Rio de Janeiro,
16 de fevereiro de 2014.
Os seis cegos e o elefante.
Conta-se que seis homens cegos foram
desafiados a dizer o que estavam tocando, sem serem notificados de que eram
partes de um elefante. A conclusão foi muito interessante: um deles toca nas
presas e diz: “É uma lança!” Outro segura a tromba e diz: “É uma cobra!” Aquele
que está tocando as pernas diz: “É uma árvore!” O cego que está segurando a
cauda pensa: “Estou segurando uma corda!” Aquele que segura as orelhas conclui:
“É uma ventarola!”. Por fim aquele que está ao lado do elefante afirma: “É uma
parede!”
Essa parábola é extremamente interessante. Ela
é utilizada muito por ateus ativistas para dizer que os cegos são as religiões,
que tentam desvendar o elefante, que é Deus. Porém, gostaria de me utilizar
desta parábola para retirar da mesma outro ensinamento. Haja vista que
acreditamos que de fato nenhuma religião pode explicar quem é Deus, todavia o
próprio Deus deu-se a revelar ao homem de algumas formas, que na teologia é
chamada de revelação de Deus.
A primeira revelação pode ser
nominada como natural. O apóstolo Paulo vai realizar a seguinte afirmação aos
crentes de Roma: “Porquanto o que de Deus
se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas
coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a
sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão
criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus,
não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se
desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. (Rm.1:19-21) O que
Paulo está dizendo em outras palavras é que: é impossível alguém olhar para
toda obra da criação e pensar que tudo isso fora criado simplesmente por obra
do acaso, e que tudo isso continua sendo sustentado de forma tão ordenada,
também de igual forma. Paulo é enfático em afirmar que todos se tornam indesculpáveis
diante desta revelação tão contundente da existência de Deus.
Temos também a revelação que é a
Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. A Bíblia é a revelação que Deus deu ao
homem. Na Bíblia encontramos o plano redentor de Deus desde a criação, até a
sua consumação, com o Apocalipse. É nela que encontramos os preceitos e
ordenanças de Deus para nossas vidas. Se quisermos agradar a Deus, devemos
então conhecer a sua vontade e obedecê-la, e a única forma de sabermos o que agrada
ao Senhor é conhecendo a sua Palavra que expressa sua vontade para a
humanidade.
É na Bíblia, mas precisamente nos
quatro evangelhos, que temos a maior revelação de Deus a humanidade, Cristo
Jesus nosso Senhor e Salvador. Os evangelhos apresentam a expressão máxima de
Deus de si mesmo revelada na pessoa de Jesus seu filho amado. Alguns teólogos
neotestamentários chamam Jesus de “a exegese de Deus”.
A Bíblia diz que Jesus veio ao mundo
como homem e jungiu em sua pessoa duas naturezas, a humana e a divina. Wayne
Grudem um teólogo batista contemporâneo conceitua este fato da seguinte
maneira: “Jesus é plenamente homem e plenamente Deus e assim o será para
sempre”. Ele fez isso para que pudesse satisfazer a justiça de Deus. Por isso
viveu uma vida irrepreensível, e morreu como um sacrifício, pagando o preço pelos
nossos pecados, mas ressurgiu dentre os mortos pelo poder de Deus, o que
comprovou que Deus aceitou o seu sacrifício pela humanidade.
Muitos estão ainda como um daqueles
cegos. Porém, nós temos absoluta certeza, dada por Deus através de sua
revelação, que somente em
Cristo Jesus deixamos de ser cegos e temos nossas escamas
retiradas para poder enxergar o plano de Deus para a humanidade.
Certo de que em Cristo temos a
cosmovisão de Deus para a humanidade:
Seu pastor, Roberto Meireles.
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