quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

“Quando nos tornamos insensatos?”


Rio de Janeiro, 02 de Janeiro de 2013.

Local - PIB em Rocha Miranda.
 Estudo realizado na “Quarta com Deus”, por ocasião da exposição da Epístola aos Gálatas.
Texto – Gálatas 3.1-14

“Quando nos tornamos insensatos?”



  1. Introdução:
Em nossa oitava reflexão na epístola que o apóstolo Paulo escreveu aos Gálatas nós iremos refletir no seguinte tema: “Quando nos tornamos insensatos?”
Como estamos estudando há algumas semanas. Paulo escreve a carta aos Gálatas para combater alguns desvios doutrinários que estavam se infiltrando sobre a igreja do Senhor Jesus.
O Pr. Hernandes Dias Lopes diz que nos primeiros dois capítulos da epístola Paulo defende a autoridade do seu apostolado e agora nos capítulos 3 e 4. O mesmo defende a justificação pela fé. Como iremos tratar hoje de 14 versos do capitulo três, é fácil se presumir que estaremos abordando o tema da “justificação pela fé” com um pouco de saturação.
Porém, abordaremos o tema de modo que o mesmo não se torne cansativo pela exaustão do assunto durante toda a exposição da epístola. Nossa intenção é hoje exaurir nestes versos respostas para a afirmação feita por Paulo logo no primeiro verso da epístola: “Ó Gálatas insensatos! Quem os enfeitiçou?”
John Stott ao comentar sobre esta questão ele diz que a atitude dos Gálatas não se trata de traição, mas sim de loucura. O termo no original grego “anoetos” denota a ideia de alguém com incapacidades mentais para tomar uma decisão racional.
O dicionário dá o seguinte significado ao termo “insensatez”: “Procedimento de quem não reflete antes de agir. Atitude de estouvado: agir com insensatez. Irreflexão, intenção, precipitado, inconsequência, inadvertência”.
Sendo assim, convido você a ajuntar-se a mim em nos debruçarmos sobre o texto Bíblico as respostas a esta tão forte sentimento de deu ao apóstolo Paulo subsídios para realizar uma afirmação tão contundente sobre estes irmãos da Gálacia.

1º Nos tornamos insensatos – Quando não conhecemos a razão da nossa fé. (versos 2 à 4)
            Iniciando seu texto Paulo faz uma indagação aqueles irmãos sobre em que consistia a razão da sua esperança. A indagação de Paulo a eles era se eles foram justificados perante o Senhor através do cumprimento da lei ou pela em Cristo Jesus que a si mesmo se entregou em sacrifício por nós?
  Anteriormente já havíamos falado aos irmãos que o apóstolo Paulo estava combatendo uma heresia com aspectos judaizantes acerca da sotereologia, que é a doutrina da salvação. Alguns cristãos judeus estavam dizendo que não bastava aceitar a Jesus como seu único e suficiente salvador, mas, além disso, deveria de se guardar a lei de Moisés, para que de fato se alcance a salvação.
Isso deixava clara a insensatez dos Gálatas acerca de sua fé. Eles não tinham o conhecimento dos rudimentos de sua esperança. O mais simples vento de doutrina, o mais leve empurrão os levava a navegar mares inóspitos e despresivos ao evangelho da Graça.
Você sabe dizer-me em que está fundamenta a sua fé? Se você chegasse diante de Deus agora e Ele lhe perguntasse: “Por que eu deveria deixar você entrar no meu céu?” Qual seria a sua resposta a Ele?

2º Nos tornamos insensatos – Quando não realizamos boas obras.
            Existe uma confusão no pensamento evangélico acerca da prática das boas obras. Ainda agora falamos sobre nós sabermos a razão de nossa fé. E, a implicação de sabermos a razão da nossa fé, faz-nos entender que fomos regenerados por Deus para sermos um povo que anda em boas obras como pratica de vida.
            Escrevendo aos cristãos de Éfeso o apostolo Paulo diz o seguinte: Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”.
            Precisa ficar muito claro em nossas mentes que uma coisa é ser salvo pelas obras. E, outra coisa muito diferente é ser salvo para praticar boas obras. Há um abismo de diferença entre as duas questões que estão sendo tratadas.
            Confesso que às vezes fico triste ao poder presenciar e vivenciar alguns comentários e atitudes de gente que se diz povo de Deus. Ao olhar a necessidade do seu próximo e simplesmente virar-lhe as costas e continuar a sua vida como se nada e ninguém mais importassem. Além é claro dele mesmo. E, quando muito, os seus.
            Precisamos ter mais atenção neste quesito em nossa vida cristã. Nosso coração deve estar mais empenhado em ser um praticante do bem. Em sermos em todo o tempo sinalizadores do Reino de Deus. Ser um sinalizador do Reino implica em trazer os valores do Rei do Reino a este tempo presente.
            Essa questão me faz lembrar a história que um dia ouvi sobre um menino chamado Yunan:
Yuan era um pequeno chinês que morava em Manilha, nas ilhas Filipinas. Havia ajuntado por muito tempo algum dinheiro para comprar uma bicicleta. Quando já possuía mais de cinqüenta dólares, sentou-se e meditou: "Quantos na China, milhares de patrícios meus estão morrendo de fome..."
Resolveu então ajudar as crianças famintas da China em vez de comprar a sua tão desejada bicicleta. Foi diretamente à padaria e gastou todo seu dinheiro na compra de pães; sacos e sacos de pão! Entregou-os à comissão auxiliadora, explicando que era uma oferta que ele mesmo queria mandar aos pequenos chineses. A comissão agradeceu a Yuan pela sua generosidade e ele seguiu para casa inteiramente satisfeito. Os homens discutiram bastante: "Que faremos com todo este pão? Estragar- se á antes de chegar à China". Afinal resolveram levá-lo às escolas chinesas na ilha mesmo é vendê-los como "pão patriótico" Assim fizeram e o povo pagou um bom preço. No fim do dia tinham mais de 200 dólares para aliviar a fonte das crianças na China.
            Será que podemos fazer alguma coisa boa que possa render glórias ao nome do nosso Deus?



