quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Os seis cegos e o elefante.

Rio de Janeiro, 16 de fevereiro de 2014.

Os seis cegos e o elefante.


            Conta-se que seis homens cegos foram desafiados a dizer o que estavam tocando, sem serem notificados de que eram partes de um elefante. A conclusão foi muito interessante: um deles toca nas presas e diz: “É uma lança!” Outro segura a tromba e diz: “É uma cobra!” Aquele que está tocando as pernas diz: “É uma árvore!” O cego que está segurando a cauda pensa: “Estou segurando uma corda!” Aquele que segura as orelhas conclui: “É uma ventarola!”. Por fim aquele que está ao lado do elefante afirma: “É uma parede!”
             Essa parábola é extremamente interessante. Ela é utilizada muito por ateus ativistas para dizer que os cegos são as religiões, que tentam desvendar o elefante, que é Deus. Porém, gostaria de me utilizar desta parábola para retirar da mesma outro ensinamento. Haja vista que acreditamos que de fato nenhuma religião pode explicar quem é Deus, todavia o próprio Deus deu-se a revelar ao homem de algumas formas, que na teologia é chamada de revelação de Deus.
            A primeira revelação pode ser nominada como natural. O apóstolo Paulo vai realizar a seguinte afirmação aos crentes de Roma: “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. (Rm.1:19-21) O que Paulo está dizendo em outras palavras é que: é impossível alguém olhar para toda obra da criação e pensar que tudo isso fora criado simplesmente por obra do acaso, e que tudo isso continua sendo sustentado de forma tão ordenada, também de igual forma. Paulo é enfático em afirmar que todos se tornam indesculpáveis diante desta revelação tão contundente da existência de Deus.
            Temos também a revelação que é a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. A Bíblia é a revelação que Deus deu ao homem. Na Bíblia encontramos o plano redentor de Deus desde a criação, até a sua consumação, com o Apocalipse. É nela que encontramos os preceitos e ordenanças de Deus para nossas vidas. Se quisermos agradar a Deus, devemos então conhecer a sua vontade e obedecê-la, e a única forma de sabermos o que agrada ao Senhor é conhecendo a sua Palavra que expressa sua vontade para a humanidade.
            É na Bíblia, mas precisamente nos quatro evangelhos, que temos a maior revelação de Deus a humanidade, Cristo Jesus nosso Senhor e Salvador. Os evangelhos apresentam a expressão máxima de Deus de si mesmo revelada na pessoa de Jesus seu filho amado. Alguns teólogos neotestamentários chamam Jesus de “a exegese de Deus”.
            A Bíblia diz que Jesus veio ao mundo como homem e jungiu em sua pessoa duas naturezas, a humana e a divina. Wayne Grudem um teólogo batista contemporâneo conceitua este fato da seguinte maneira: “Jesus é plenamente homem e plenamente Deus e assim o será para sempre”. Ele fez isso para que pudesse satisfazer a justiça de Deus. Por isso viveu uma vida irrepreensível, e morreu como um sacrifício, pagando o preço pelos nossos pecados, mas ressurgiu dentre os mortos pelo poder de Deus, o que comprovou que Deus aceitou o seu sacrifício pela humanidade.
            Muitos estão ainda como um daqueles cegos. Porém, nós temos absoluta certeza, dada por Deus através de sua revelação, que somente em Cristo Jesus deixamos de ser cegos e temos nossas escamas retiradas para poder enxergar o plano de Deus para a humanidade.
            Certo de que em Cristo temos a cosmovisão de Deus para a humanidade:

            Seu pastor, Roberto Meireles.

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