não repreendeu a Pedro por ele estar pregando alguma heresia. Mas, a repreensão
de Paulo se deu pelo fator comportamental de Pedro. Que aparentemente queria
ser duas pessoas diferentes. Uma na frente dos judeus e outra na frente dos
gentios. Porém, quando os dois grupos se uniam. Sua conduta para com os gentios
era de uma forma totalmente distinta a de sua conduta na ausência dos judeus.
O
apóstolo aos gentios sabia que se não resolvesse empasse para com os
judaizantes. O evangelho poderia sofre sérios danos devido a argumentação deles
contra autoridade de Paulo como apóstolo, e por consequência a doutrina defendida
por Paulo, a justificação pela fé.
Porém,
aplicando para os nossos dias. Existem crentes que se comportam de diversos
modos. São como camaleões. São adaptáveis ao ambiente em que vivem: se permanecem entre os crentes, são
crentes fervorosos; se estão entre os que fazem fofoca, também o fazem; se
estão entre os que falam palavrões; também o fazem; se estão entre os que traem
seus cônjuges, assim também o fazem. Ou seja, são verdadeiros camaleões.
Minha
pergunta você é: “Você é um crente camaleão?”
2º Se
Cristo vivem em mim: eu... – Não posso ser uma estrela.
O
texto nos diz que Pedro fora repreendido por Paulo na frente de todos. Eu fico
imaginando tamanho constrangimento para Pedro. Afinal de contas, ele era líder
da igreja de Jerusalém. Paulo o havia citado no capítulo anterior como uma das “colunas”
da igreja. Um cara de tremenda influência.
Porém,
Pedro aceitou a repreensão de Paulo. Até mesmo por que em esfera de autoridade
eles estavam no mesmo patamar. Os dois haviam sido vocacionados para serem
ministros da parte de Deus.
Nossos
dias estão permeados de homens e mulheres que vem procurando estar cada vez
mais estar em evidência. Pessoas que vem corrompendo seu chamado em busca de
poder, status, dinheiro, etc. Personificam em os nossos dias o sistema em
vigor.
Confesso
que me sinto enojado em assistir e em ouvir algumas pessoas que se dizem
ministros da parte de Cristo. Mercantilizam a mensagem do evangelho em prol das
riquezas desse mundo. Preferem as evidências deste tempo presente, do que
estarem ao lado Eterno do Cordeiro de Deus; preferem serem honrados por homens,
do que serem honrados por Deus.
Infelizmente
isso tem sido uma verdade em nossos dias. Pessoas que se apropriam
indevidamente do nome de Jesus e enriquecem-se utilizando o mesmo de forma
pecaminosa e egoísta. Não tendo nunca o benefício do próximo. Mas sim, o
enriquecimento pessoal e que se dá forma ilícita aos olhos de Deus, conforme
nos ensina a sua Palavra.
Meus
irmãos, se alguém entre nós que se acha estrela, pop star, ou alguma outra
coisa semelhante a estes adjetivos. A Palavra de Deus nos convoca a um
arrependimento genuíno. Desejando que toda Glória, toda honra, seja dada apenas
ao Cordeiro de Deus.
3º Se
cristo vive em mim: eu... – estou morto.
O
falso evangelho que vem sendo anunciado em nossos dias é muito diferente do
evangelho genuíno. Os nossos dias estão recheados de mensagens de autoajuda, de
mensagens de vitória, de mensagens de milagres e prodígios, etc.
Porém,
os nossos dias tem tão poucas mensagens sobre: arrependimento, vida santa, renuncia
do “eu”, cuidado dos pobres e das viúvas, carregar a cruz, ter o Reino de Deus
como prioridade, etc.
Às
vezes fico pensando: “Será que homens como o nosso Senhor Jesus, Pedro, João,
Tiago, Paulo, Judas, Crisóstomo, Knox, Lutero, Calvino, Zuínglio, Wesley, Loyd
Jones. Teriam lugar no púlpito de nossas igrejas? E, será, que se não tivessem notoriedade
eles mudariam o conteúdo de suas mensagens”?
Nós
como crentes em Jesus, devemos viver a semelhança do estado de Paulo ao descrever
acerca de suas vontades: morto. Nós devemos morrer para nossos desejos
pecaminosos e vivermos para Deus de forma plena e absoluta.
Seja
fiel ao Senhor meu amado. Evite o pecado. A vontade de Deus para sua vida é que
você viva de modo santo, irrepreensível. Não ligue se as pessoas ao seu redor
caluniarem você, se ti ridicularizarem, se te perseguirem. Seu dever é entregar
estas pessoas nas mãos do Senhor e se empenhar em viver de forma mais digna
possível à vida em Cristo Jesus.
Ilustração
– O flautista que não tocava:
Há muitos anos atrás, na velha
China, viveu um homem que era membro da orquestra do Imperador, embora não
soubesse tocar uma nota sequer. Obtivera esse lugar, de flautista por sinal,
através de conhecimentos pessoais. E, assim, por muitos anos, onde quer que se encontrasse
a orquestra, achava-se ali o falso musicista, o qual, colocando o instrumento
em seus lábios, dava a impressão que executava belos números. Com esse emprego,
ganhava o suficiente para viver confortavelmente.
Mas veio o dia quando o Imperador
desejou ouvir um solo de cada componente da orquestra. O flautista, quando
soube da notícia, desmaiou, e quanto mais se aproximava o dia da sua
apresentação, mais desesperado ficava. Por algum tempo, tomou lições de um
profissional, mas em vão; não tinha ouvido para música, nem tampouco talento.
Planejou dizer que estava doente,
mas lembrou-se de que o médico da corte poderia desmenti-lo. Na manhã em que
deveria comparecer perante o monarca, para executar o seu solo, o pretenso
flautista pôs fim à sua vida, ingerindo forte dose de veneno. Essa foi a origem
de um antigo provérbio chinês, que diz: "Ele não ousou enfrentar a
música". Não é sem razão que a Palavra de Deus adverte: "Sabei que o
vosso pecado vos há de achar". Núm. 32:23.
Conclusão:
Nós
como cristãos devemos ser imitadores realmente de Cristo Jesus. Não devemos ser
religiosos, frequentadores de igrejas, seguidores de pastor, ou alguma coisa
semelhante a esta. Devemos ter nossa vida centrada em Jesus. E, vivermos um
evangelho genuíno.
Se
assim o fizermos poderemos dizer como Paulo disse: “Já não vivo mais eu, mais
Cristo vive em mim”. Que Deus nos ajude a sermos mais parecidos com Jesus seu
Filho.
Certo
que em Cristo prosseguiremos em santidade:
Pr.
Roberto da Silva Meireles Rodrigues.
Nenhum comentário:
Postar um comentário