Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2012.
Local
- PIB em Rocha Miranda.
Estudo realizado na “Quarta com Deus”, por
ocasião da exposição da Epístola aos Gálatas.
Texto
– Gálatas 2.1-10
“Por
uma liderança sólida”
- Introdução:
Dando continuidade ao
nosso estudo exaustivo da epístola aos Gálatas. Iremos hoje falar sobre o
capítulo 2, dos versos de 1 à 10. Exaurindo do mesmo, o que ao apóstolo aos
gentios tinha em sua mente ao escrevê-lo.
Como anteriormente já fora
falado. Sabemos que Paulo está combatendo uma heresia que está se espalhando no
seio da igreja do Senhor acerca da guarda da lei. Os judaizantes convertidos ao
cristianismo acreditavam que Paulo era frouxo com os gentios que se convertiam
ao cristianismo.
Sua tese de que Paulo era
prolixo era derivada da cosmovisão paulina acerca da questão do cumprimento da
lei em Cristo. O apóstolo Paulo acreditava que não era necessário aquele que se
converteu ao cristianismo guardar leis e cerimoniais judaicos.
Conforme também antes já
expomos em outras ministrações anteriores. Nossa concepção, como também de João
Calvino, F.F. Bruce, Knox, Stott, Hernandes Dias Lopes, é que a viagem que
Paulo descrevera ter feito à Jerusalém fora em meio a sua segunda viagem
missionária. O que nos deixa nítido que o concílio de Jerusalém ainda não havia
sido realizado.
Concílio este que teve
como assunto primordial a ser tratado. Esta questão da guarda da lei pelos
gentios convertidos ao evangelho de Jesus Cristo. O concílio haveria de entrar
em um consenso de que não era necessário que o novo convertido ao evangelho,
guardasse a lei. No entanto, o mesmo deveria de abster-se de comidas sacrificada
a ídolos, carne sufocada com sangue, imoralidades sexuais e também que
ajudassem aos pobres e necessitados.
Paulo se refere a esta
viagem nos versos iniciais do texto que estamos estudando. Isso nos dá o
entendimento que o concílio de Jerusalém não havia ainda sido realizado. Pois
se houvesse acontecido, bastava apenas Paulo se referir ao mesmo para acabar
com tal discursão provocada pelos falsos mestres.
Para John Stott, os
judaizantes não estavam apenas querendo minar a autoridade de Paulo. Mas,
também minar a unidade do concílio apostólico. Quando o mesmo se remetia a
questão de que Paulo pregava um evangelho diferente do que o evangelho pregado
pelos outros apóstolos.
Paulo neste texto se
remete a fatos que argumentam a favor da unidade existente entre a liderança
apostólica e também ao fato de não ocorrerem diferenciações entre seu evangelho
e o evangelho dos outros apóstolos.
A semelhança dos dias de
Paulo. Em nossos dias nós também somos confrontados por pessoas que desejam
minar nossa liderança, destruindo assim a unidade da igreja. Todos nós sabemos
que o alvo principal de Satanás na igreja do Senhor é a liderança da mesma. Se
ele consegue paralisar a liderança. A igreja fica sem visão e por consequência
sem direção. E, sem saber para onde vai, qualquer lugar é lugar.
Posso retirar deste texto
de Paulo alguns ensinamentos preciosos para as nossas vidas:
1º
Ensinamento – Uma liderança deve sempre reunir-se. (versos 1-2)
Paulo
estava indo a Jerusalém encontrar-se com os apóstolos para discutir acerca do
evangelho que pregava ser o mesmo que os apóstolos pregavam. Porém, ele os
queria fazer entender que a diferença se encontrava no foco que o mesmo estava
dando em seu ministério.
Seu
intuito era convecê-los que assim como Pedro fora chamado para pregar aos
judeus, ele, Paulo, havia sido chamado por Jesus para pregar aos gentios.
Porém, o que diferenciava entre eles eram suas metodologias de trabalho.
De
modo nenhum Pedro se utilizaria das mesmas estratégias de que Paulo se utilizou
para convencer aos judeus acerca da salvação em Cristo Jesus. São povos
totalmente diferentes, costumes diferentes, etc. Jamais o que funcionou para um
funcionaria para o outro.
