sábado, 17 de setembro de 2016

Novos tempos exigem novos rumos para Educação Cristã:


          Resultado de imagem para Novos Rumos

Rio de janeiro, 03 de abril de 2016.

Novos tempos exigem novos rumos para Educação Cristã:
        A sociedade em que vivemos sofreu inúmeras transformações nas últimas duas décadas. Minorias que outrora eram esquecidas e banidas pelos mais diversos motivos começaram a ganhar “voz” no âmbito social. Tomemos por exemplo alguns grupos, tais como: homossexuais, negros, mulheres, povos indígenas, etc.
            Porém estas minorias reivindicam, em sua maioria (evidentemente que toda regra possuí sua exceção), direitos individuais em detrimento ao social. Escrevendo sobre isso o pastor Júlio Zabateiro diz: “Uma das novas raízes que brotaram rizomas é a da cidadania. Vivemos em um tempo em que os direito são assumidos e defendidos intensamente, não só os individuais, mas também os de grupos de minorias – mulheres, negros, povos indígenas, homossexuais – que saíram a público e conquistaram espaço, visibilidade, respeitabilidade, mesmo através de conflitos por vezes ásperos e preconceituosos. No entanto, em meio a tantas lutas por direitos específicos, é preciso viver de forma cidadã, pois há o risco da fragmentação do espaço público em reinvindicações particulares enquanto as grandes estruturas dominantes do mercado permanecem controlando a vida em geral.”[1]
            Penso que, um dos papéis da Educação Cristã em nossos dias é orientar os cristãos acerca de sua vida cristã, todavia, o ensinando como seu viver a vida, vida está que possui os valores do Reino de Deus, se aplica em seu cotidiano, e também em sua vida comunitária (nas três esferas: família, igreja e sociedade). Como os seus valores devem nortear sua conduta mediante a um cenário tão plural e heterogêneo. Haja vista que existe um povo ainda não alcançado a ser alcançado. E o grande desafio de ensinar aos irmãos a serem relevantes sem ferirem a sã doutrina.
            Acredito também que é papel da Educação cristã oferecer auxílio em busca de uma práxis de vida abundante em Jesus de Nazaré. Afinal de contas foi o próprio Jesus que nos disse que veio para nos dar vida, e a nos dar em abundância. Para que compreendamos esta fala de Jesus precisamos entender que estamos em uma luta constante, uma luta cósmica, a luta entre a “carne” x “espírito”.
Algumas falas demonstram o total desconhecimento em relação ao verdadeiro sentido desta bipolaridade quando dizem zelar pela santificação tirando o mundo do cristão. Todavia, o processo de vida abundante, perpassa em entendermos que não somente nossas vidas estão sendo redimidas pelo sangue do cordeiro. Mas também toda criação o deve ser junto conosco. Quando entendermos este princípio entenderemos que através de nós, o Eterno deseja  dar vitalidade ao mundo. Jürgen Moltmann falando sobre isso diz: “devemos ser redimidos com o mundo, e não do mundo. A experiência cristã do Espírito não nos desvincula do mundo. Quanto maior for nossa esperança pelo mundo, maior a nossa solidariedade com seus clamores e sofrimentos.”
            Talvez o grande desafio de nossa geração seja conseguir transmitir os valores do Reino de Deus com uma comunicação que seja totalmente clara e que alcance o anseio existencial da sociedade que estamos inseridos. Parece-me que existe um abismo nesta comunicação. Cabe aos educadores deste tempo presente construir pontes para que o ensino possa ser transmitido e compreendido por aquele que o recebe.
            Minha sincera oração é que Deus nos guie e nos dê estratégias e ferramentas para que consigamos ser relevantes. Que o Senhor nos abençoe e nos direcione em todas as coisas!
            Certo de que Cristo pode ser glorificado através do ensino de sua Palavra:
            Seu pastor, Roberto Meireles.
           



[1] ZABATEIRO, Júlio. Novos caminhos para educação cristã. São Paulo: Hagnos, 2009, pg. 16.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

5º Capítulo - A defesa da fé e o depósito da fé.

  5º Capítulo – A defesa da fé e o depósito da fé. 1. A DEFESA DA FÉ. “Meu propósito não é linsonjear-vos (…) mas requerer que julgueis ...