3º Nos tornamos insensatos – Quando não repartimos o amor de Deus.
            O texto diz que Jesus morreu para que a salvação chegasse até os gentios. Meu amado irmão nós nos tornamos insensatos quando repartimos com o nosso próximo o tão grande amor de Deus; tornamo-nos insensatos quando não compartilhamos uma tão grande salvação que há em Cristo Jesus.
            Minha pergunta a você é: Para quantas pessoas você falou de Jesus neste ano que se findou? Quantas pessoas você teve a oportunidade compartilhar o amor de Deus? Quantas pessoas você abençou com uma palavra de Graça e amor?
            Precisamos entender que Jesus nos deu uma ordem expressa em Mateus 28:19-20, disse Jesus: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém”.  (Mateus 28:19-20)
            Hoje pela manhã lembrei-me de uma história sobre a igreja Moraviana que gostaria de compartilhar com você e terminar a minha fala com a mesma. Diz assim a história:

APENAS UM PAR DE SANDALIAS USADAS
Em meados de 1727 houve um grande avivamento derramado por Deus sobre a Alemanha há um povo chamado de Morávios, o conde Zinzendorf esteve a frente deste movimento, criando uma obra missionária nunca vista desde então. Dali saíram centenas de cristãos apaixonados por Jesus, dispostos a deixar sua pátria e serem enviados por todo mundo, inclusive o Brasil, impactaram sociedades, plantaram igrejas e certamente fizeram muito mais do que a historia possa registrar.
            Já no fim deste movimento, o conde Zinzendorf sentiu-se desafiado a enviar um missionário para alcançar os esquimós no Alasca, uma das régiões mais isoladas do planeta, certa noite o conde teve um sonho em que o senhor Jesus lhe instruía a enviar o oleiro da região, um simples homem, já de meia idade que não demonstrava nenhum atrativo para a liderança de um movimento missionário, mas que possuía a prerrogativa principal para a obra, apaixonado e obediente ao Senhor que servia, Jesus Cristo.
Em obediência as instruções dadas a ele por Jesus, o conde chamou o oleiro e lhe expos seu sonho e o desafio da evangelização dos esquimós, mas o conde acrescentou: se você aceitar o desafio, não poderá contar com uma equipe , pois não tenho nenhum missionário para ajudá-lo, também não poderá contar com nenhum sustento, pois todos os recursos foram usados para sustento de outros missionários, por fim talvez nem voltasse, tendo em vista o grande desafio que era a região a ser alcançada.
Aquele oleiro permaneceu em oração por dois minutos e, por fim, levantou o rosto e disse ao conde: “ se o senhor conseguir me dar um par de sandálias usadas, amanhã cedo partirei. ”a historia não relata mas imagina-se que aquele homem estava descalço, o conde lhe deu as sandálias, e no dia seguinte foi a casa do oleiro, não o encontrou, ele havia partido logo bem cedo para jamais voltar. Hoje 50% dos esquimós da terra são convertidos ao Senhor Jesus. Isso porque um homem que nem sequer sabemos o nome, pediu apenas um par de sandálias usadas para obedecer ao chamado”.
Meus amados irmãos o desafio continua. Deus continua a levantar homens e mulheres que se dispõe a ir às nações cumprindo o chamado que Deus lhes fizera. Quem sabe você possa estar resistindo a um chamado de Deus para sua vida? Pare e pense quantas pessoas Deus não quer alcançar se utilizando de sua vida! Que o Eterno toque em seu coração e desperte o ardor missionário de Deus.

Conclusão:
            A vontade do coração de Deus é que não sejamos achados como insensatos. Devemos conhecer a razão de nossa fé; saber que fomos salvos para praticarmos as boas obras e também para compartilhar a mensagem da salvação em Cristo Jesus aos que ainda estão carentes do Eterno Deus.
            Que o Senhor o ajude e o faça ser um servo bom e fiel para a Glória do nome d’Ele. Amém!
            Certo de que em Cristo podemos cumprir os seus propósitos:
            Pr. Roberto da Silva Meireles Rodrigeus.

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