Naquela
reunião de liderança Paulo queria dar aos irmãos entendimento sobre esta
questão. Nós como líderes, devemos entender que a igreja do século XXI, não é a
mesma do século I, XVI, ou XX. A igreja de hoje precisa encontrar métodos
estratégias, formas, de alcançar o seu povo sem perder a sua essência. Ou seja,
sem perder o pressuposto das Escrituras.
Nós
como líderes cristãos devemos entender isso e juntos orarmos ao Senhor nosso
Deus para que Ele nos direcione acerca do rumo que Ele quer trilhemos para sua
Glória e honra.
2º
Ensinamento – Paulo e seus líderes de confiança. (versos 1 e 2)
Paulo
era um homem de uma perspicácia tremenda. Ele sabia que, Barnabé era judeu, e
Tito era gentio convertido ao evangelho. Sendo assim, ele tinha entre o seu
colegiado pessoas que comprovam de ambos os lados que o evangelho que ele
ministrava não era diferente do evangelho ministrado pelos outros apóstolos.
Barnabé
era um homem de confiança do colegiado apostólico. Bem provavelmente ele fazia
parte do grupo dos setenta discípulos enviados por Jesus para pregar o
evangelho, o livro de Atos faz excelentes atribuições ao seu nome. Ou seja, um
homem de confiança.
Tito
era um filho na fé do apóstolo Paulo. Este jovem não havia sido circuncidado. Paulo
o leva até o conselho apostólico para que o mesmo prove diante dos apóstolos o
conteúdo de sua fé. Com aprovação dos apóstolos, ele seria mais uma forte
argumentação a seu favor contra os judaizantes.
O
apóstolo se cerca de pessoas que completavam o seu ministério. Ele sabia que
não conseguiria realizar a obra de Deus sozinho, isolado. A igreja é um corpo,
e sendo um corpo, somos dependentes uns dos outros para que todo o corpo seja
alimentado e tem bom estado de saúde.
Especificamente
os líderes cristãos. Devem entender que precisam se cercar de homens e de
mulheres de confiança para a realização do trabalho. Todos nós temos nossos
pontos fortes e nossos pontos fracos. Por este motivo devemos ter pessoas em
nossos pontos fracos que nos deem suporte para que essa área de nossa liderança
seja suprida de modo que sejamos completos por esta pessoa que nos auxilia na
liderança.
3º
Ensinamento – O foco da liderança de Paulo. (verso 9 e 10)
Paulo
termina o texto que estamos exaurindo nesta noite falando sobre o foco de seu
ministério. Ele diz que ele foi enviado aos gentios e os outros apóstolos aos
judeus. O que não o excluí de pregar também para os judeus. Apenas direciona o
seu ministério a um foco específico.
Deus
de modo Soberano havia separa o apóstolo Paulo para uma obra específica, que
era levar as boas novas da salvação aos gentios. Paulo demonstra isso de modo
muito claro quando chega no Areópago (Atos 17.22) e inicia sua mensagem se
utilizando do contexto em que estava inserido.
Geralmente
quando um dos outros apóstolos falavam sobre a pessoa de Jesus e a salvação que
a nele. Utilizavam-se do Antigo Testamento para provar que o mesmo era o
Cristo. Porém, o Antigo Testamento não tinha nenhum tipo de valor aos gentios.
Sendo assim, como iriam entender a mensagem que lhes estava sendo transmitida?
Devemos
entender de Deus qual estratégia o Senhor quer nos usemos para alcançar o povo
em que estamos inseridos. Devemos direcionar nosso povo ao foco que o Senhor
tem para a nossa igreja. Porém, nada e nenhuma estrutura deve ser voltada para
coisas.
Nossos
bens, esforços, amor, cuidado, ou seja: tudo que há em nós, deve ter o fim em
pessoas. Jesus morreu por pessoas e não por coisas. Sua vida, minha vida, nossa
comunidade cristã, deve sempre ter como foco principal “as pessoas”.
Conclusão:
Que
o Senhor nosso Deus possa nos proporcionar uma liderança sólida para que
possamos juntos nós podemos trilhar os sonhos de Deus para nossa comunidade
cristã.
Certo
que em Cristo podemos exercer uma liderança com excelência:
Pr.
Roberto da Silva Meireles Rodrigues.
BIBLIOGRAFIA:
BRUCE,
F.F. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2009.
CARSON,
D.A.; MOO, J. Douglas;
MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1997.
HALE,
David Broadus. Introdução ao Novo Testamento. São
Paulo: Hagnos, 2001.
Nenhum comentário:
Postar um comentário